Sex, 08 de março de 2019, 14:51

UFS moderniza telefonia com sistema VoIP, mais moderno e de baixo custo
Serviço já está presente em todos os campi; em São Cristóvão, sistema será finalizado em até seis meses
Arte: Giordana Belotti/bolsista Ascom UFS.
Arte: Giordana Belotti/bolsista Ascom UFS.

Em 2017, a Universidade Federal de Sergipe começou a substituir a telefonia híbrida (analógica e IP) pela voz sobre IP (VoIP), que permite efetuar e receber ligações a baixo custo usando uma conexão com a internet. Segundo o Relatório de Gestão 2017, a implantação do sistema gerou uma economia de cerca de R$ 10 mil mensais com ligações de celulares. De julho daquele ano a junho de 2020, ainda de acordo com o relatório, prevê-se uma redução nos gastos de aproximadamente R$ 940 mil, incluindo renovação da garantia da central telefônica antiga.

A migração dos aparelhos analógicos para os digitais ocorreu primeiro nos campi de São Cristóvão e de Lagarto, mas não em todos os ramais. No caso de São Cristóvão, o chefe da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), Andrés Ignácio Martinez, diz que inicialmente a capacidade máxima era de 500 ramais. Porém, com o novo contrato realizado no final de 2018, foi possível dobrar essa quantidade, o que permitirá atender a demanda do campus. A previsão é que o serviço no campus-sede seja finalizado em até seis meses.

A nova tecnologia já está implantada nos demais cinco campi e em outras localidades, como o Departamento de Dança e o campus Rural. O serviço no campus de Itabaiana foi finalizado recentemente.

“No campus do Sertão, por exemplo, foram instalados os ramais VoIPs nos setores, porém ainda existem linhas diretas da Oi. Todos do campus foram orientados a priorizar a utilização dos ramais VoIPs para divulgar os novos números e comprovar a estabilidade do serviço. Posteriormente, essas linhas diretas serão retiradas, diminuindo ainda mais o custo”, conta Delvane Santos do Nascimento, chefe da Divisão de Telecomunicações (Ditel/STI).

Vantagens


“Mesmo se a conexão com a internet cair, a telefonia VoIP continua funcionando internamente”, diz Andrés Ignácio Martinez, da STI. (fotos: Shirlene Reis/Ascom UFS)
“Mesmo se a conexão com a internet cair, a telefonia VoIP continua funcionando internamente”, diz Andrés Ignácio Martinez, da STI. (fotos: Shirlene Reis/Ascom UFS)

Para Andrés, uma das principais vantagens da telefonia VoIP é a facilidade técnica e o seu baixo custo. “Tem uma facilidade na instalação porque a gente não precisa mais do cabeamento específico do telefone analógico. Outra vantagem é que compramos também nessa mesma especificação o que o mercado chama de chipeira, onde inserimos chips de celular e na hora da ligação a chamada é direcionada para sair por um dos chips. Dessa forma, a ligação sai a custo zero para a UFS”, diz o superintendente.

Vale ressaltar, ainda, que nem todos os ramais possuem permissão de ligações para celulares, uma vez que há um limite. “Quando a gente tem sete ligações simultâneas, que é o número de chips que a chipeira comporta, na oitava ligação ela começa a cobrar, por isso que não colocamos em todos os ramais. Mas, aos poucos, vamos expandir para outros setores”, complementa Andrés.

Além disso, com a nova central já é possível realizar ligação via ramal para os outros campi - discando apenas os quatro dígitos do ramal de destino - como também não será mais necessário discar o zero para efetuar ligações externas nem o código da operadora para ligações interurbanas - basta discar o código DDD da região seguido do número de telefone.

“Com a redução da quantidade de dígitos, simplifica a ligação e ainda evita a utilização de outros códigos de operadoras diferentes da contratada pela universidade”, diz Delvane, da Ditel.

Outra novidade é que essa nova central permite videoconferência, caso os aparelhos telefônicos tenham essa funcionalidade. Prevê-se que a nova central fique em completo funcionamento em até seis meses.

O que mudou?


A troca do ramal analógico pelo digital está sendo feita de forma automática pela Ditel.
A troca do ramal analógico pelo digital está sendo feita de forma automática pela Ditel.

Andrés conta que a principal diferença entre esse e o sistema convencional consiste no fato de que agora tudo é digital. “A gente tem uma central na Ditel, que teve um investimento grande por parte da UFS, mas que é analógica e está sendo substituída por uma digital com a utilização de softwares específicos”.

Na opinião do técnico da Ditel Uassir Almeida, é muito mais fácil trabalhar com essa nova telefonia porque quase não precisa de interferência humana, o monitoramento é feito online. Isso permite que a equipe da Ditel tenha condição de verificar algum problema a distância, na tela do computador, coisa que era possível apenas com os ramais IPs da central híbrida.

Celular como ramal

Com essa nova tecnologia há a possibilidade dos servidores da UFS configurarem os ramais da universidade em seus celulares através da instalação de um aplicativo chamado Softphone para receber e efetuar ligação.

Além disso, ao conectar o aparelho telefônico fixo em qualquer ponto de rede da UFS, o ramal funcionará normalmente.


Para Delvane Santos, da Ditel, a simplificação das ligações também evita a utilização de outros códigos de operadoras diferentes da contratada pela universidade. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Para Delvane Santos, da Ditel, a simplificação das ligações também evita a utilização de outros códigos de operadoras diferentes da contratada pela universidade. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

E se a internet cair?

Conforme o superintendente da STI, caso haja falta de conexão com a internet na UFS, o sistema continua funcionando internamente. “Quando estamos sem internet, ficamos sem acesso externo, mas toda parte interna de rede continua funcionando. A gente só não irá conseguir ligar daqui para Itabaiana, por exemplo”, conta.

Ligações interurbanas

Além da central VoIP, a universidade conta com um serviço de telefonia VoIP chamado fone@RNP interligado na central, no qual encaminha algumas ligações fixas interurbanas pela rede IP da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para instituições do Brasil a custo zero.

"Para se conseguir uma ligação de longa distância para telefone fixo da rede pública a custo zero, a instituição de destino deverá ter também o serviço de telefonia fone@RNP, caso contrário, as ligações saem normalmente pelo digitronco da Oi”, explica Delvane.

Fernanda Roza (bolsista)

Luiz Amaro

comunica@ufs.br


Atualizado em: Seg, 11 de março de 2019, 17:46
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