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A criação de um instituto por meio de um convênio entre a SSP e a UFS pode acabar com a fila de exames de DNA no IML
Na manhã desta quinta-feira, 29, representantes do Instituto Médico Legal e professores do departamento de morfologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizaram uma reunião técnica para tratar da grande demanda de exames de DNA no Estado e a possibilidade dos exames que são realizados em outros estados serem realizados na UFS.
O coordenador de perícias do Instituto Médico Legal, Adelino Lisboa Costa, afirma que existem de 2007 até este ano 41 exames de DNA pendentes. Adelino Lisboa esclarece que o Estado mantinha um convênio com um laboratório na Bahia, mas o laboratório cancelou contrato, pois não estava dando conta da demanda. O problema já foi mostrado em várias reportagens do Portal Infonet há pelo menos dois anos.
“Encaminhei um ofício a PGE [Procuradoria Geral do Estado] pedindo um novo contrato com outro laboratório ou mesmo com a Universidade Federal de Alagoas [Ufal], mas hoje estive na Universidade Federal de Sergipe e me reunir com professores que se mostraram muito interessados em realizar esses exames aqui, estamos apenas no primeiro contato”, diz Adelino Lisboa.
O coordenador de perícias salienta ainda que outras reuniões serão realizadas, mas afirma que a UFS juntamente com o IML podem criar um instituto para atender a demanda de Sergipe e de outros Estados. “A UFS nunca fez esse tipo de identificação humana florence. Uma coisa é fazer uma comparação genética outra é fazer uma comparação de restos mortais. É bem mais complicado e a UFS vai precisar de técnicos para fazer esse serviço e se enquadrar com base com padrões florences”, ressalta Lisboa que acredita que com o avanço das discussões e o parecer favorável da Procuradoria do Estado em 11 meses seja possível firmar o convênio com a UFS.
A professora do departamento de morfologia da UFS, Tânia Andrade Rodrigues, lembra que a universidade dispõe de vários grupos que trabalham com a extração de DNA e acrescenta que existem equipamentos que podem ser usados, mas enfatiza que a técnica florence requer critérios que serão discutidos com outros professores doutores da UFS nas próximas reuniões do grupo.
“O que temos hoje de realidade é que existe um corpo de doutores engajados em transformar o laboratório em um instituto de diagnóstico para a realização de exames de DNA”, acrescenta.
Por Kátia Susanna
30/09/2011