Ter, 06 de novembro de 2018, 16:11

Encontros dos programas de pesquisa têm início na Semana Acadêmica
Eventos envolvem iniciação científica, tecnológica e pós-graduação

No primeiro dia da quinta edição da Semana Acadêmica e Cultural (Semac), nesta segunda-feira, 5, tiveram início três encontros que envolvem as atividades de pesquisa na Universidade Federal de Sergipe: o 10º Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (EIDTI), o 28º Encontro de Iniciação Científica e o 10º Encontro de Pós-Graduação (EPG).


Abertura dos encontros do Pibic, Pibiti e Pós-Graduação (Fotos: Paulo Marques - Ascom/UFS)
Abertura dos encontros do Pibic, Pibiti e Pós-Graduação (Fotos: Paulo Marques - Ascom/UFS)

Uma plateia de estudantes e professores prestigiou a abertura dos encontros, no auditório da Didática 5, do campus de São Cristóvão. Participaram da mesa o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Lucindo Quintans, e os representantes da Fapitec e do CNPq, Ronaldo Botelho e José Ricardo de Santana, respectivamente.

Iniciação científica e tecnológica

O Encontro de Iniciação Científica, o mais tradicional dos três, é onde os jovens pesquisadores publicam os resultados de seus estudos durante o último ano. Reúne estudantes que participam do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).

Já o EIDTI envolve os estudantes que atuam no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti). No evento, os discentes pesquisadores publicam as conclusões ou andamento de seus estudos em desenvolvimento e transferência de novas tecnologias e inovação.


José Ricardo de Santana, diretor de cooperação institucional do CNPq: "estudantes que passam pela iniciação científica e tecnológica conseguem ter um desempenho melhor no mestrado e no doutorado"
José Ricardo de Santana, diretor de cooperação institucional do CNPq: "estudantes que passam pela iniciação científica e tecnológica conseguem ter um desempenho melhor no mestrado e no doutorado"

Para o diretor de cooperação institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), José Ricardo de Santana, os programas de iniciação são essenciais para o progresso da pesquisa nas universidades.

“Temos muita segurança (a partir de avaliações que temos no CNPq, sobre os programas de iniciação) para mostrar que os estudantes que passam pela iniciação científica e tecnológica conseguem ter um desempenho melhor no mestrado e no doutorado, assim como o tempo de entrada [na pós-graduação] é menor”, argumenta o diretor.

O pró-reitor Lucindo Quintans enfatiza também o papel da iniciação para a cadeia que envolve a pesquisa nas universidades. No caso da UFS, o dirigente enaltece as estratégias na instituição.

“Nossos programas de iniciação científica e iniciação tecnológica são pujantes, os maiores do estado. Quase metade dos nossos alunos que vão para a pós-graduação, dependendo do programa, da área, é oriunda dos programas Pibic e Pibiti”, ressalta.

A estudante Nathalia Araujo Macedo, que estuda o décimo e último semestre do curso de Farmácia, participa dos programas de iniciação desde o primeiro período. Ela assegura que seu crescimento como estudante está diretamente ligado à pesquisa.


Nathalia Araujo Macedo acredita que, na pesquisa, é preciso ter um olhar para o que a sociedade precisa
Nathalia Araujo Macedo acredita que, na pesquisa, é preciso ter um olhar para o que a sociedade precisa

“Percebi que houve uma evolução muito grande, tanto dos programas, quanto da minha forma de entender a pesquisa. No primeiro período eu entrei porque eu vi o cartaz na porta do laboratório”, lembra a discente. “Eu nem sabia direito que tipo de pesquisa era aquela. O bom é que eu gostei e fui continuando, e com o passar do tempo eu pude ter um olhar mais crítico de o que era necessário de se pesquisar”, completa.

Hoje, a aluna participa do Pibiti, com o qual ela tem uma identificação maior, já que prefere as pesquisas que tragam resultados mais imediatos para a sociedade.

“[O objetivo é] você ter um olhar do que o mercado precisa, do que a sociedade precisa, e como trabalhar para gerar isso. Isso ajuda no próprio desenvolvimento científico e tecnológico”, explica.

Atualmente, Nathalia e seu orientador, o professor Socrates Cabral Cavalcanti, tentam desenvolver compostos que possam ser tóxicos para a larva do mosquito Aedes aegypti – transmissor de várias doenças –, porém, sem provocar danos ambientais e às pessoas.

As bolsas que Nathalia e demais jovens pesquisadores do Pibiti e Pibic recebem são asseguradas pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec), além do CNPq.


Ronaldo Botelho, diretor técnico da Fapitec, vê na UFS um importante aliado para o desenvolvimento científico de Sergipe
Ronaldo Botelho, diretor técnico da Fapitec, vê na UFS um importante aliado para o desenvolvimento científico de Sergipe

O diretor técnico da Fapitec, Ronaldo Botelho, reafirma o compromisso do órgão para com a UFS, inclusive no que se refere ao desenvolvimento da ciência.

“Nós da Fapitec vemos a UFS como um importantíssimo aliado na pesquisa, no desenvolvimento científico para o Estado. Somos uma instituição interveniente e parceira da UFS, estamos acompanhando o compromisso que os pesquisadores da universidade, pró-reitores, professores têm nesse engajamento da pesquisa e estamos sempre aliados aos projetos que nós oferecemos”, reitera.

Pós-Graduação

O Encontro de Pós-Graduação (EPG) recebe os estudantes de mestrado e doutorado da UFS, que publicam no evento o andamento das pesquisas desenvolvidas nos programas de pós- graduação da instituição.

Lucindo Quintans recorda que o EPG havia deixado de ser realizado há alguns anos, mas a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação o incluiu à Semac na edição passada.

“Resgatamos o Encontro de Pós-Graduação da UFS no ano passado e estamos realizando a décima edição este ano”, diz Lucindo, reiterando o papel da universidade na área. “A UFS é responsável por cerca de 85% de todos os mestres e doutores que são formados no estado”, completa.


O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação Lucindo Quintans destaca o retorno do Encontro de Pós-Graduação da UFS
O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação Lucindo Quintans destaca o retorno do Encontro de Pós-Graduação da UFS

Semac

A Semana Acadêmica e Cultural prossegue até a próxima sexta-feira, 9. A programação completa pode ser acessada clicando aqui, onde podem ser conferidos, também, todos os trabalhos que serão apresentados nos eventos do Pibic, Pibiti e da Pós-Graduação.

Marcilio Costa
comunica@ufs.br


Atualizado em: Qui, 08 de novembro de 2018, 10:13
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