Seg, 29 de abril de 2019, 10:47

Alunxs transgenerxs e a plenitude
Alice Alexandre Pagan

Embora existam expectativas sociais de um padrão de masculinidade ou de feminilidade a serem seguidos pela população, é fato que há um enorme gradiente de possibilidades de vivências sobre ser homem e ser mulher. Muitxs de nós, que nos afastamos significativamente desses padrões, por vezes, sofremos preconceito e até mesmo rechaços. Nosso país, infelizmente, é um dos que mais mata pessoas transgêneras no mundo, contudo continuamos esperançosos de que essa realidade será transmutada.

A Universidade Federal de Sergipe, orgulhosa por ser uma das pioneiras no acolhimento LGBT, respeita e reconhece que a diversidade é fundamental para a sobrevivência de nossa espécie, bem como que garantir o direito às singularidades é refletido em criatividade e competência por parte de nossxs alunxs.

Hoje, dispomos das portarias institucionais 2209/2013 e 678/2018GR que garantem à população transgênera o direito de ser reconhecida pelo nome social, bem como pelo gênero que lhes é compatível. Ainda, há esforços de docentes e de voluntários/as no campus de Lagarto para o atendimento especializado da população transgênera em um ambulatório multidisciplinar. Ainda, temos o orgulho de ter em nossos quadros de alunxs, Linda Brasil, a precursora na luta pela institucionalização do nome social nesta universidade, bem como a responsável pela fundação da Casa Amor, espaço de acolhimento e apoio à diversidade LGBT.

Não temos dúvidas de que muito ainda precisa ser feito em nossa instituição e em nosso país para que possamos viver nossas identidades sem opressões, contudo, pensamos que esta cartilha e seus informes, podem representar um pequeno e importante passo para dizermos aos queridos e queridas, alunxs transgêneros e transgêneras, que a UFS está de portas abertas a todxs.

Sejam bem-vindxs, “acalorem” a Universidade e arrasem!

Alice Alexandre Pagan é professora associada da UFS e mulher transgênera.


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