No dia 31 de março têm início os encontros do Grupo de Trabalho Trans (GTTrans): a transexualidade em pauta, promovido pelo Ambulatório Trans do campus de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS) a fim de discutir temas relativos à transexualidade e o acesso de pessoas trans aos serviços de saúde.

Considerando que a estigmatização da população de transexuais e travestis é realidade nos serviços públicos de saúde, o GT tem como objetivos discutir conceitos relacionados à identidade de gênero - transgeneralidades e funcionalidade - e capacitar os profissionais e estudantes de saúde a lidarem com as necessidades especificas de mulheres e homens trans.

A expectativa do GTTrans é que, a partir das ações educativas, os danos causados às pessoas trans na sociedade sejam amenizados. Espera-se que os participantes possam construir juntos um sistema de saúde onde sejam colocados em prática os princípios teóricos de universalidade, integralidade e equidade.

Serão realizados sete encontros entre março e outubro de 2016, sempre no Departamento de Fonoaudiologia do campus Lagarto da UFS, localizado na Galeria José Augusto Vieira. Para participar, é necessário fazer inscrição no Sigaa, o que garante o certificado de 20 horas.

Próximos encontros

“Conhecer para quebrar tabus - Gênero e identidade de gênero” é o tema do primeiro encontro, que terá a discussão amparada pelo documentário “De gravata e unha vermelha”, cuja abordagem é a construção individual de transexuais, transgêneros, adeptos do crossdressing e entusiastas sobre seus próprios corpos, numa defesa da livre escolha de gênero.

Artigos, filmes e documentos também serão usados nos outros seis encontros que acontecerão até outubro de 2016 com discussões sobre o histórico do movimento trans no Brasil e seu impacto na construção do SUS, acolhimento de pessoas trans nos serviços de saúde, direitos da população trans e transfobia. Confira a programação abaixo.

O Ambulatório Trans é um projeto de extensão e pesquisa do campus de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que conta com a participação de alunos de Fonoaudiologia, Medicina e Enfermagem.

Coordenado pelos professores Rodrigo Dornelas e Kelly Silva, o ambulatório tem o objetivo de fornecer atendimento de saúde a transexuais e travestis. Atualmente, é prestado o serviço de atendimento em Fonoaudiologia, com o acompanhamento de voz e comunicação, e orientações em saúde nas áreas da Medicina e da Enfermagem, além de apoio de profissionais convidados, como psicólogos e nutricionistas.