Durante o mês de dezembro de 2022, o Coro Madrigal Sergipano realizou várias apresentações por algumas cidades do interior de Sergipe com o intuito de difundir, principalmente, a música clássica pelo estado, além de realizar oficinas de musicalização infantil. O Madrigal Sergipano é um projeto de extensão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), vinculado ao Departamento de Música (DMU).

A professora Aline Araújo, coordenadora do projeto, explica a iniciativa. “O Coro Madrigal Sergipano surgiu através da turma de 2019 da matéria de Canto Coral. Foi notado que esses alunos tinham bastante facilidade com a disciplina e com três meses de aula eles já estavam fazendo repertórios de um número significativo de músicas. Nesse sentido, decidimos, assim, iniciar as apresentações com esses discentes pelas cidades do interior de Sergipe”.

As apresentações ocorreram nas cidades de Lagarto, Poço Verde, Simão Dias e Tobias Barreto, viabilizadas pela aluna da graduação em Música, Rosenilda Alves, e com a participação especial do maestro convidado James Bertisch, do Instituto Federal de Sergipe (IFS). Com um repertório variado, o coral levou para o público músicas da MPB, clássicos de Mozart e Villa-Lobos, e até a exibição de Spirituals. Além desse momento musical, oficinas de musicalização infantil foram ofertadas para cerca de 170 crianças nas quatro cidades onde o Madrigal se apresentou.

“Mais da metade das crianças das oficinas jamais havia presenciado um coral na vida e, através de brincadeiras musicais, trabalhamos ritmos, melodias, timbres, exercícios de coordenação motora e outras questões que possibilitam essa interação de meninos e meninas com o coro e a familiarização com alguns instrumentos”, explica a professora Aline Araújo.

Rosenilda Alves, graduanda em Música na UFS, esteve na comissão organizadora das ações de extensão e relatou como foi feito o contato com as cidades que receberem o projeto do Madrigal. “Eu já tinha contato com as pessoas das referidas cidades, na área musical, e lancei a proposta, que foi abraçada. Houve alguns contratempos, mas essas dificuldades foram minúsculas diante da fantástica acolhida das crianças, bem como a preparação do espaço e a dedicação dos professores e coordenadores”, exaltou a discente.

A estudante ainda endossou a importância desse momento na formação dos alunos que fazem parte do coral. “Muitos de nós fazemos o curso de licenciatura em Música e não temos ideia de como lidar no mundo afora com nossos alunos, algo que só se tornou possível graças à organização do corpo docente do DMU. Parabenizo a iniciativa do coro de ter marcado a vida não só das centenas de crianças beneficiadas pelas oficinas, mas principalmente, dos estudantes do Departamento de Música da UFS”, enfatizou Rosenilda.

A aluna Jéssca Luanne, também integrante do Coro Madrigal Sergipano, reforça a importância das atividades. As apresentações e as oficinas foram maravilhosas, foi uma experiência muito boa e muito rica para nós que somos alunos do curso de Música. A professora Aline gosta bastante de frisar a importância de devolver à sociedade o trabalho e levamos boa música a pessoas que nunca viram ou ouviram um coral cantar, fizemos oficina de musicalização para crianças que nunca tiveram acesso a uma aula de música e isso é muito gratificante. É maravilhoso devolver em ações o trabalho feito na universidade à sociedade que muitas vezes não faz ideia de como o dinheiro público é investido. Isso também muda muita coisa em nossa realidade, já que percebemos que é infinitamente mais gratificante levar a nossa música a adultos e crianças que talvez nunca imaginaram vivenciar aquele momento que pode ser único na vida de muitos deles.

Janaína Cavalcante – bolsista

Letícia Nery – Ascom UFS

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