Seg, 01 de junho de 2020, 12:20

Ambulatório HUL-UFS utiliza recursos de telemedicina no acompanhamento de pacientes
Especialista ressalta importância da iniciativa em pacientes com doenças inflamatórias intestinais
O início da utilização do recurso tecnológico se deu em meados do mês de maio. (foto: Divulgação)
O início da utilização do recurso tecnológico se deu em meados do mês de maio. (foto: Divulgação)

O Hospital Universitário de Lagarto (HUL-UFS) vem colocando em prática recursos de telemedicina para o acompanhamento de pacientes do Ambulatório de Especialidades da unidade hospitalar, que funciona no Campus UFS Lagarto, a exemplo de pacientes com doenças inflamatórias intestinais, dermatológicas, psiquiátricas (psiquiatria infantil) e neurológicas.

"Possibilitando ao paciente recorrer ao médico sem a necessidade de deslocamento e contato presencial durante a pandemia", observa Rafael Pinto, chefe da Unidade de e-Saúde do HUL. O início da utilização do recurso tecnológico se deu em meados deste mês de maio, com observância ao exposto na Lei nº 13.989, de 15 de abril de 2020 e à Portaria GM/MS 467, de 20 de março de 2020, que dispõem, em caráter excepcional e temporário sobre telemedicina durante período da pandemia.

Especificamente no caso dos pacientes com doenças crônicas intestinais, a iniciativa coincide também com a campanha Maio Roxo, que este ano, por conta da excepcionalidade do momento, as iniciativas de conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento por um especialista vem se dando de forma eminentemente virtual.

"Este ano vivemos um momento peculiar da história e para seguir as determinações de saúde quanto ao isolamento no combate à pandemia as campanhas voltadas para o Maio Roxo ocorreram de forma totalmente virtuais”, destaca o médico Fernando Every, gerente de Ensino e Pesquisa do HUL e presidente da Sociedade de Gastroenterologia de Sergipe.

“A possibilidade de prescrição por parte do médico de tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente em casos de urgência ou emergência tem previsão legal, reconhecendo a utilização da telemedicina em caráter de excepcionalidade e enquanto durar as medidas de enfretamento ao Coronavírus”, observa o professor Every.

Maio Roxo

A Federação Europeia de Colite Ulcerativa e Crohn instituiu em 2002 o Maio Roxo como mês de conscientização das doenças inflamatórias intestinais (DII), sendo o dia 19 escolhido como o dia mundial dessas doenças. No Brasil o movimento iniciou em 2016 sob coordenação da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD).

Desde então vários estados e municípios promovem ações de conscientização, levando informações e esclarecimentos à população. “As doenças inflamatórias intestinais ocorrem em todo o mundo e representam sério problema de saúde, pois são crônicas e tendem a ser progressivas, cursando com recidivas frequentes, podendo assumir formas clínicas de alta gravidade”, alerta Fernando Every.

O especialista destaca a importância do acompanhamento dos pacientes que sofrem de doenças crônicas, especificamente de doenças inflamatórias intestinais, nesse momento de pandemia da COVID-19. “O propósito é controlar os sintomas induzir a remissão da doença, melhorando sua qualidade de vida, minimizando a toxicidade e mantendo vigilância aos eventos adversos dos medicamentos utilizados”, diz o professor Fernando Every.

Doenças inflamatórias intestinais

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são as duas principais formas de doenças inflamatórias intestinais. Elas ocorrem em todo o mundo e no Brasil estudos epidemiológicos apontam para um aumento no número de casos.

Pacientes com doença de Crohn e retocolite ulcerativa podem apresentar sintomas por muitos anos antes do diagnóstico. O tratamento busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes através da rápida e sustentada remissão dos sintomas, com a menor quantidade de efeitos colaterais e complicações inerentes à própria doença. “O desconhecimento sobre a doença e a dificuldade de diagnóstico são os maiores desafios”, enfatiza Fernando Every.

Marcelo Sandes

Unidade de Comunicação do HUL


Atualizado em: Seg, 01 de junho de 2020, 17:22
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