Ter, 18 de outubro de 2016, 11:45

Campus de Laranjeiras discute processo histórico da Arqueologia em Sergipe
Mesa-redonda fez parte das atividades promovidas pelo campus para a Semac
Mesa coordenada pela professora Suely Amancio abordou análises em torno do mapeamento dos sítios do estado e salvamento arqueológico de Xingó.
Mesa coordenada pela professora Suely Amancio abordou análises em torno do mapeamento dos sítios do estado e salvamento arqueológico de Xingó.

Como parte das atividades da 3ª Semana Acadêmico-Cultural da UFS, aconteceu na tarde de ontem, 17, no campus de Laranjeiras, a mesa “Arqueologia em Sergipe”, que teve como intuito discutir e refletir sobre o que está sendo desenvolvido na área.

Coordenada pela professora Suely Amancio Martinelli, a mesa focou nas análises em torno do processo histórico considerando o mapeamento dos sítios arqueológicos do estado, bem como nos resultados de pesquisas arqueológicas.

“A Arqueologia em Sergipe começa muito antes da formação acadêmica. Ela acontecia através de professores que trabalhavam com material arqueológico antes da década de 80, e a partir dessa época a ideia de existir uma arqueologia acadêmica passa a ser fomentada. Dessa forma, os trabalhos de Arqueologia no estado começam com o mapeamento dos sítios e posteriormente com o salvamento arqueológico de Xingó, que teve uma repercussão muito grande no curso de graduação da UFS”, explica Suely.


O professor  Jenilton Ferreira, que também participou da mesa, faz revisão dos estudos de Arqueologia no litoral do estado.
O professor Jenilton Ferreira, que também participou da mesa, faz revisão dos estudos de Arqueologia no litoral do estado.

O professor Jenilton Ferreira, que hoje faz revisão dos estudos de Arqueologia no litoral, destacou em sua fala os sítios e as escavações sistemáticas trazendo, em um processo histórico da cultura nativa, informações sobre o litoral sergipano. “É de extrema importância esses momentos de discussão sobre a narrativa da área no nosso estado e da construção de uma dinâmica constante de reflexão sobre o quê, como e para quem nós estamos produzindo. Se há um curso de Arqueologia no estado, ele tem como premissa dar conta dessa construção de conhecimento para Sergipe”, ressalta.

Pelo fato de o curso ter uma demanda considerável de estudantes de outros estados, a mesa, segundo o professor, é importante para puxar essa discussão a partir de uma narrativa que chegue a todos os públicos e saia dos muros da universidade.

Contribuições


"A Semac é um convite para mostrar o que nós temos feito e conseguir pessoas para construir junto", diz a diretora em exercício do campus de Laranjeiras Rozana Rivas. (fotos: Dayanne Carvalho/bolsista Ascom-UFS)
"A Semac é um convite para mostrar o que nós temos feito e conseguir pessoas para construir junto", diz a diretora em exercício do campus de Laranjeiras Rozana Rivas. (fotos: Dayanne Carvalho/bolsista Ascom-UFS)

Maria Clara veio do Espírito Santo para cursar Arqueologia em Sergipe e considera que as mesas são importantes para que ela conheça mais sobre os processos arqueológicos do estado. “Eu acho bem interessante conhecer mais sobre a Arqueologia aqui em Sergipe, até porque eu não conheço tanto assim”. A estudante do 3º período destacou que foi importante saber mais sobre as culturas locais e a ausência dos sítios sambaquis, destacados na fala da professora Suely.

Para a professora e diretora em exercício do campus de Laranjeiras, Rozana Rivas, a Semac é importante porque divulga o que é desenvolvido no campus, já que muitas vezes essas produções não chegam à comunidade.

“Cada vez que a gente faz uma Semac, é um coroamento porque a universidade para e a gente consegue trazer um colégio da comunidade para cá. E é isso que a gente quer: interação da comunidade conosco. A Semac é um convite para mostrar o que nós temos feito e conseguir pessoas para construir junto”, destaca a professora.

Ascom

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Atualizado em: Ter, 18 de outubro de 2016, 12:33
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