Ter, 05 de dezembro de 2023

Entre Jabutis e Caranguejos
Comissão de Pós-Graduação e Comissão de Pesquisa/UFS
Entre Jabutis e CaranguejosVivemos um momento desafiador para a pesquisa, inovação e pós-graduação no Brasil. Nos próximos anos os modelos de financiamento das Universidades e Agências de Pesquisa vão sofrer significativos abalos. As Instituições de Ensino Superior já tiveram seus orçamentos drasticamente reduzidos este ano em relação a 2014. Por outro lado, o total de alunos matriculados na educação superior ultrapassou 7 milhões em 2012, a taxa média de crescimento anual nos últimos dez anos é de 8,4% (INEP).Na Universidade Federal de Sergipe o crescimento foi ainda mais exponencial. Nos... +Informações
Gerofobia
Neilson Santos Meneses
Ainda que as transformações demográficas tenham cada vez mais repercutido no aumento da proporção e do número de idosos na sociedade de maneira global, se observa que certos estereótipos com relação a velhice seguem prevalecendo como visões parciais e confusas desta etapa da vida (Martinez,2010, Gomes,2012, Fraiz,2015). Um conjunto de atitudes, em geral negativas que se expressam de diferentes maneiras, no que diz respeito ao envelhecimento, ainda que nem sempre de modo intencional, caracteriza a gerofobia (do grego gero= velho ou idoso fobos= temor, medo) que atrás do rascismo e sexismo é... +Informações
Gizelda Morais, uma mestra para ser sempre lembrada
Beatriz Góis Dantas
Chegou ao fim a trajetória física da multifacetada Gizelda Santana Morais (1939-2015). Mulher de muito pensar, escrever e ensinar, sua memória começa a ser delineada pelos que a conheceram. Aqui, propositalmente, se enfatiza o seu lado de professora e pesquisadora envolvida com as questões da educação.Grandiosa obra recentemente publicada – História e Memória, Universidade Federal de Sergipe, 1968-2012 (Souza, 2015) – à página 274 traz uma foto cuja legenda registra a professora Gizelda Morais, ao lado do reitor Gilson Cajueiro de Holanda, na reunião de implantação dos cursos de... +Informações
Cibersolidão
Henrique Nou Schneider
Venho, aqui, comentar a reportagem da Revista Veja, edição 2442 de 9 de setembro de 2015, sobre o fenômeno da “solidão acompanhada” ou cibersolidão. É senso comum que a utilização intensiva das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) com suporte na internet, aliada aos recursos da Computação Móvel, têm provocado novos comportamentos sociais, notadamente com relação à facilidade de se promover relacionamentos, que, embora superficiais, continuam a ser designados de “amizades”. Porém, quem desenvolve amizades nos moldes tradicionais, sabe que os laços de amizade constituídos... +Informações
FAPITEC/SE: cargos, encargos e rumos da ciência em Sergipe
Antônio Carlos dos Santos
Sêneca, o filósofo romano do século IV antes de Cristo, é conhecido, sobretudo, por suas frases curtas e precisas, como esta: “Não existe vento favorável para o marinheiro que não sabe aonde ir”. Com esta frase, defendia a ideia segundo a qual a vida não depende do destino, da sorte ou da ocasião, mas de determinação do sujeito que dita normas de conduta e que planeja o futuro. É verdade que, como bom romano, conhecia a importância do acaso, mas estava certo que ele não ditava, sozinho, o futuro.Ora, o objetivo deste texto é analisar a situação da FAPITEC-SE no contexto de uma crise... +Informações
Mensagem do reitor aos professores da UFS
Angelo Roberto Antoniolli
Importa quantos somos. Importa como somos. Mas, importa muito mais o que somos. Somos professores. Nem sempre devidamente reconhecidos. Nem sempre expressamente valorizados. Porém, somos o esteio da civilidade. Sem a educação, a sociedade não se teria constituído. A barbárie inicial teria continuado. A educação moldou a sociedade, possibilitou a busca pelo progresso e pelo desenvolvimento. E nós, professores, somos os instrumentos dessa transformação, que é constante e contínua.Os percalços da vida, estruturais e conjunturais, nos afetam. Todavia, não esmorecemos. Não nos deixamos quedar... +Informações
Terezinha Oliva, honra e mérito
Beatriz e Ibarê Dantas, professores eméritos da UFS
A frase em epígrafe, atribuída a Aristóteles, se ajusta muito bem às homenagens que a Assembleia Legislativa de Sergipe presta à professora Terezinha Alves de Oliva, ao atribuir-lhe a Medalha do Mérito Educacional “Manoel José Bomfim”.A riachãoense que, ainda criança de poucos anos, chegou a Aracaju nos anos 50, integrando uma família numerosa, construiu uma bem-sucedida carreira e firmou-se como uma profissional das mais destacadas de nossa intelectualidade pela atuação como professora e agente cultural. Depois de desempenho apreciável nos cursos básicos e no acadêmico, formou-se em... +Informações
Breve histórico da Zootecnia em Sergipe
Alfredo Acosta Backes
Em 1966 na cidade de Uruguaiana/RS teve início o primeiro curso de Zootecnia do Brasil, lançado pela Pontifícia Universidade Católica-PUC. Surgiu do esforço do Prof. Dr. Octávio Domingues, hoje considerado “Patrono da Zootecnia”. A aula inaugural ocorreu no dia “13 de maio”, hoje comemorado como o “Dia do Zootecnista”. Atualmente são mais de 100 cursos espalhados pelo Brasil. Em Sergipe o primeiro curso de Zootecnia foi idealizado pelos professores Francisco Sandro Rodrigues Holanda (Eng. Agrônomo) e Ivete do Carmo Menezes (Zootecnista) e coube aos professores Alfredo Acosta Backes e... +Informações
Como os mercados de trabalho regionais estão sendo impactados pela crise
Ricardo Lacerda
O ajuste econômico tem na deterioração do mercado de trabalho uma de suas peças basilares. As medidas de ajuste visaram desde o início fragilizar o mercado de trabalho com o intuito não ocultado de reduzir o poder de barganha da classe trabalhadora como forma de conter pressões inflacionárias. Nesse sentido, o ajuste significa não apenas a compressão do consumo para caber no “produto potencial” do país, como sua outra face, do ponto de vista da renda, que é a redução da participação dos rendimentos do trabalho na geração da riqueza nacional. O processo já se encontra em pleno andamento.A... +Informações
Retórica frágil e democracia no Brasil
Saulo H. S. Silva
O conhecimento acerca da natureza política e social da vida humana possui uma particularidade que outras áreas do saber não possuem. Seu objeto é como uma peça teatral onde os atores são simultaneamente os espectadores. Cada espectador assimila a realidade política de uma determinada maneira e essa forma de absorção influencia o seu modo de agir. Por sua vez, a totalidade das perspectivas de todos os espectadores de uma sociedade política está fracionada em diferentes níveis de consciência e interação com a realidade objetiva. No Brasil, a discrepância entre os níveis de consciência... +Informações