A partir da próxima segunda-feira, 6, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) retoma as suas atividades de modo 100% presencial, o que significa que servidores, técnicos, terceirizados e alunos não atuarão mais de forma remota a partir desta data.
De acordo com a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Thaís Ettinger, a instrução normativa nº 36, da Secretaria de Gestão de Pessoas, é o documento que determina esse retorno. “A IN 36, quando publicada, gerou muita discussão no cenário nacional e, logicamente, motivou o retorno das discussões internas na UFS para que analisássemos e decidíssemos como esse retorno deverá acontecer de forma segura para todos. Nesse sentido, a Resolução nº 19 do Conselho Universitário determina exatamente a questão do avanço para a fase quatro do Plano de Retomada, que além de determinar o retorno de 100% das atividades presenciais, também determina quais serão as condições para que isso aconteça.” explica Thaís.
A pró-reitora informa que as premissas básicas são a obrigatoriedade do comprovante de vacinação e o uso obrigatório de máscara em ambientes fechados, recomendando também o uso da máscara em espaços abertos. O controle da comprovação da vacinação está sendo feito há alguns meses na universidade, desde a aprovação da Resolução nº 01/2022/CONEPE que determinou a exigência da comprovação vacinal para o acesso à Universidade.

“Como é de conhecimento da comunidade acadêmica, o comprovante de vacinação contra a Covid-19 pode ser inserido via Sistemas Integrados (Sigaa, SigRH ou Sipac) e cabe à chefia imediata, no caso dos servidores, fazer a verificação da informação no sistema para que, no caso de ausência do comprovante, as providências cabíveis sejam tomadas conforme normativas internas. Com relação as máscaras, de acordo com a resolução, o uso é obrigatório em 100% dos ambientes fechados e recomendado em ambientes abertos”, pontua Thaís Ettinger.
A última atualização dos dados vacinais na UFS mostra que existe uma taxa de comprovantes de vacinas entregues que representa aproximadamente 94% de técnicos efetivos, bem como 94% de técnicos contratados; 85% de discentes da graduação e cerca de 78% de discentes da pós-graduação, a de docente geral está com uma taxa de quase 97% de apresentação do comprovante vacinal.
Expectativa
Para o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa e presidente do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da UFS, professor Lucindo Quintans, o retorno às atividades presenciais é um momento esperado pela comunidade após cerca de dois anos de uma pandemia na qual milhares de brasileiros e milhões de pessoas morreram ao redor do mundo.
“É uma doença que, além de ter vitimado as pessoas, causou grande estresse e mobilizou a sociedade mundial, inclusive dentro da UFS, que fez um trabalho elogiado, digno, no enfrentamento da Covid-19, sendo referência em Sergipe, tanto no enfrentamento da doença, como na formação e qualificação de recursos humanos para trabalhar na linha de frente da pandemia, na produção de trabalhos científicos que são citados ao redor do mundo, ou seja, pela qualidade daquilo que foi desenvolvido em pesquisa, no desenvolvimento de produtos que auxiliaram na primeira etapa, quando ainda existiam muitas dúvidas sobre as repercussões da Covid-19 e também sobre o desenvolvimento dessa doença e os seus impactos, mas a universidade, seus pesquisadores, estavam lá na primeira linha de frente, desenvolvendo produtos e processos que foram essenciais, inclusive com ampla divulgação nacional e internacional”, lembra o pró-reitor.
Planejamento
Lucindo ressalta que o retorno das atividades presenciais vem acontecendo dentro de um planejamento estratégico, que a instituição vem discutindo com a comunidade. “Algumas atividades já vinham retornando, e alguns cursos inclusive já estão funcionando de forma presencial há algum tempo, principalmente aqueles da área da saúde, as atividades de pesquisa, principalmente aquelas relacionadas ao enfrentamento da Covid-19, nunca pararam, elas foram importantíssimas. Então, nesse sentido, a universidade vem gradativamente construindo um processo de retorno das atividades, mas é importante que alguns cuidados sejam tomados pela nossa comunidade”, reforça.
Cobertura vacinal
Para ele, a cobertura vacinal é essencial para reduzir o índice de transmissão e melhorar a segurança dos indivíduos que transitam dentro da universidade. “Por ter uma cobertura vacinal mais ampla, há de se observar que as pessoas que transitam na universidade, sejam alunos ou não alunos, professores ou não professores, pessoas do íntegro da universidade ou não, elas vivem também fora da universidade, elas se encontram com outras pessoas, podem se contaminar e trazer a contaminação para a universidade. Então, quanto maior a cobertura vacinal, como é preconizado pela Organização Mundial de Saúde, maior a proteção para a comunidade e para os indivíduos que transitam dentro da universidade”, alerta o pró-reitor.
“Também é importante dizer que a universidade tem vários cursos na área de saúde, áreas que são mais propensas à contaminação pela Covid-19 e por outras doenças. Então é essencial para todas as pessoas que fazem uso dos espaços da UFS a permanência da utilização de máscaras. Vários estados no Brasil, além de outros países, já estão voltando a recomendar a utilização de máscara em ambientes fechados, então a UFS manteve isso na sua última reunião do Conselho Universitário, onde manteve também a obrigatoriedade do cartão vacinal, por entender que seria mais seguro para a nossa comunidade a permanência da utilização de máscaras em ambientes fechados e mesmo em ambientes abertos. Havendo aglomeração, é recomendável a utilização de máscara e o distanciamento social”, enfatiza o pesquisador.
Ainda de acordo com Lucindo, medidas que nunca devem cessar, com pandemia ou não, são lavar sempre as mãos com água e sabão, utilizar álcool em gel e outras medidas restritivas, como evitar ambientes mais fechados, evitar contatos, pois o vírus continua circulante na comunidade, as pessoas continuam se contaminando.
“Graças ao advento das vacinas seguras e confiáveis, o número de óbitos tem reduzido drasticamente ao redor do mundo, permitindo uma sensação que temos hoje de maior segurança e de maior tranquilidade. Entretanto, sem os cuidados que são recomendados pela Organização Mundial de Saúde, como a permanência da utilização de máscara e a utilização de álcool em gel e lavagem das mãos com água e sabão, a gente pode retornar a ter algum pico de contaminação e, o que é ruim para toda a comunidade”, destaca.
“Vamos promover o retorno seguro das nossas atividades na Universidade Federal de Sergipe com todas as informações que vem sendo prestadas, com o Comitê de Biossegurança e o Comitê Covid funcionando plenamente, pois são órgãos consultivos e que ajudam a comunidade. Toda a parte estrutural da universidade continua empenhada em fazer o melhor para que o retorno seja mais seguro e que a gente consiga cada vez mais formar melhor os nossos profissionais, os nossos alunos e atender melhor a nossa sociedade”, comenta o pró-reitor.
Ascom UFS
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