A Universidade Federal de Sergipe (UFS) é palco, entre os dias 14 e 16 de maio, do II Seminário Nacional de Gestores de Núcleos de Acessibilidade das Universidades Federais, que reúne representantes de diversas instituições do país para discutir políticas, desafios e estratégias voltadas à inclusão e à permanência de pessoas com deficiência no ensino superior. O evento marca um passo importante na articulação nacional em busca da acessibilidade acadêmica e da promoção de ambientes mais inclusivos.

A programação inclui palestras e mesas redondas e conta com a participação de representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e do Ministério da Educação (MEC). Além do Seminário, o encontro também marca a II Reunião do Colégio de Gestores de Núcleos de Acessibilidade das Universidades Federais. A primeira reunião do grupo aconteceu em Brasília, no final de 2024, quando os integrantes do colegiado foram formalmente empossados em seus respectivos cargos.

De acordo com Lavínia Teixeira, coordenadora da Divisão de Ações Inclusivas da UFS, o II Seminário Nacional de Gestores de Núcleos de Acessibilidade das Universidades Federais posiciona a universidade em um local de destaque entre as instituições de ensino superior que têm buscado ampliar ações inclusivas. A coordenadora explicou que o principal objetivo do encontro é garantir os direitos das pessoas com deficiência, viabilizando o cumprimento da legislação relativa, principalmente, à acessibilidade.

“Este é o evento mais importante das universidades federais na temática de acessibilidade para pessoa com deficiência dentro de espaços acadêmicos. O Colégio de Gestores reúne a representação das 69 universidades federais. Os gestores se reúnem nacionalmente duas vezes ao ano e há ainda reuniões regionais para discutir a unificação das práticas que devem ocorrer dentro das universidades federais de acordo com a legislação vigente. A ideia é implementar ações práticas de acessibilidade”, explicou Lavínia Teixeira.

O reitor da UFS, André Maurício Conceição de Souza, afirmou que a sua gestão está comprometida com a inclusão de pessoas com deficiência. O gestor lembrou que, este ano, foi criada a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Estudantis, em substituição à Pró-Reitoria Estudantil, o que demonstraria um olhar atento à inclusão. Em sua fala, André Maurício acrescentou que a UFS tem adotado uma série de medidas voltadas à ampliação da diversidade e da inclusão dentro da instituição.

“A Universidade Federal de Sergipe tem a grande honra de receber um evento nacional, como este, no momento em que a gente busca priorizar ações da universidade para ações afirmativas e inclusivas. Somos a única universidade pública do estado e temos como dever garantir a formação dos nossos estudantes, sobretudo daqueles que mais precisam. Esse é um compromisso que assumimos e que vamos buscar viabilizar ao longo de toda a nossa gestão”, ponderou o reitor André Maurício.

O estudante Carlos César dos Santos, que cursa graduação em Engenharia Civil na UFS, foi um dos participantes do encontro. O universitário expôs que os debates promovidos no encontro são muito importantes porque dão visibilidade a um tema com grande impacto na sociedade. Para ele, quanto mais informação sobre acessibilidade, maior a probabilidade de melhorias para as pessoas com deficiência.

“De uns tempos para cá, estamos conquistando esse espaço, o que é importante. Eventos como esses ajudam no processo de inclusão. Na UFS, a Daim [Divisão de Ações Inclusivas] tem sido muito importante na garantia dos nossos direitos. Hoje eu tenho certa autonomia para circular dentro da instituição”, finalizou Carlos Santos, que perdeu cerca de 70% dos movimentos do corpo aos 24 anos.

Eduardo Almeida - Ascom UFS