Ter, 25 de outubro de 2016, 10:54

Campus do Sertão participa pela primeira vez da Semana Acadêmico-Cultural
Unidade de Nossa Senhora da Glória iniciou suas atividades em novembro de 2015
Campus possui cerca de 300 alunos matriculados em Agroindústria, Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária e Zootecnia.
Campus possui cerca de 300 alunos matriculados em Agroindústria, Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária e Zootecnia.

Na manhã da última sexta, 21, alunos do campus do Sertão da Universidade Federal de Sergipe se reuniram para assistir às palestras “Produção de leite em sistema agroecológico”, ministrada pelo zootecnista Danillo Glaydson Guerra, e “A origem das espécies”, ministrada pelo auxiliar técnico em Veterinária e Zootecnia Wagner Araújo. A programação fez parte do calendário da 3ª Semac e é a primeira vez que o campus, cujas atividades se iniciaram em novembro de 2015, participa do evento.

Para Edivaldo Rosas, coordenador do Núcleo de Educação do campus, essa semana é importante para que os alunos recebam uma formação que complemente suas grades curriculares. “Aqueles conteúdos que não são contemplados diretamente em sala de aula ou nos materiais didáticos são abordados nas palestras e minicursos”, diz.


Para Edivaldo Rosas, do Núcleo de Educação, a Semac é importante para que os alunos recebam uma formação que complemente suas grades curriculares.
Para Edivaldo Rosas, do Núcleo de Educação, a Semac é importante para que os alunos recebam uma formação que complemente suas grades curriculares.

O coordenador explica que é uma oportunidade para a integração entre os estudantes de cursos variados e ciclos diferentes. “O campus está entrando no seu segundo ciclo e tanto os veteranos quanto os novos estão envolvidos diretamente em todo o processo. Tivemos uma procura maior do que o número de vagas disponíveis; isso mostra que há um interesse muito grande e é gratificante para toda a organização do evento”.

O modelo de ensino do campus de Nossa Senhora da Glória é a Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), com cursos oferecidos anualmente através de ciclos; cada ciclo corresponde a um ano. São cerca de 300 alunos matriculados em Agroindústria, Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária e Zootecnia.

Integração


Estreitar os laços com o campus de São Cristóvão, sede da UFS, é uma das propostas da Semac, diz o professor Edísio Azevedo, de Medicina Veterinária.
Estreitar os laços com o campus de São Cristóvão, sede da UFS, é uma das propostas da Semac, diz o professor Edísio Azevedo, de Medicina Veterinária.

Edísio Azevedo é coordenador do curso de Medicina Veterinária. Ele acredita que levar a Semac para os campi do interior, além de integrar os cursos, é uma forma de estreitar os laços com o campus sede.

“O evento reúne alunos e professores dos cursos aqui do campus, mas também trouxemos outros palestrantes de São Cristóvão; a participação coletiva é muito importante”, diz.

O professor diz também que, embora essa semana tenha contado com uma participação massiva dos alunos, o campus estabelece uma ligação direta com a população de Nossa Senhora da Glória. “Trouxemos agricultores que participaram conosco em algumas atividades do nosso primeiro ciclo. A comunidade participa sempre que fazemos trabalhos de campo”.

Quem também confere a importância do campus para a comunidade local é o professor Carlo Aldrovandi, que coordena o Núcleo de Zootecnia. “Os temas abordados na Semac não são importantes apenas para os profissionais que estão sendo formados, mas para toda a sociedade. Glória é uma cidade importante para as Ciências Agrárias porque possui uma bacia leiteira. A programação foi pensada para contribuir e enriquecer a bagagem dos alunos de todos os cursos”, afirma.

Alunos


Segundo a estudante de Engenharia Agronômica Nívea Pinheiro, de 19 anos, o evento oportuniza aos alunos o contato com profissionais e alunos de outros campos de estudos.
Segundo a estudante de Engenharia Agronômica Nívea Pinheiro, de 19 anos, o evento oportuniza aos alunos o contato com profissionais e alunos de outros campos de estudos.

A proposta da Semac é integrar alunos de diferentes áreas e fazer com que eles troquem conhecimentos. A importância da realização do evento, segundo Nívea Maria Pinheiro, que tem 19 anos e estuda Engenharia Agronômica, se dá porque propicia aos alunos o contato com profissionais e alunos que estão fora dos campos de estudos predeterminados por cada curso.

“Interagi com profissionais de outras áreas ao participar do curso de sanidade animal, promovido pelo Núcleo de Medicina Veterinária. Esse componente não faz parte da minha área, mas posso passar o conhecimento para minha família, que está trabalhando diretamente com isso”, afirma.


Evandro Oliveira, 19, pensa como sua colega de curso Nívea: a Semac dá a oportunidade de conhecer experiências dos professores daqui e de outros campos de conhecimento.
Evandro Oliveira, 19, pensa como sua colega de curso Nívea: a Semac dá a oportunidade de conhecer experiências dos professores daqui e de outros campos de conhecimento.

Também estudante de Engenharia Agronômica, Evandro Oliveira, 19, conta que esse é o melhor momento para ter contato direto com profissionais da área. “Nosso método é composto por poucas aulas expositivas. Agora na Semac temos a oportunidade de conhecer as experiências dos professores daqui e de outros campos de conhecimento”.

Jhunya Francine está no primeiro ciclo do curso de Medicina Veterinária e tem participado de várias palestras promovidas pela Semac. “Tenho participado durante toda a semana e sei que é um momento importante para o meu crescimento profissional. É uma oportunidade de estender os nossos horizontes”, diz.

Palestra


O auxiliar técnico em Veterinária e Zootecnia Wagner Araújo ministrou a palestra “A origem das espécies”.  (fotos: Ronaldo Gomes/bolsista Ascom-UFS)
O auxiliar técnico em Veterinária e Zootecnia Wagner Araújo ministrou a palestra “A origem das espécies”. (fotos: Ronaldo Gomes/bolsista Ascom-UFS)

A palestra “A origem das espécies” foi ministrada por Wagner Araújo, auxiliar técnico em Veterinária e Zootecnia. Ele acredita que o tema é básico, principalmente para os cursos ligados à área da Saúde e da Vida, como é o caso dos ofertados pelo campus do Sertão. “Hoje você não pode trabalhar com nada relacionado à Biologia, à vida, sem entender o que é evolução e como se chegou a esse ponto”, conta.

Wagner abordou toda a teoria evolucionista concebida por Darwin, que revolucionou a ciência. “Essa palestra não serve apenas para mostrar naturalmente como essas espécies evoluíram, mas também como podemos trabalhar com culturas de plantações, saber qual é a interação que vai ter entre a cultura que você está produzindo e os seres que estariam combatendo essas plantações”.

Ele diz que não dá para entender de produção, plantação ou veterinária sem saber como os seres evoluíram a esse ponto a que chegamos. “É um tema básico que todo mundo deve conhecer para seguir os cursos deste campus”, afirma.

Ascom

comunica@ufs.br


Atualizado em: Ter, 25 de outubro de 2016, 12:12
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