Sex, 03 de novembro de 2017, 14:47

6º Encontro Sergipano de Educação Ambiental tratará sobre políticas públicas e prática pedagógica
Evento acontecerá entre os dias 8 e 11 de novembro; inscrição vai até dia 7
Evento é voltado, sobretudo, a professores e alunos que estão se preparando para ingressar na carreira docente.
Evento é voltado, sobretudo, a professores e alunos que estão se preparando para ingressar na carreira docente.

Entre os dias 8 e 11 de novembro pesquisadores e estudantes se reunirão no campus de São Cristóvão da UFS para o 6º Encontro Sergipano de Educação Ambiental (Esea), que este ano tem como tema “Políticas Públicas e Pesquisa em Educação Ambiental”. As inscrições podem ser feitas até o próximo dia 7 através do preenchimento e envio de um formulário para o e-mail sextoesea@gmail.com.

Saiba mais sobre o 6º Esea na página oficial

O evento tem trazido ao longo dos anos discussões que enveredam pelos caminhos da educação ambiental, seus desafios, perspectivas e políticas públicas, e é voltado, sobretudo, a professores e alunos que estão se preparando para ingressar na carreira docente.

Segundo a professora Maria Inêz Oliveira Araújo, organizadora e membro do Conselho Editorial, o encontro vai “discutir questões de políticas públicas para a educação ambiental, além de termos uma mesa que trata exclusivamente das políticas públicas aqui em Sergipe”.

Confira abaixo a entrevista completa com a professora Maria Inêz.


Segundo a professora Maria Inêz, o evento também vai debater políticas públicas para educação ambiental em Sergipe.  (foto: Dayanne Carvalho/bolsista Ascom-UFS)
Segundo a professora Maria Inêz, o evento também vai debater políticas públicas para educação ambiental em Sergipe. (foto: Dayanne Carvalho/bolsista Ascom-UFS)

- O que o público pode esperar desta 6ª edição do Esea?

Nós estamos fazendo o Esea há 12 anos. Este ano teremos uma palestra com o professor Phillip Layrargues, filósofo renomado nacionalmente que busca entender as questões da educação ambiental, e teremos também a presença da professora Monica Lopes, que é de Pernambuco e está muito engajada na educação ambiental. Pensamos em discutir as questões de políticas públicas para a educação ambiental, além de termos uma mesa que trata exclusivamente das políticas públicas aqui em Sergipe. Sabemos que a educação ambiental é uma questão obrigatória em todos os cursos e as diretrizes apontam para isso: tem que haver a inserção da educação ambiental em toda formação, principalmente na dos professores, e esse evento é para os professores e alunos que estão ingressando ou futuramente ingressarão na docência. Todo nosso esforço está focado nisso e o público pode esperar uma boa reflexão sobre as questões voltadas para a educação ambiental e também para os tempos atuais, porque também colocaremos uma mesa sobre diversidade, que vai falar sobre gênero e sua relação com o ambiente, o que dialoga com movimentos sociais.

- Como a organização chegou ao tema deste ano, que é “Políticas Públicas Ambientais e Prática Pedagógica”?

Eu estava orientando um trabalho de doutorado de Aline Lima de Oliveira Nepomuceno, que é vice-coordenadora do evento, e estávamos discutindo e nos perguntando para onde iria a educação ambiental. Quando ela começou a pesquisa, percebeu que existe uma lei que regulamenta a educação ambiental, mas essa lei não está em vigor porque falta a assinatura de um decreto que a regulamente. Então começamos a partir disso para, mais tarde, enveredarmos por uma discussão maior para efetivar essas políticas. Percebe-se que essa política não é firmada, mas buscaremos isso. Nossa intenção é chegar perto da Rease (Rede de Educação Ambiental de Sergipe), por exemplo, que está um pouco desativada; queremos ver se conseguimos recuperar para juntos começarmos a buscar a efetivação dessas políticas.

- O evento já está em sua 6ª edição. Qual tem sido o objetivo de vocês ao longo dos anos?

Estou na educação ambiental desde 1995, quando fiz parte do projeto de educação ambiental no entorno da Mata do Crasto. Já percebíamos a necessidade de trabalhar a educação ambiental quando fizemos a Sala Verde, em 2005, que é um projeto específico da educação ambiental. Então pensamos: se existe essa proposta que também faz parte da Sala Verde e do Gepease (Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental de Sergipe), como faremos para fazer isso chegar ao público? Começamos a trabalhar na perspectiva de ampliar nossas discussões para fazer com que elas saíssem de dentro da universidade para povoar Sergipe, que é também o objetivo da Sala Verde. O que nós queremos é divulgar a educação ambiental e formar cada vez mais pessoas dispostas a se engajarem nessa luta que acreditamos.

Ronaldo Gomes (bolsista)

Luiz Amaro

comunica@ufs.br


Atualizado em: Sex, 03 de novembro de 2017, 16:06