Os auditórios da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs) e da Reitoria, no campus de São Cristóvão, receberam as ações promovidas pelo I Simpósio de Saúde do Trabalhador. Com ênfase na qualidade de vida do servidor público, foram ofertadas palestras, oficinas e exposições para comunidade acadêmica na tarde da terça-feira, 22.

A convidada especial, Nadja Pereira, integrante da Vigilância de Saúde do Trabalhador da Secretaria do Estado de Sergipe (SES), palestrou sobre a promoção da qualidade de vida ao servidor público. A especialista explicou que bem-estar, saúde e segurança física, mental e social são alguns dos diversos aspectos que devem está incluídos na qualidade de vida no trabalho. Além disso, Nadja diz que os programas que promovem a Qualidade de Vida do Trabalhador (QVT) surgem com propósitos. “Proporcionar satisfação, motivação e uma contínua busca por capacitação – tornando o ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado, são os intuitos com que fazem surgir programas de QVT no setor público”, evidencia a palestrante.

Depois de diagnosticada com a Síndrome de Burnout, Maria Goretti, coordenadora do simpósio e professora do Departamento de Fisioterapia de São Cristóvão, decidiu trabalhar com a qualidade de vida. “É comum que servidores públicos tenham um nível de estresse muito alto que geram respostas na tensão muscular. Nesse sentido, há muito tempo trabalhando nessa área, percebi que não tem como separar o corpo da mente”, conta a professora sobre a relevância do assunto para a comunidade acadêmica.

Segundo a docente, o número de pessoas afastadas do serviço público, devido problemas em relação à saúde mental, aumentou. “A Divisão de Assistência ao Servidor (Diase) possui levantamentos que mostram que os servidores da universidade se afastam mais por questões da saúde mental, Ler (Lesões por Esforços Repetitivos) e Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)”, relata a coordenadora.

“Aprender um pouco sobre a qualidade de vida no trabalho me propicia transmitir para outras pessoas esse conhecimento”, conta a estudante, Shirlene Alves, do quarto período de Enfermagem. Para ela, participar de eventos que promovem o conhecimento é essencial para uma boa formação acadêmica.

A saúde do trabalhador sergipano

Segundo o último Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT), divulgado em 2017, a quantidade de acidentes de trabalho, por situação do registro e motivo, diminuiu. Em 2015, o número era de 2.819 casos no estado de Sergipe. Já em 2017, o anuário registrou 2.501. Vale ressaltar que 65% são do sexo masculino e 35% feminino. O grupo de idade com mais casos registrados é o de 30 a 34 anos, seguido pelo de faixa etária de 35 a 39 anos. A distribuição dos acidentes, por motivo, é de 2% para doenças, 73,8% por motivo típico – aquele acidente que acontece durante o expediente, e 24,2% por trajeto – acidentes que ocorrem durante o trajeto da cada do trabalhador até o local de trabalho.

Ascom

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