Qui, 30 de setembro de 2021, 11:18

UFS emplaca 26 pesquisadores dentre os mais influentes da América Latina
O resultado coloca a universidade na 39ª posição na América Latina dentre as universidades brasileiras.

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) teve 26 pesquisadores reconhecidos pelo AD Scientific Index 2021, ranking que apresenta os cientistas mais influentes da América Latina (AL). O resultado coloca a universidade na 39ª posição na América Latina dentre as universidades brasileiras, sendo a 25ª dentre as universidades federais.

Ao contrário de outros sistemas que fornecem avaliações de periódicos e universidades, o AD Scientific Index faz a classificação e análise baseadas no desempenho científico e no valor agregado da produtividade de cientistas individuais.

De acordo com Lucindo Quintans, pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da UFS, que também teve seu nome destacado na lista divulgada, o AD Scientific Index 2021 é baseado em vários parâmetros de qualidade da produção do pesquisador. “Além de levar em consideração o tipo de produção, ele leva em sua análise a avaliação dos indicadores qualitativos da produção científica do pesquisador. Ele não destaca a produção por si só, mas a qualifica e coloca nessa análise os melhores indicadores para avaliar a qualidade das pesquisas, usando como base o Google Escola, que é muito abrangente, sendo então um index relevante para análise qualitativa do que o pesquisador e a instituição estão fazendo”, explica Quintans.


Pesquisadores da UFS contemplados pelo AD Scientific Index 2021
Pesquisadores da UFS contemplados pelo AD Scientific Index 2021

Vitrine

“Os indicadores apresentados por esse tipo de index atuam como uma vitrine para a UFS, pois estar bem localizado nesse ranking é importante para que a universidade seja reconhecida cada vez mais, abrindo portas para pesquisadores da UFS serem bem recebidos em outras universidades ao redor do mundo, além de incentivar pesquisadores de outras partes do mundo que queiram fazer ciência e tecnologia na UFS, criando também possibilidades de financiamento internacional, de reconhecimento pelas nossas estruturas governamentais, como MEC, Capes, CNPq, as agências locais, como a Fapitec. Lembrando que a UFS hoje é responsável por 91% de toda a produção científica de Sergipe nos últimos dez anos. Uma produção que é grande em quantidade e qualidade”, comenta o pró-reitor.

Para ele, é muito gratificante ser destaque em um ranking internacional. “Isso é uma valorização do trabalho, demonstra que o pesquisador transita na fronteira do conhecimento e que o seu trabalho é lido, é citado, é utilizado como referência ao redor do mundo em grupos de pesquisa, contribui para a formação de novos pesquisadores, além de ser base para o desenvolvimento de produtos, processos e na inovação tecnológica. É muito gratificante, congratulo a todos que estão na lista, temos outros pesquisadores que não estão na lista, mas que são igualmente importantes para a universidade. Que a UFS continue brilhando sempre nos rankings nacionais e internacionais”, deseja Lucindo.

Investimento

O pró-reitor chama a atenção também para a redução que vem ocorrendo no financiamento para a ciência e tecnologia, especialmente nos últimos três anos no Brasil. “Isso tem limitado e prejudicado enormemente instituições como a UFS, que está localizada em um estado pequeno, com baixo financiamento. Realizar trabalhos científicos é caro, mas é muito importante. Basta salientar o papel da UFS no enfrentamento à Covid-19, tendo sido reconhecida pela qualidade dos serviços prestados, pela ciência que foi gerada, pela formação e qualificação de pessoas na área da covid-19, uma doença nova. Vários trabalhos científicos foram produzidos, a universidade está entre as dez do país que mais produzem material sobre a covid-19”, lembra Quintans.

Reconhecimento

Outro contemplado pelo ranking foi o docente Roque Pacheco, do Departamento de Medicina da UFS. O reconhecimento chega em um momento que coincide com a aposentadoria do professor. “É uma sensação de muito trabalho, um trabalho de anos, no qual já formamos dezenas de mestrandos e doutorandos e tivemos mais de 60 trabalhos publicados em revistas internacionais, é importante ressaltar que está sendo medida a quantidade de publicações e o quanto elas são citadas em trabalhos científicos. Fico muito feliz com o trabalho que realizamos, com toda a equipe. Tenho uma gratidão muito grande pelas pessoas e pela universidade. Nesse momento de aposentadoria, sair com um prestígio desse é muito bom, é missão cumprida. O que defendemos como professor, como pesquisados, foi feito de forma muito elegante”, declara Roque.

“Agradeço à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFS e a todas as pessoas envolvidas nessa conquista. A publicação faz parte da assistência e faz parte do ensino. Nosso curso de medicina é muito bom, reconhecido com uma nota 4,0 pelo MEC, esse resultado é um conjunto de esforços e de muito empenho”, destaca o professor.

Dever cumprido

Quem também demonstra a sensação de dever cumprido é o professor Mário Valério, do Departamento de Física. Ele, que integra o programa de pós-graduação em Engenharia de Materiais, atualmente coordena também o Centro de Nanotecnologias da UFS, laboratório nacional financiado pela Finep.

“É uma sensação de dever cumprido, tenho como uma obrigação dar um retorno para a UFS, para o povo brasileiro, de todo o investimento que foi feito em mim com recursos públicos, porque eu sou filho do sistema público, estudei em escola pública a maior parte da minha formação, desde criança, e depois em universidades públicas, fui bolsista das agências públicas de fomento e agora fico com a sensação de ter cumprido o meu dever”, lembra Valério.

“É pensar que se não fossem as agências públicas de fomento, as universidades públicas, os sistemas públicos de saúde, eu nunca teria chegado até aqui, porque venho de uma família razoavelmente humilde. É nossa responsabilidade continuar fazendo o melhor possível, porque é isso que a sociedade espera. No caso da UFS em particular, onde trabalho como professor desde 1991, acompanhei muito da evolução da universidade, graças ao investimento público. É muito importante a UFS ser encarada como uma das melhores instituições do país, já que há alguns anos vem se colocando em posição de destaque em produção científica, na qualidade dos cursos. Só tenho a agradecer às agências de fomento, fico agora com a sensação de poder contribuir com a sociedade”, ressalta o professor.

Veja a lista completa de pesquisadores:

Lucindo José Quintans Júnior - Departamento de Fisiologia

Roberto Jerônimo dos Santos Silva - Departamento de Educação Física

André Faro - Departamento de Psicologia

Roque Pacheco de Almeida - Departamento de Medicina

Péricles Barreto Alves - Departamento de Química

Arie Fitzgerald Blank - Departamento de Engenharia Agronômica

Antonio Carlos Sobral Sousa - Departamento de Medicina

Amélia Ribeiro de Jesus - Departamento de Medicina

Ricardo Freire - Departamento de Química

Vitor Oliveira Carvalho - Departamento de Fisioterapia

Nelson Orlando Moreno Salazar - Departamento de Física

Antonio Reinaldo Cestari - Departamento de Química

Maria de Fátima Arrigoni Blank - Departamento de Engenharia Agronômica

André Luis Faria e Silva - Departamento de Odontologia

Mairim Russo Serafini - Departamento de Farmácia

Manuel Hermínio de Aguiar Oliveira - Departamento de Medicina

Marzo Edir da Silva Grigoletto - Departamento de Educação Física

Mário Ernesto Giroldo Valerio - Departamento de Física

César Bolaño - Departamento de Economia

Eunice Fragoso da Silva Vieira - Departamento de Química

Sara Thomazzi - Departamento de Fisiologia

Leandro Bacci - Departamento de Engenharia Agronômica

Carlos Alexandre Borges Garcia - Departamento de Química

Paulo Ricardo Saquete Martins Filho - Departamento de Educação em Saúde

Victor Hugo Vitorino Sarmento - Departamento de Química

Ana Paula Albano Araújo - Departamento de Ecologia

Andreza Azevedo - Ascom UFS

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Atualizado em: Qui, 30 de setembro de 2021, 18:24