Para além das questões estéticas, as atividades realizadas no treinamento funcional têm a preocupação de melhorar a qualidade de vida e saúde e evitar dores musculares na realização de atividades diárias. É nessa linha que o grupo de pesquisa da UFS Functional Training Group trabalha para melhorar a funcionalidade osteomioarticular e cardiometabólica de jovens, atletas e idosos.
Atuando há três anos, o grupo possui dois projetos de pesquisa e extensão vinculados: UFS Mais Viver e UFS Cross Training. “A gente estuda as variáveis de emagrecimento, força, funcionalidade e qualidade de vida tanto em adultos quanto em idosos”, explica o líder do grupo e professor do Departamento de Educação Física Marzo Grigoletto.
O UFS Mais Viver é dedicado a idosos do Rosa Elze e Eduardo Gomes ao passo que o UFS Cross Training é voltado para adultos, inclusive, tem como público funcionários da instituição. Ambos acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras às 6h para o Mais Viver e das 17h às 18h e das 18h às 19h para o Cross Training.
“Nós temos, mais ou menos, 100 participantes no UFS Mais Viver e 150 no UFS Cross Training. Há cerca de 100 pessoas na lista de espera do Mais Viver e umas 150 na lista do UFS Cross Training”, diz o professor.
Crescimento
Com cerca de 25 pessoas, o grupo de pesquisa é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física e recentemente passou a estabelecer parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas. “Vamos abrir vagas para estudar dentro do treinamento funcional as adaptações cardiovasculares e neuromusculares, com um olhar mais interno, por dentro do músculo”, ressalta Marzo.
Recentemente, o grupo produziu o livro Treinamento Funcional para o Idoso, que tem como objetivo transmitir os conhecimentos científicos desenvolvidos pelo grupo aos profissionais que trabalham com treinamento funcional para idosos. “O foco desse treinamento está em melhorar a capacidade do praticante de realizar as atividades da vida diária e como resposta a isso ter uma melhor qualidade de vida e saúde”, explica o professor.
Segundo Antônio Neto, doutorando em Ciências da Saúde e um dos autores, “o livro tenta trazer um manual que visa promover a otimização dos componentes da aptidão física: força, capacidade respiratória, equilíbrio, agilidade, bem como melhorar marcadores de saúde cardiovascular, como colesterol, pressão arterial, composição corporal, estado cognitivo e a qualidade de vida”.
Menção honrosa
Em setembro passado, o grupo de pesquisa participou do III Congresso Internacional de Atividade Física, Nutrição e Saúde (Ciafis), que teve como tema “Longevidade, saúde e qualidade de vida”. O evento reuniu pesquisas nas áreas de Educação Física, Nutrição, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Enfermagem e Estética e Cosmética.
Com mais de 20 pesquisas apresentadas, o grupo recebeu menção honrosa por “Maior e Melhor Produção Científica”. “Para mim, como líder do grupo, foi muito gratificante que ele tenha ganhado um prêmio em um congresso internacional dessa magnitude”, afirma o professor Marzo.
Ascom
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Imagem da foto-legenda: arquivo pessoal do grupo de pesquisa.