Desde segunda-feira, 20, a Universidade Federal de Sergipe está sendo palco do X Congresso Brasileiro de Hispanistas. A abertura do evento, que segue até esta quinta-feira, 23, ocorreu no auditório da Reitoria do campus de São Cristóvão. A cerimônia homenageou Magnólia Brasil Barbosa do Nascimento, sócia fundadora da Associação Brasileira de Hispanistas (ABH).

Ainda na cerimônia de abertura, houve a entrega do Prêmio Mario Gonzáles a dois originais inéditos: um de Estudos de Linguagem/Ensino de Língua e um de Literaturas/Cultura/Artes.

A professora de Letras Estrangeiras (DLES) da UFS Doris Matos relata sobre a importância do encontro para a comunidade acadêmica.

“O congresso é muito importante porque é o maior evento do Brasil da área de espanhol. Ele traz interessados na língua e literatura espanholas e nas suas culturas. Consequentemente, é muito importante para os alunos da UFS de Letras/Espanhol”, diz a docente que atualmente preside a ABH e coordena o colegiado de espanhóis.

“No último congresso da ABH, que ocorreu na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), nós fomos eleitos para a nova diretoria. Sendo assim, o evento acontece na cidade da qual estão o presidente e o tesoureiro. Aliado a esse critério estava também o nosso interesse de proporcionar tal experiência aos alunos da UFS”.

A tesoureira da ABH Joyce Palha, também professora do DLES, complementa “que é uma grande satisfação ter a universidade como sede desse congresso, por reunir grandes pesquisadores da área”.

Conferência de abertura

Tereza Cárdenas, escritora, atriz, bailarina e ativista social cubana, proferiu a conferência de abertura. Cárdenas, compartilhou com o público a sua obra "Mãe Sereia". Em seguida, realizaou uma apresentação de dança.

Ela contou da sua satisfação de voltar ao Brasil e sobre a sua experiência em solo nordestino. “Sempre é bom retornar ao Brasil. Aqui tenho muitos amigos e pessoas que seguem a minha literatura. Me perguntam repetidamente se tenho algum livro novo. Aliás, é primeira vez que estou no Nordeste, e tenho a mesma sensação de quando cheguei ao país pela primeira vez”.

Para a escritora cubana, “a literatura é vida, paixão, é ir em busca de um sonho, é sair do meu mundo e entrar em outro universo e é, também, uma máquina do tempo que vou e venho em diferentes épocas e histórias. A literatura é tudo aquilo que te pode ser grande e que pode fomentar a personalidade”.

Ao final, Tereza se disse surpresa ao encontrar colegas da área e amigos de outros países latino-americanos. Para ela, "a programação do congresso é muito ambiciosa". A escritora disse ainda que deseja analisar como os brasileiros falam espanhol.

A estudante Ana Lúcia, que faz parte da especialização oferecida pelo Departamento de Letras Estrangeiras, esteve no congresso como monitora. "Enquanto aluna, esse é um momento único. É uma oportunidade para se ter contato com diversos escritores que deram formato ao ensino de espanhol no Brasil”.

Para obter mais informações sobre o congresso, acesse a página oficial.

Ascom

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