O curso de Enfermagem da Universidade Federal de Sergipe (UFS) está completando 50 anos. Criado em 1975, a graduação foi uma das primeiras da instituição e se consolidou como referência na formação de profissionais comprometidos com a ética, a ciência e o cuidado humanizado.

Uma série de atividades comemorativas em alusão ao Jubileu ocorre entre os dias 21 e 24 de outubro e tem como slogan “50 anos de compromisso com a saúde: celebrando o passado e construindo o futuro”.

A abertura da semana do Jubileu aconteceu nesta terça-feira, 21, com Sessão Solene na Assembleia Legislativa. Na quarta-feira, 22, é a vez da sessão na Câmara de Vereadores de Aracaju. Na quinta, às 17h30, a abertura oficial será na Didática 7 - Campus São Cristóvão. Durante a noite, haverá a entrega do título de Doutor Honoris Causa à professora Amândia Daltro.

A programação celebrará a trajetória construída por docentes, discentes, técnicos, egressos e parceiros institucionais que ajudaram a consolidar o curso como um marco na área da saúde. O evento busca não apenas reverenciar o passado, mas também reafirmar o compromisso da UFS com o futuro da Enfermagem e com a formação de novas gerações de profissionais.

Ao longo de cinco décadas, o curso tem contribuído para o fortalecimento da Enfermagem em Sergipe e no Brasil, com destaque para a excelência no ensino e para a produção científica de impacto social, como lembra a professora Joseilze Andrade, decana do departamento. Ela é egressa do curso, tendo se graduado em 1994, e atua como docente há 28 anos.

“Nesses 50 anos de existência, o curso de Enfermagem obteve muitas conquistas: qualificação do corpo docente, implantação de cursos de pós-graduação, criação de ligas acadêmicas, projetos de extensão e de pesquisa, PET Enfermagem, parcerias com diversos campos de estágio e mais recente, incremento de tecnologias educacionais e metodologias ativas, a exemplo das práticas desenvolvidas nos laboratórios de simulação realística”, disse.

Joseilze Andrade também falou sobre a sua época de estudante, em que os recursos eram mais escassos, mas o corpo docente e os discentes já faziam a diferença.

“Da época em que fui aluna tenho ótimas lembranças das professoras dedicadas, das aulas práticas no Hospital de Cirurgia, pois não tínhamos ainda o Hospital Universitário. Foram muitas dificuldades que vivenciamos: campos de prática escassos, não havia estágio supervisionado nem estímulo institucional a pesquisas, mas ainda assim, os alunos eram muito interessados e estudiosos e obtiveram êxito em sua vida profissional”.