
Para receber os calouros 2019.1, a Universidade Federal de Sergipe preparou uma programação especial com o evento “Acalorem a universidade” ontem, 29, nos campi de São Cristóvão e Laranjeiras.
Angelo Roberto Antoniolli, reitor da UFS, conta que a ação, desenvolvida pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), tem como objetivo criar um vínculo com os ingressantes. “É uma forma de estabelecer um diálogo e uma relação com os calouros que estão chegando na Universidade Federal de Sergipe. Falar sobre a universidade e sobre a gestão são os primeiros passos que nós damos para recebê-los”, afirma.

Além disso, Angelo ressalta a importância da responsabilidade da instituição para a sociedade sergipana. “Essa é a única universidade pública do estado. Tem uma responsabilidade muito grande por ser única engajada com as políticas públicas e com o desenvolvimento de Sergipe. É uma universidade inclusiva e que tem toda a sua história – de 50 anos – formando a cidadania do nosso povo”.
"Esperamos que os estudantes se engajem na defesa da Universidade Federal de Sergipe”, ressalta.
Corredor científico
A passarela de acesso às didáticas, na entrada principal da Cidade Universitária, tornou-se o corredor científico, que contou com exposições de grupos de pesquisa e extensão que são desenvolvidos pela UFS.
“A ideia é que o estudante passe pelo corredor e conheça um pouco das oportunidades que são oferecidas pela instituição, já nesse primeiro dia”, diz a professora Patrícia Rosalba, coordenadora do Departamento de Licenciaturas e Bacharelados (Delib/Prograd).
Para a vice-reitora Iara Campelo, é de grande importância que aconteçam acolhimentos como esse para que o aluno saiba o que está sendo produzido pela universidade. “O aluno só faz um curso de graduação com qualidade se ele também se envolver com pesquisa e extensão, para que possa ter uma graduação completa”, afirma.
O campus Rural da UFS, localizado no povoado Quissamã, em São Cristóvão, foi tema de uma das exposições que estava presente no corredor científico. Além da parte de ensino, lá também são desenvolvidas pesquisas pelos programas de pós-graduação, trabalhos de iniciação científica e projetos de extensão.
Para Airon José, coordenador do campus Rural, “participar de eventos como esse permite que a comunidade conheça esse espaço de vivência acadêmica e de formação de profissional”.
Calouros
Segundo Pedro Henrique Amarante, aluno do curso de Engenharia de Alimentos, a realização deste evento logo no primeiro dia agrega muito conhecimento aos ingressantes. “Os calouros entram na universidade sem muita perspectiva do que vai acontecer, e esse tipo de iniciativa pode nos ajudar a ter uma visão mais íntima e intuitiva do curso e assim criar laços e vínculos”.
Ansiosa para o início das aulas e ingressando em sua segunda graduação, a caloura do curso de Turismo, Dominique Pedroso, contou as suas primeiras impressões sobre a UFS. “Organizaram uma recepção muito bonita. Estou me sentindo bem acolhida – de verdade. Já encontrei os veteranos e alguns professores. Inclusive, já recebi até um mapa do campus”, pontua a estudante.
Concluindo a programação do evento, foram plantadas pelas mãos dos alunos, nos espaços da Cidade Universitária, três mudas de pau-brasil.
Apresentações
Na parte da tarde, a programação contou com três apresentações musicais: a cantora Val Santos, as bandas Marcos Tavares e os Del Rey’s e Delta Verona.
Laranjeiras
“O campus está esperando vocês de braços abertos e queremos tê-los junto com a gente nessa batalha que é o ensino público”. A fala da professora de Arquitetura e Urbanismo e também vice-diretora do campus de Laranjeiras, Maria Cecília Tavares, resume a primeira apresentação de acolhimento dos alunos de Museologia e Arquitetura e Urbanismo da UFS. O curso de Arqueologia teve seu acolhimento no período da tarde.
O primeiro contato com os estudantes ocorreu no auditório do campus, com a presença do pró-reitor de graduação, Dilton Maynard, o diretor do campus, Gilson Rambelli e professores dos departamentos. Neste ano, a recepção tem um diferencial: contato direto com os calouros, recebendo um por um.
“Os departamentos prepararam verdadeiras rodas de conversas com os alunos, para entender a realidade de cada pessoa. Nós, do ponto de vista de direção, estamos pessoalmente tirando dúvidas, para que os alunos se sintam bem acolhidos nesse lugar”, conta o diretor do campus de Laranjeiras.

Essa abordagem mais humanizada, segundo o pró-reitor de graduação, já começou no processo de pré-matrícula, com uma recepção mais amiga e cuidadosa. “A concepção do acolhimento, que ficou a cargo do Delib — mas que contou com o apoio de todas pró-reitorias —, surgiu a partir de várias conversas da Prograd com professores e alunos”, comenta.
“Ao discutirmos problemas em torno da graduação, percebemos que no primeiro momento a universidade acaba sendo um espaço muito frio para o aluno. Então, decidimos que precisávamos fazer algo, daí a ideia de acalorar a universidade, brincar com essa palavra”, conta Dilton.

João Victor Espínola, estudante de Arquitetura e Urbanismo, diz que a experiência desse primeiro momento tem sido muito interessante. “Até agora achei tudo muito bom, a interação com todos está sendo muito agradável. Espero fazer muitos projetos e me tornar um profissional de qualidade, assim como o diretor falou”, diz.

Clarisse de Almeida, caloura do curso de Museologia, também apreciou a recepção. “Estou gostando muito do que eles chamaram de acalorar a universidade. Acho isso bem importante para a interação dos alunos, principalmente nesse primeiro momento. Nesta manhã, nos apresentamos, falamos de onde somos e também o porquê do curso. Isso é legal, pois quebra essa ideia de um ser melhor do que o outro”.
Ana Clara Abreu, Fernanda Roza e Paulo Marques (bolsistas)
Marcio Santana
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