Qua, 07 de março de 2018, 15:02

Programa Servidor Cidadão debate identidade de gênero e o papel da mulher nos espaços sociais
Palestra ocorreu hoje pela manhã, 7, no auditório da Reitoria
Para a bibliotecária Sheyla Andrea, a jornada de uma mulher não é apenas no trabalho, mas também engloba filhos, casa, marido, vidas política e social. (fotos: Schirlene Reis/ Ascom-UFS)
Para a bibliotecária Sheyla Andrea, a jornada de uma mulher não é apenas no trabalho, mas também engloba filhos, casa, marido, vidas política e social. (fotos: Schirlene Reis/ Ascom-UFS)

A bibliotecária Sheylla Andrea saiu da terceira edição de 2018 do Programa Servidor Cidadão com mais certeza de que quer ser respeitada nas coisas que desenvolve. Como proposta para o Dia Internacional da Mulher (8 de março), o evento partiu do tema “De Amélia a Maria: talento de equilibrista” para discutir questões relacionadas à identidade de gênero e às desconstruções de submissão feminina nos espaços.

Veja as fotos do evento aqui.

Para Sheyla, a mulher que antes era mãe, hoje também é empresária, servidora, estudante. “A jornada de uma mulher não é apenas no ambiente de trabalho. É uma jornada que tem filhos, casa, marido e a parte política e social que a mulher ocupa. Então, com essa palestra a gente percebe o quanto crescemos e quanto trabalho ainda temos”, diz.


Terceira edição do evento proporcionou uma manhã de música, distribuição de brindes e discussões importantes.
Terceira edição do evento proporcionou uma manhã de música, distribuição de brindes e discussões importantes.

Com a palestra ministrada pela psicóloga e psicoterapeuta Petruska Passos, Sheyla percebeu o empenho de a universidade tentar inserir uma cultura de valorização das mulheres. “Nós também trabalhamos e fazemos as mesmas coisas que vários homens aqui e muitas vezes não somos valorizadas. Com isso, a universidade permite mostrar o valor da mulher”, destaca.

De acordo com Ednalva Freire Caetano, pró-reitora de Gestão de Pessoas, em termos quantitativos, a universidade tem mais mulheres do que homens, mas nos cargos de chefia o número de mulheres é bem menor. “Completamos 50 anos em maio deste ano e a universidade nunca teve uma reitora, então isso mostra que, na verdade, os papéis ainda estão muito definidos”, analisa.

Ela acredita que os papéis de poder ainda são muito associados aos homens. Mas, ainda segundo a pró-reitora, existe um caminho sendo trilhado na universidade no sentido de equilibrar esses papéis.

Identidade


Ao longo da discussão, a psicóloga e psicoterapeuta Petruska Passos falou sobre a submissão feminina nos espaços.
Ao longo da discussão, a psicóloga e psicoterapeuta Petruska Passos falou sobre a submissão feminina nos espaços.

O show de abertura feito por Bartira Fraga e Rafael Mattos (no violão) animou a plateia para as discussões trazidas, minutos depois, por Petruska Passos. Durante a palestra, a psicóloga e psicoterapeuta falou sobre a construção da identidade de gênero e a importância disso na ocupação de espaços por parte das mulheres.

De acordo com ela, tem acontecido um movimento de “redescoberta do feminino não só na maternagem, já que é algo que pode ser agregado ao ser mulher, mas também em outras possibilidades de ocupar vários espaços sociais na condição da sua identidade; ocupar esse espaço sendo mulher”.

A palestra ocorreu hoje pela manhã, 7, no auditório da Reitoria, campus de São Cristóvão. Além do debate, houve distribuição de brindes.

Ascom

comunica@ufs.br


Atualizado em: Qua, 07 de março de 2018, 15:08