Qua, 28 de setembro de 2022, 13:27

Oitava edição do Encontro Sergipano de Educação Ambiental discute avanços e retrocessos do movimento ambientalista
Evento segue até esta sexta-feira, 30/9
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Tendo como tema a provocação “Memórias e histórias do movimento ambientalista: 50 anos, e aí?”, foi aberta ontem a oitava edição do Encontro Sergipano de Educação Ambiental (ESEA), evento que reúne estudantes, professores e profissionais que lidam, de maneira formal ou informal, com a educação ambiental.

“Hoje temos um avanço avassalador da degradação ambiental e, depois de cinquenta anos de luta, o que estamos fazendo?” É a pergunta da professora Mônica Modesto, do Departamento de Educação do Campus de Itabaiana, que coordena a oitava edição do ESEA.


Mônica Modesto, do Departamento de Educação do Campus de Itabaiana, coordena a oitava edição do ESEA; à direita, Alexandre Maia do Bonfim, do IFRJ, que fez a conferência de abertura (Fotos: Adilson Andrade/AscomUFS)
Mônica Modesto, do Departamento de Educação do Campus de Itabaiana, coordena a oitava edição do ESEA; à direita, Alexandre Maia do Bonfim, do IFRJ, que fez a conferência de abertura (Fotos: Adilson Andrade/AscomUFS)

Aline Ramos, aluna do doutorado em Educação (PPGED) da UFS e professora no Instituto Federal de Sergipe, participa do evento como ouvinte e também apresentando três trabalhos. Para ela, o momento serve como uma renovação de fôlego para que possa atuar de forma mais forte e presente na educação ambiental.

“Esse evento marca um momento de transição do sujeito ecológico para o sujeito ecopolítico, em que a gente deixa apenas de ler sobre educação ambiental e arregaça as mangas e começa a atuar em prol de uma educação ambiental mais ativa, mais ativista, e sermos melhores enquanto sociedade civil, profissionais e professores”, pontua a pesquisadora.


Aline Ramos, aluna do doutorado em Educação (PPGED) da UFS e professora no Instituto Federal de Sergipe
Aline Ramos, aluna do doutorado em Educação (PPGED) da UFS e professora no Instituto Federal de Sergipe

Além de ampliar as reflexões sobre a educação ambiental, e sobre pesquisas e projetos de extensão desenvolvidos, o ESEA tem tido como foco, desde a sua criação em 2008, a promoção da formação docente.

É o que testemunha Ricardo Oliveira, professor no município de Cícero Dantas, Bahia. “Esse evento já faz parte do calendário do sergipano na área de educação ambiental, eu o acompanho desde a graduação, e é importante para o enfrentamento da temática. Nesse jubileu de ouro do movimento ambientalista, precisamos refletir sobre onde estamos e para onde iremos”.


Ricardo Oliveira, professor no município de Cícero Dantas, Bahia
Ricardo Oliveira, professor no município de Cícero Dantas, Bahia

Dando o pontapé às reflexões em torno da temática, o professor Alexandre Maia do Bonfim fez a conferência de abertura do evento, buscando analisar o que havia nos princípios que fundaram o movimento ambientalista e até onde foi possível avançar com a educação ambiental dentro e fora das escolas.

“Estamos em dois momentos de datas redondas, porque este ano se comemoram os 50 anos da Conferência de Estocolmo, quando a ONU se atém à temática ambiental, e os 30 anos da Eco92. E esse é um momento para avaliarmos, tentar entender o que é que foram esses princípios que a gente desejou e até onde conseguimos chegar”.


Evento contou com apresentação do Coral do SergipePrevidência
Evento contou com apresentação do Coral do SergipePrevidência

Para o professor, vem sendo feita a opção por uma educação ambiental com pouca criticidade. “É uma educação ambiental que não problematiza o próprio capitalismo, que não problematiza as escolhas, que foi bom ter surgido, mas que é conciliatória, e que a gente deseja uma educação ambiental que considere uma sociedade que é desigual. E se não considerarmos essa perspectiva em conflito, vamos ter uma educação ambiental que é para inglês ver”.

As reflexões do professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) se somam a outras presentes nos trabalhos e mesas-redondas do evento que segue até esta sexta-feira, 30/9. A conferência de encerramento terá como tema “Encontros Internacionais e as inferências para a Educação Ambiental”, e será proferida pela professora Edileuza Queiroz, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Confira a programação completa.

Ascom

comunica@academico.ufs.br


Atualizado em: Qua, 19 de outubro de 2022, 08:33
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