A Universidade Federal de Sergipe (UFS) apresentou hoje, 9, os resultados da pesquisa que identificou a taxa de soroprevalência do novo coronavírus em estudantes que recebem auxílios moradia e residência. Foram realizados 277 testes, com um índice de prevalência de 22% entre os alunos dos seis campi da instituição.
“Essa é uma açāo muito relevante para avaliar nāo só a soroprevalência dos alunos que já foram infectados pelo novo coronavírus, como também saber outras questões fundamentais, como o número de moradores nas residências e a distribuição da infecção nos campi. A recomendação é que os estudantes continuem mantendo o isolamento e distanciamento social, e as medidas de prevenção”, afirma o professor Adriano Antunes, diretor do CCBS.
O projeto “Avaliação da soroprevalência da covid-19 em bolsista de auxílio-moraria da UFS”, desenvolvido pelo EpiSergipe, foi coordenado pelo professor Adriano, em parceria com a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, e teve o objetivo de avaliar a prevalência em assintomáticos e sintomáticos das moradias universitárias.
Dados gerais da pesquisa
Entre os testes, 150 foram realizados em mulheres (54%) e 127 em homens (46%). 56 resultados deram positivos para IgG, 4 positivos para IgM, 2 positivos para IgM e IgG e 215 foram negativados.
Em relação à soroprevalência do SARS-Cov-2 por campi, Lagarto apresentou uma prevalência de 30%, seguido por Nossa Senhora da Glória (27%), Itabaiana (26%) e Laranjeiras (22%). No campus de Aracaju, 20% dos bolsistas já tiveram contato com o vírus e, no campus de São Cristóvão, o índice foi de 15%.
Impactos da pandemia
Além da testagem, os impactos socioeconômicos e as implicações do distanciamento social durante o período da pandemia foram avaliados por meio de instrumentos, como o Teste de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). O objetivo foi medir os níveis desses transtornos a partir de comportamentos e sensações.
“A pesquisa também foi importante para fazer um levantamento sobre a qualidade de vida dos alunos e avaliar os níveis de estresse, ansiedade e depressão após esse longo período de isolamento social. Próximo ao retorno das atividades remotas é fundamental que a universidade continue prestando a assistência estudantil, principalmente aos que se encontram em maior condição de vulnerabilidade”, explica Adriano.
Ascom
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