Ter, 16 de março de 2021, 16:11

Força-tarefa Covid-19 da UFS divulga resultado parcial de testagem em 10 municípios sergipanos
Ao todo, 22,6% das amostras analisadas confirmaram a doença
Dados apresentados subsidiam tomada de decisões de Estado e municípios. (fotos: Ascom UFS)
Dados apresentados subsidiam tomada de decisões de Estado e municípios. (fotos: Ascom UFS)

A Força-tarefa Covid-19 da Universidade Federal de Sergipe (UFS) divulgou nesta terça-feira, 23, o resultado parcial da testagem para detecção do coronavírus em 10 municípios sergipanos. O trabalho foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) e os municípios contemplados.

Até o momento, foram disponibilizados os resultados de 5.405 testes, entre sorológicos e RT-PCR. Desses, 1.226 pessoas confirmaram a doença, o que representa 22,6% das amostras analisadas. A equipe também aguarda o processamento de outros testes já realizados.


Lysandro Borges: "A gente observou uma alta taxa de contaminação e baixo título de IgG, que é um anticorpo de memória"
Lysandro Borges: "A gente observou uma alta taxa de contaminação e baixo título de IgG, que é um anticorpo de memória"

Entre os 2.279 testes sorológicos, 395 foram positivos para anticorpos do tipo IgM (infecções ativas iniciais), 115 para o tipo IgG (quando o indivíduo teve contato com a doença e já se recuperou) e 118 para os anticorpos IgG e IgM. Outras 1.651 amostras apresentaram resultado negativo.

Já os testes RT-PCR foram enviados para o estado do Ceará e processados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Do total de 3.126 testes, 598 amostras foram detectáveis para a presença do vírus e 2.528 não detectáveis.


A ação começou em 04 de março e encerrou no dia 16 do mesmo mês. (Fotos: Força-tarefa Covid-19)
A ação começou em 04 de março e encerrou no dia 16 do mesmo mês. (Fotos: Força-tarefa Covid-19)

“A gente observou uma alta taxa de contaminação e baixo título de IgG, que é um anticorpo de memória, mostrando que a pessoa já teve a doença e se recuperou. O tempo de validade desse anticorpo é de, normalmente, cinco meses, então isso revela que quem teve a doença no passado já reduziu a zero os anticorpos”, explica o professor Lysandro Borges, coordenador da Força Tarefa Covid-19 da UFS e representante do Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais do Estado (Ctcae).

Objetivo

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, a escolha dos municípios levou em conta o histórico de pouca testagem. "A ideia é incentivar que essas cidades comecem a testar com maior frequência. Os municípios grandes têm uma autonomia maior na coleta e os pequenos ficam mais invisibilizados, então foi fundamental. E claro que a pesquisa não termina por aqui. O vírus está circulando e precisamos de medidas para reduzir essa propagação", afirma Marco Aurélio.

A testagem foi iniciada no dia 04 de março em Pacatuba e seguiu nos municípios de Pinhão, Itaporanga D’Ajuda, Malhador, Frei Paulo, Pirambu, Amparo do São Francisco, General Maynard, Maruim e, por último, no dia 16 em São Francisco. “Nessas cidades, identificamos infecções recentes e muitas pessoas estão suscetíveis”, explica Lysandro.

O secretário de Saúde e Saneamento de Pinhão, Robério Batista, acompanhou a apresentação dos dados. "No início, nós tínhamos o maior índice de mortes por caso confirmado e, com a testagem em massa, esse índice está diminuindo e se aproximando da realidade. Por isso foi importante a parceria. Sendo assim, os números fazem um alerta, já que a pandemia ainda não acabou e devemos manter todos os cuidados de higienização, uso de máscara e distanciamento social", ressalta o secretário.


10 municípios sergipanos receberam a equipe da UFS
10 municípios sergipanos receberam a equipe da UFS

Os números possibilitam avaliar o quantitativo de infecções nas regiões e subsidiam o Estado e municípios na tomada de decisões. O reforço na testagem foi necessário após o Governo de Sergipe identificar queda no número de testes durante os dois primeiros meses de 2021.

Além do professor Lysandro Borges e do diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, os dados parciais foram apresentados pelos professores Francilene Amaral, Daniela Raguer e José Melquiades, da UFS, em coletiva de impresa transmitida ao vivo pelo canal da UFS no YouTube.

Letícia Nery

comunica@academico.ufs.br


Atualizado em: Ter, 23 de março de 2021, 17:22
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