Uma trajetória profundamente ligada à educação, sobretudo à Universidade Federal de Sergipe (UFS), desde sua fundação. A relevância de Antônio Fontes Freitas para a UFS foi reconhecida em solenidade em que o docente doou livros de sua autoria para a instituição — incluindo uma autobiografia — e foi por ela homenageado. O evento faz parte da programação de comemorações pelo aniversário de 63 anos do Colégio de Aplicação (Codap).

Prestigiaram a cerimônia, que ocorreu na manhã desta terça-feira, 19, no Auditório dos Conselhos: o reitor e o vice-reitor, Valter Santana e Rosalvo Ferreira; o diretor e a vice-diretora do Codap, Carlos Alberto Barreto e Éccia Alécia Barreto; o representante do Conselho Diretor da Fundação Universidade Federal de Sergipe, Arivaldo José dos Santos; a diretora da Biblioteca Central (Bicen) Selma Silva Santos; pró-reitores e outros gestores e servidores da universidade.

Os livros doados por Antônio Freitas à Bicen incluem duas impressões de discursos proferidos à Academia Sergipana de Educação e à Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, além do “breve histórico” intitulado “Maçonaria: da antiguidade até Sergipe” e da obra autobiográfica “A Prova dos Nove”.

A história de Freitas com a UFS tem início antes mesmo da fundação da universidade: em 1967 ingressou no Colégio de Aplicação da Faculdade Católica de Filosofia. O colégio era na verdade um laboratório pedagógico da Faculdade e, com a incorporação desta a outras escolas superiores, dando origem à UFS em 1968, tornou-se órgão suplementar do Departamento de Educação.

Formado em Ciências Econômicas pela UFS, Freitas foi professor concursado da instituição, lotado no Departamento de Educação, e dirigiu o Codap de 1970 a 1972. Foi ainda membro do Conselho Diretor da Fundação Universidade Federal de Sergipe por dois mandatos, chegando a presidir esse mesmo colegiado e, por extensão, a própria Fundação. Aposentou-se da universidade em 1992.

Homenagens

A cerimônia foi iniciada com a leitura de um resumo biográfico do professor Antônio Fontes Freitas, feita pelo diretor do Codap, Carlos Alberto Barreto. As deferências a Antônio Freitas, ocorridas na sequência, sintetizaram sua trajetória ligada à educação, em especial à UFS. O reitor Valter Santana fez questão de destacar a influência do homenageado à sua experiência à frente da instituição.

“Eu tenho muito orgulho, professor Freitas, de dividir um espaço que sempre te pertenceu aqui na universidade, aprender diariamente com suas falas, aprender com a história que você carrega, não só aqui na UFS, mas no estado de Sergipe, na educação como um todo”, reconheceu.

Somando-se às loas ao professor, o vice-reitor Rosalvo Ferreira destacou o envolvimento do homenageado à educação. “Essa trajetória de sucesso que o professor Freitas nos apresenta é um caso sui generis, muito raro. Essa dedicação à universidade, esse espírito público que ele traz não é algo trivial, precisa ser valorizado e reconhecido pela instituição”, pontuou. “[A solenidade] é um reconhecimento a um profissional que dedicou sua vida à causa pública, à educação pública e a essa universidade, em particular”, completou.

Em sua fala, Antônio Freitas discorreu sobre sua trajetória na educação de Sergipe. Emocionado com as homenagens e por poder contribuir para a Universidade Federal de Sergipe, Antônio Fontes Freitas resumiu seu sentimento com a ocasião: “Eu me sinto muito feliz em receber esse reconhecimento, como fico feliz em fazer essa modesta doação, tenho certeza que trará bons proveitos para as gerações atuais”, enfatizou.

Uma vida pela educação

Além da atuação na Universidade Federal de Sergipe, Antônio Freitas lecionou em escolas particulares e públicas, incluindo o Colégio Estadual de Sergipe, o Atheneu Sergipense, onde também foi vice-diretor.

Antônio foi Coordenador Executivo dos Órgãos Regionais da Secretaria de Estado da Educação (Codex), Consultor Técnico Administrativo do Governo do Estado na área da Educação, Diretor Geral de Educação do Estado e membro do Conselho Estadual de Educação, durante 13 anos, do qual chegou a ser presidente. Foi também Chefe de Gabinete do Departamento de Ensino Supletivo, do Ministério da Educação, em Brasília. O professor se envolveu intensamente em pautas como o ensino supletivo e a educação especial, tanto na esfera federal, quanto estadual.

Além de empresário, Freitas foi Diretor Presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial de Sergipe e da Companhia de Habitação Popular de Sergipe (COHAB), assim como Secretário de Estado da Indústria, Comércio e Turismo, Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia e Secretário de Estado da Educação.

O Codap

A Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe foi fundada em 1950, com o objetivo de formar professores para atuarem no ensino secundário e normal. Em 30 de junho de 1959, foi criado o Ginásio de Aplicação, com a finalidade de servir como escola-laboratório para práticas didáticas e pedagógicas. Passou a se chamar Colégio de Aplicação em 1965.

Com a criação da Universidade Federal de Sergipe (UFS), a Faculdade de Filosofia e o Colégio de Aplicação, que dela era parte integrante, foram incorporados à Fundação Universidade Federal de Sergipe. Inserido na estrutura da Universidade, o Colégio de Aplicação (Codap) passou a ser um Órgão Suplementar, ligado diretamente à Reitoria.

Ascom
comunica@academico.ufs.br
* Com informações do Codap e da Academia Maçônica de Sergipe.