Qui, 28 de dezembro de 2017, 11:27

Um ano que vai, um ano que vem
Em 2018, que nos bate às portas, queremos continuar avançando.

Um ano, em parte, terrível, para muita gente. Foi 2017. O país respirou ares impuros com os desdobramentos de nuances da corrupção que assola a vida política e administrativa. Cenas, constatações e fatos escabrosos. Um ano para o povo almejar que não se repita, nesse aspecto.

Por outro lado, que também não se repita as ações tresloucadas contra as Universidades Federais, e, mais perto, as de Santa Catarina, que redundou no suicídio do seu reitor, indevidamente preso, e Minas Gerais, com conduções coercitivas descabidas. A democracia não pode compactuar com o arbítrio sob qualquer de suas formas e venha de onde vier. O que tiver que ser apurado, que o seja, mas, sem os lances teatrais que vão se tornando comuns no país afora.

Na Universidade Federal de Sergipe, o ano que se vai foi de apertos orçamentários e financeiros, como, ademais, ocorreu com todas as congêneres. Os motivos todos o sabem. Mas, não nos deixamos tolher por tal situação. O gestor público deve estar preparado para os momentos de dificuldades, a fim de desembaraçá-los, naquilo que lhe for cabível.

Diante da crise que continua, buscamos os caminhos que nos levassem a encontrar saídas para problemas diversos. Não medimos esforços junto ao Ministério da Educação, aos nossos representantes no Congresso Nacional e a outras instâncias. Não dava para nos acomodar, resmungar e deixar a gestão cair na atrofia. Não seria esse o comportamento que aqueles que nos elegeram, pela segunda vez, haveriam de esperar de nós. Nem esse é o nosso caráter. Jamais nos iludimos de que a gestão da UFS seria fácil. Porém, nunca deixamos de trabalhar para alcançar os objetivos que cingiram a nossa luta e a dos nossos pares, que nos acompanharam nos dois pleitos vitoriosos. Tínhamos, como na verdade o temos, responsabilidade perante todos aqueles que depositaram em nós a sua confiança.

Apesar de tudo, foi um ano exitoso em vários aspectos para a UFS. Obras foram tocadas. Cursos foram bem avaliados. O Memorial da Democracia, ou, se quiserem, a Praça da Democracia foi construída e tornou-se um cartão postal do Campus de São Cristóvão. Investimentos em recuperação e ampliação de outros Campi não deixaram de ser feitos, dentro dos arrochos orçamentários e financeiros aos quais fomos submetidos.

A estação elétrica 69 acha-se em pleno final de construção, que nos dará um alívio enorme em termos de energia para as novas necessidades da sede. Edifícios departamentais concluídos ou em fase de conclusão.

No Hospital Universitário, obras que há tanto tempo eram desejadas, enfim, começaram a se tornar realidade, inclusive com inaugurações no fim do ano. Entre nós, esteve o ministro da Educação, para anunciar os investimentos já realizados ou em realização, juntamente com o presidente da EBSERH. Parlamentares federais foram importantes na liberação de recursos do Orçamento Gral da União – OGU, ou de emendas parlamentares. A todos, somos gratos.

A EMBRAPA, pela sua direção nacional, cedeu-nos em comodato a fazenda de sua propriedade, no sertão, para sediar o Campus daquela região, que ainda funciona provisoriamente, em Nossa Senhora da Glória.

O governo do estado, enfim, transferiu o Hospital Regional de Lagarto para a UFS, que já está sendo gerido pela EBSERH, através do contrato que com essa empresa pública nós mantemos.

Em geral, os serviços administrativos e pedagógicos têm funcionado sem maiores sobressaltos. Apesar dos arrochos, não foi um ano cingido pela apatia. Agradecemos a todos que colaboraram para os êxitos alcançados. Os da casa e os de fora dela. Conseguimos avanços. E continuaremos nessa marcha.

Em 2018, que nos bate às portas, queremos continuar avançando. Há metas a serem alcançadas. Obras a serem construídas ou iniciadas. O fortalecimento da UFS em todos os seus Campi e em todas as suas atividades será buscado. Não haveremos de descansar, como não descansamos em 2017 e nos anos anteriores, desde a nossa primeira posse na Reitoria.

Se nós contamos com a colaboração de instituições e de órgãos externos, aos quais somos gratos, esperamos, em 2018, merecer a mesma colaboração. Internamente, esperamos continuar merecendo o apoio de todos: da vice-reitora, cuja atuação nos tem sido de grande valia, dos pró-reitores, dos assessores, dos diretores de Centros, dos chefes e subchefes de Departamentos, Núcleos e Programas de Pós-Graduação, dos professores, dos demais dirigentes na área administrativa, dos técnico-administrativos, dos terceirizados e do corpo discente.

Continuaremos juntos, para o engrandecimento da Universidade Federal de Sergipe. A ela, continuaremos a dedicar os nossos esforços, a nossa luta, a nossa teimosia, o nosso sentimento de pertencimento cada vez maior.

Que venha 2018. Tudo leva-nos a crer que será outro ano difícil. Juntos, porém, venceremos as novas dificuldades.

Angelo Roberto Antoniolli é reitor da Universidade Federal de Sergipe


Foto: Adilson Andrade/AscomUFS
Foto: Adilson Andrade/AscomUFS
Notícias UFS