Na última quarta-feira, 19, aconteceu no campus de Itabaiana a I Mostra de Instrumentação para o Ensino de Física. O evento fez parte das atividades da 3ª edição da Semana Acadêmico-Cultural (Semac) que aconteceu em todos os campi da UFS. A mostra é resultado da produção dos estudantes de Física do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Extensão (Pibix).

Os experimentos expostos facilitam a compreensão de alguns conceitos de Física, como termodinâmica e princípios da mecânica. Um exemplo entre os trabalhos elaborados é o pêndulo de Newton, que pode ser usado para explicar a conservação da energia mecânica, o momento linear e o princípio de ação e reação.

Juliana Marcela de Abrão Almeida, professora do Departamento de Física de Itabaiana (DFCI) e coordenadora do projeto, diz que o principal objetivo é trazer as experiências cotidianas dos alunos para dentro da sala de aula, despertando assim um maior interesse pela disciplina.

“Há uma necessidade de integrar teoria e prática, pois a cada dia aumenta o desinteresse dos estudantes em relação ao conteúdo de Física. Então, promover um evento que realiza esse trabalho chama a atenção do aluno, pois ele é feito através dos experimentos e da contextualização, mostrando exemplos do dia a dia”, explica.

A coordenadora conta que a ideia da mostra surgiu após perceber uma grande quantidade de experimentos dentro da própria sala de aula, e então pensou que esses trabalhos precisavam ser vistos por outras pessoas.

Tiago Nery Ribeiro, professor do DFCI e subcoordenador do projeto, diz que a principal importância da mostra é divulgar aquilo que os alunos estão realizando nas disciplinas de Física, além de ensinar, no momento da divulgação, um pouco dos conceitos da disciplina, trabalhando conteúdo a partir de experimentos. “Experiências como essa também são importantes por promover uma maior interação entre os alunos e os professores”.

O subcoordenador ainda ressalta que projetos como a I Mostra de Instrumentação para o Ensino de Física faz parte do processo de formação dos alunos e que, além de servir como atividade complementar por ser uma atividade de extensão, ainda é uma experiência de compartilhamento do saber com a sociedade. “Essa prática social é intrínseca à formação docente dos estudantes, pois serão todos professores, já que o campus de Itabaiana é voltado à licenciatura”.

Física na prática

Denislaine Santos Fraga, 22 anos, estudante do oitavo período de Física e uma das alunas a apresentar seu experimento durante a mostra, diz que seu interesse pela disciplina veio quando percebeu ainda no ensino fundamental que tinha facilidade com cálculos.

“Quando cheguei ao ensino médio, percebi que a Física também envolve coisas do dia a dia, porém o ensino público não costuma fazer a associação do que aprendemos com elementos de nossa rotina. Acabei escolhendo o curso pela curiosidade de aprender e para ser uma profissional diferente”, conta.

A estudante diz que a mostra é mais uma forma de conhecimento que pode ser somada ao que é ensinado dentro da sala de aula e uma oportunidade de ampliar seu leque de experiência. “É o momento em que podemos explicar os conceitos da Física por trás desses experimentos a partir do funcionamento visual e teórico”.

Denislaine finaliza dizendo que, para ela, o que existe de mais fascinante na Física é o poder de explicar e provar o que acontece no universo e ao nosso redor.

Barbeny de Jesus Santos, 19, é estudante do segundo período de Física e também participa da mostra. Ela conta que a música a levou a escolher o curso, pois se interessou pelo estudo do som.

Para a aluna, a importância da mostra reside no fato de conseguir unir conteúdo e prática. “Isso acaba nos envolvendo e fazendo com que os alunos tenham uma visão ainda melhor e maior sobre a Física”.

Barbeny diz também que tanto a Semac quanto as atividades que ela abrange são de grande importância porque alunos de todos os cursos podem participar de minicursos e oficinas das mais variadas áreas, promovendo a interdisciplinaridade e divulgando ainda mais diferentes tipos de conhecimentos.

Semac

Ana Rocha, vice-diretora do campus e professora de Geografia, diz que a maior importância desta 3ª edição da Semac é a descentralização dos programas institucionais Pibic e Pibix. “Alunos que não são bolsistas ou voluntários podem assistir à apresentação dos resultados das pesquisas dos colegas”.

A vice-diretora também destaca a mobilização dos professores na elaboração das atividades. "Praticamente todos os departamentos ficaram envolvidos propondo oficinas, minicursos, exposições e mesas-redondas. O engajamento de professores e alunos foi bem maior do que nas outras edições. Tudo isso dá um caráter positivo para a Semac porque ela vai se consolidando como um momento de troca de experiências, de produção e socialização do conhecimento", finaliza.

Guilherme Almeida (bolsista)

Luiz Amaro

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