“Apesar dos momentos difíceis que teremos de enfrentar - e que firme enfrentaremos - nada deve tirar o encanto de celebrarmos mais um ano da nossa UFS”. Foi nesse tom que o reitor Angelo Antoniolli discursou no concerto comemorativo ontem à noite, 16, em alusão ao aniversário da Universidade Federal de Sergipe, completado em 15 de maio. O evento ocorreu no Teatro Atheneu, em Aracaju.
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Ainda segundo o reitor, a sociedade tem muito do que se orgulhar da instituição: são 51 anos produzindo conhecimento e prestando serviços à sociedade sergipana.
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“É maravilhoso estar na comemoração dos 51 anos da UFS, ainda mais depois de um dia tão simbólico, que foi a paralisação nacional de todas as instituições de educação superior pública. Isso é o resultado da resistência do que a universidade pública representa, que é, entre outras coisas, propor arte e cultura”, diz Felipe Harder, chefe da Divisão de Música da UFS (Dimu/Cultart/Proex).
A arte de ser UFS
Quem estava presente na noite de ontem certamente foi envolvido pelo repertório variado do concerto, que incluiu de músicas eruditas a de cinema. Na primeira parte, a apresentação do tema de “Vingadores”, “Dança de Phryné”, “Danças Sinfônicas Brasileiras (Congada - Macumba- Frevo)” e o “Tango Jalousie” receberam os primeiros aplausos.
No segundo, a participação dos solistas Patrícia Sandes e Roziel Benvido engrandeceu ainda mais o concerto. Em sequência, para finalizar, o público pôde apreciar a “5ª Sinfonia/Mambo nº 5”, “Mourão”, “Aquarela” e o tema de “Game of Thrones”.
“A ideia foi procurar obras de efeito, bonitas e que atingissem o público, independente de onde elas se originaram - tango, cinema, ópera, café, música tradicional ou erudita. Então não interessa de onde vem essa música, mas sim que tenha uma força melódica, emotiva”, diz o regente Ion Bressan.
Rosilva Silveira, mãe de um dos músicos, conta que está muito contente com a apresentação da orquestra e torce para que universidade continue firme. “Estou muito emocionada porque assistir meu filho participando é um orgulho muito grande para mim. Espero que a UFS siga sempre em frente e que coisas políticas não abalem os jovens que têm o interesse de crescer na vida”, diz.
Ivis Welendal, que veio de Estância só para a comemoração, também gostou muito das apresentações, principalmente da “5ª Sinfonia/Mambo nº 5”, de Beethoven e Perez Prado, e do tema de “Vingadores”. “Fiquei sabendo que era comemoração dos 51 anos, então vim com toda emoção, principalmente nesse tempo, que temos que somar mais e mais. Superou minhas expectativas, o repertório foi maravilhoso, emocionante, intenso e também divertido”.
Para o regente Ion Bressan, que atualmente está de licença da UFS por conta do seu doutorado, a orquestra sinfônica é um mecanismo com muitas engrenagens que funcionam simultaneamente no momento certo, na forma certa e com intensidade adequada. “Isso requer muito trabalho, pois tudo deve ser concentrado e, em um determinado momento, fazer um efeito, atingir as pessoas positivamente”.
A UFS e a sociedade
Na opinião do reitor Angelo Antoniolli, a ideia de pertencimento do povo sergipano em relação à universidade, principalmente nos últimos dias, é importante para a defesa daquilo que é, ainda nas palavras dele, o maior patrimônio imaterial de Sergipe.
“Além de ser a única universidade pública de Sergipe, a UFS é também responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas, e nós devemos estar atentos a tudo isso. Temos mais de 30 mil alunos e, na pós-graduação, 54 programas - isso significa que quase 90% de todo o conhecimento gerado nos cursos de mestrado e doutorado de Sergipe é da UFS”.
Ascom
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