Na última quinta-feira, 4, o campus de Laranjeiras da Universidade Federal de Sergipe (UFS) sediou a abertura do 49º Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras. O evento, que iniciou com as atrações artísticas Banda de Pífanos Esquenta Muié e Reisado de Lalinha, também contou com as palavras das autoridades presentes. Esta edição abordou o tema “Narrativas orais e imagéticas das culturas populares: registros e responsabilidade social” e o homenageado foi Jackson da Silva Lima, um veterano pesquisador dedicado aos estudos da Literatura Sergipana e do Conto Popular.
A reitora em exercício da UFS, Sueli Pereira, compôs a mesa de abertura que iniciou a solenidade. Para ela, “orgulho” é a palavra que melhor expressa seus sentimentos ao presenciar a universidade acolhendo o Simpósio mais uma vez. “O Simpósio é um evento nacionalmente importante, em que artistas, comunidade sergipana e brasileira, pesquisadores e estudantes transformam três dias de atividades em momentos de vivência, cultura e debates compartilhados”, explicou.

O vice-reitor da UFS, Rosalvo Ferreira, ressaltou o significado de ter um encontro desta dimensão cultural sendo realizado, anualmente, em uma universidade pública. “O campus de Laranjeiras é parte da sociedade sergipana. E a cultura vive, pulsa, no município. Nada mais interessante e próprio do que a UFS também apoiar as ações nas áreas em que ela atua. E essa parceria com a cidade de Laranjeiras contribui muito para que a universidade possa se projetar como uma instituição de ensino, pesquisa e extensão, com um foco na cultura, no saber popular, nas artes. Isso faz parte de um projeto de universidade ampla e inclusiva”, enfatizou.

O prefeito do município de Laranjeiras, José de Araújo Leite Neto, conhecido popularmente como Juca de Bala, discursou na abertura do Encontro e enfatizou a importância da parceria com a UFS. “Tanto a UFS como o Governo do Estado e o IPHAN estão conosco à frente deste projeto, que é o maior encontro cultural do Brasil. Estamos no 49º e eu, particularmente, tenho um orgulho muito grande de fazer parte da organização pela oitava vez. Só tenho a agradecer à UFS, que é uma grande parceira do município de Laranjeiras”.

Antônia Amorosa, cantora, compositora e presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), falou sobre a forte relação entre as atividades realizadas no Simpósio e a participação da universidade. “Quando pensamos em identidade cultural, precisamos pensar também dentro de uma perspectiva científica, de análises, de pesquisa, para que nós consigamos acertar nas políticas públicas. Porque é a partir dessas discussões que grandes ideias podem ser aplicadas por gestores públicos. Estamos felizes porque estamos na 49ª edição, chegando à 50ª, o que mostra a presença efetiva destes setores da sociedade, que através do diálogo e da troca, se tornam atalaias da cultura sergipana”.

A museóloga, artista plástica e mestre em Culturas Populares, Mirtes Almeida, compartilhou que visita o Simpósio há alguns anos e que sua principal motivação é prestigiar o conhecimento e os saberes locais. “Neste Encontro, além da troca de experiências entre pesquisadores e acadêmicos da área no Simpósio, conseguimos conhecer cada vez mais e aplaudir os movimentos culturais da cidade de Laranjeiras. É um momento de entusiasmo e renovação”.

O Encontro segue com programação até este sábado, 6 de janeiro.
Brunna Martins - Ascom UFS