Qua, 18 de março de 2020, 10:17

Campus Lagarto integra grupo que combate fake news sobre medicamentos
A UFS está sendo representada através do Departamento de Farmácia do Campus de Lagarto (UFSLag)

Quatro instituições científicas divulgaram uma nota técnica sobre a ausência de evidências científicas que relacionem o agravamento da infecção causada pelo novo coronavírus com a utilização de alguns medicamentos anti-hipertensivos e anti-inflamatórios. Dentre essas instituições está a Universidade Federal de Sergipe, através do Departamento de Farmácia do Campus de Lagarto (UFSLag).

Considerando a importância de os profissionais obterem informações apenas de fontes confiáveis sobre Covid-19, os Centros de Informações de Medicamentos (CIMs) se reuniram para verificar quais são as recomendações em relação à utilização de medicamentos comumente utilizados pela população, como o ibuprofeno e anti- hipertensivos.

Os Centros de Informações de Medicamentos (CIMs) envolvidos são: o Centro de Estudos do Medicamento da Universidade Federal de Minas Gerais (CEMED/UFMG), a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), de Paulo Afonso/BA, e o Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA), além do Departamento de FarmáciaUFSLag.

“Este documento traz um resumo dos indicativos sobre a ausência de evidências científicas que comprovem a relação entre o agravamento do Covid-19 e a utilização de medicamentos como ibuprofeno, cetoprofeno e anti-hipertensivos inibidores de enzima conversora de angiotensina (iECA) e antagonistas do receptor da angiotensinaII (ARA-II)”, diz o documento.

“Atualmente observamos um bombardeio de informação sobre o Coronavírus. E dentre elas podem surgir especulações, fake news e hipóteses ainda não comprovadas, as quais podem prejudicar a saúde do paciente”, informa a professora Adriana Andrade Carvalho, diretora do Campus de Lagarto, acrescentando que o combate à pandemia tanto deve ocorrer de forma a diminuir e dificultar a transmissão do vírus quanto dirimir informações ainda não conclusivas sobre o problema.

“Quando divulgamos que um medicamento de uso crônico possa interferir na gravidade e letalidade de uma doença que está se alastrando, como o Covid-19, podemos, sem nos dar conta, estimular que pacientes, que precisam daquele medicamento para controlar uma doença crônica, descontinue seu uso. Como o caso de alguns anti-hipertensivo. Isso pode gerar problemas sérios como, no caso da suspensão brusca dos anti-hipertensivo, efeitos cardiovasculares graves”, diz a professora, que é doutora em Farmacologia. “Por isso ressaltamos que cada caso deverá ser avaliado individualmente pelo médico responsável”.

Confira a Nota Técnica.

Marcos Cardoso

Gabinete do Reitor


Atualizado em: Qua, 18 de março de 2020, 10:39
Notícias UFS