Qua, 17 de janeiro de 2018, 14:57

Primeira edição de 2018 do Programa Servidor Cidadão discute a Síndrome de Burnout
Na ocasião também foram apresentados os resultados de uma pesquisa realizada com servidores
Servidores se reuniram na Sala dos Conselhos (Fotos: Schirlene Reis/AscomUFS)
Servidores se reuniram na Sala dos Conselhos (Fotos: Schirlene Reis/AscomUFS)

Estresse, fadiga, sentimento de esgotamento e mau humor. Estes parecem ser sintomas comuns e identificáveis em grande parte da população. Mas, o que poucos sabem, é que em grau elevado esses indícios podem prescrever um diagnóstico mais certeiro: a Síndrome de Burnout, tema do primeiro Servidor Cidadão de 2018, que aconteceu na manhã de hoje, 17, promovido pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep).

A síndrome, descrita em meados de 1970, acomete cerca dos 32 dos 72% dos brasileiros que sofrem de algum nível de estresse, segundo dados divulgados pela International Stress Management Association (Isma). E estresse é apenas um dos sintomas. A baixa realização profissional, a despersonalização, a ansiedade e as crises de pânico são outros indicativos que podem levar o indivíduo a desenvolver a síndrome.

“As relações hoje são muito tênues, temos muito estresse, cobranças, prazos e metas e muitas vezes o trabalhador fica de lado nesse processo”, afirma Goretti Fernandes, professora do Departamento de Fisioterapia (DFT) da UFS.

Ela esteve à frente da palestra, ao lado das psicólogas Ana Paula e Simone Carvalho, que tratou da síndrome e apresentou os resultados de uma pesquisa que realizou em 2017, para identificá-la ou não entre uma parcela de servidores da universidade.

“Essa síndrome está sinalizada aqui na UFS em faixas etárias específicas. A exaustão emocional e a despersonalização estão mais sinalizadas nos servidores mais jovens, enquanto a baixa realização profissional aparece entre os mais antigos”, diz.


Goretti Fernandes, do DFT, falou sobre as maneiras de diagnosticar a síndrome e quais profissionais precisam estar envolvidos no tratamento
Goretti Fernandes, do DFT, falou sobre as maneiras de diagnosticar a síndrome e quais profissionais precisam estar envolvidos no tratamento

A pesquisa foi realizada com 107 servidores através da aplicação de um questionário com 22 perguntas divididas em blocos avaliativos de exaustão emocional, despersonalização emocional e realização profissional.

Ednalva Freire Caetano, pró-reitora de Gestão de Pessoas, conta que o tema surgiu da necessidade de se discutir o assunto diante da pesquisa realizada por Goretti. “A professora Goretti realizou essa pesquisa para descobrir sobre a existência ou não da síndrome entre os servidores, e agora queríamos mostrar esses resultados e discutir essas questões, pois é um tema importante para a saúde do trabalhador”.

Diagnóstico e tratamento

Durante toda a manhã os participantes foram apresentados a uma série de indicativos que podem ser observados com mais ou menos frequência e se enquadram dentro da identificação do problema. Os sintomas comportamentais mais regulares incluem a agitação, irritabilidade, indiferença, insegurança e frieza.

Goretti Fernandes aponta que para que o problema seja resolvido ou minimizado é preciso um esforço interdisciplinar entre várias áreas, e muitos profissionais são responsáveis pela recuperação: psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores físicos, enfermeiros e assistentes sociais.

“Aqui temos todas as ferramentas, temos curso de fisioterapia, de educação física, psicologia, nutrição, ou seja, temos todas as ferramentas para ser a universidade referência em saúde do trabalhador e em qualidade de vida no trabalho”, afirma.

Ascom

comunica@ufs.br


Atualizado em: Qui, 18 de janeiro de 2018, 14:34
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