Ter, 24 de maio de 2016, 15:18

Professores e estudante da UFS conduzem tocha olímpica
Professores e estudante da UFS conduzem tocha olímpica
Por trás dos condutores da chama olímpica 2016 há grandes histórias. Não à toa, a estudante de Educação Física Maria Gilda dos Santos e os professores Mariza Alves Guimarães, Gilson Rambelli e Claudio Parro foram escolhidos para carregar em Sergipe o monumento símbolo dos Jogos Olímpicos no próximo sábado, 28.
Maria Gilda, Mariza Alves e Gilson Rambelli estão entre as 68 pessoas que conduzirão a tocha por aproximadamente 21 quilômetros na capital sergipana, com saída da Colina do Santo Antônio, por volta das 17h. Antes de chegar a Aracaju, porém, a tocha já terá percorrido as cidades de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória e Nossa Senhora das Dores. Em Glória, o monumento passará pelas mãos de Cláudio Parro.
A seleção dos condutores foi feita majoritariamente pelos patrocinadores das Olimpíadas no Brasil, cabendo oito escolhas à Prefeitura de Aracaju. As empresas lançaram campanha de inscrição para selecionar as melhores histórias.
Os escolhidos
Mariza Alves, hoje professora de Educação Física do Colégio de Aplicação (Codap), não passou batida ao contar sua trajetória como primeira professora de Educação Física numa escola em Jabeberi, povoado do município de Tobias Barreto. Com bastante improviso, os estudantes aprenderam diversos conhecimentos da Educação Física, dentre eles os esportes.
“Os alunos iam para a mata retirar bambu para que pudéssemos construir traves para trabalhar com o futebol e o handebol, hastes para armar a rede de voleibol e muitas vezes pegávamos a enxada para afofar a terra e prepará-la para aulas de saltos do atletismo”.
Foi assim que Mariza conseguiu garantir a aprendizagem mesmo sem as condições necessárias, numa localidade que não tinha nem água encanada. “Nunca vou esquecer-me de quando ensinei salto triplo do atletismo e alguns alunos diziam que eu estava ensinando errado, pois era difícil coordenar o movimento ensinado. Mas, quando eles assistiram as olimpíadas, disseram na aula: ‘Professora eu vi na olimpíada ontem, o salto triplo é igual ao que a gente fez na aula, bem que a senhora tinha dito que era assim’”, revela.
Outra mulher que venceu desafios é a estudante Maria Gilda. Deficiente física por conta de paralisia infantil, ela conseguiu se reabilitar a partir da prática de esportes e atua no Projeto Paradesportivo de Sergipe, do Departamento de Educação Física da UFS, para motivar a reabilitação de outras pessoas. Saiba mais sobre o projeto aqui.
Gilda é destaque nacional e internacional no parabadmintom. Em 2015, ficou no segundo lugar do ranking nacional e ganhou duas medalhas de prata, uma no Peru e outra na Ingraterra. Já em 2016, Gilda está como primeira colocada na primeira etapa da competição nacional e almeja passos ainda maiores.
“Tenho tudo para ser convocada para participar das Olimpíadas em 2020, quando será aberta uma categoria de parabadminton”. Sobre a condução da tocha, ela só tem a agradecer. “Sinto que estou representando os deficientes. É um sonho se realizando, uma consagração”, finaliza.
Professor de Arqueologia do campus de Laranjeiras, Gilson Rambeli é referência na arqueologia subaquática. Ele é criador do Laboratório de Arqueologia de Ambientes Aquáticos da UFS, o único do Brasil.
Além do trabalho inovador que desenvolve, Gilson tem sua história marcada pelos esportes. Foi jogador de basquete durante a juventude e até hoje realiza outras práticas, como surfar e atuar como instrutor de mergulho. A respeito do revezamento da tocha, Gilson fica sem palavras, tomado pela emoção. “O significado que tem carregar uma chama olímpica é difícil de explicar. É vivenciar o esporte que marcou a minha vida toda”.
O paulista Claudio Parro veio a Sergipe para lecionar no curso de Zootecnia do campus do Sertão. Com a passagem da tocha por Nossa Senhora da Glória, aproveitou a oportunidade para representar a instituição recém-criada nessa cidade. “Sou atleta amador e queria dar o exemplo participando do evento ao representar a universidade”.
O revezamento da tocha começou no dia 3 de maio, em Brasília. Está percorrendo mais de 300 cidades nas cinco regiões do país ao longo de 95 dias. Passará pelas mãos de 12 mil pessoas.
Ascom
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Atualizado em: Qua, 25 de maio de 2016, 07:21
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