Com os pés no acelerador e de olho na largada, as equipes UFSAE, Serbaja, Araras e Tortuga se reuniram na última quinta-feira, 27, no centro de competições do Departamento de Engenharia Mecânica (Dmec) para desmontarem seus projetos de carros do tipo fórmula e baja e um aerodesign, que competiram no ano passado, e darem início aos projetos 2017/2018.

Orientados pela professora do Dmec, Alessandra Azevedo, as quatro equipes reúnem cerca de 90 alunos das engenharias Mecânica, Elétrica, Civil e de Produção, além da participação de alunos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.

Tortuga

Criada em outubro do ano passado, a equipe Tortuga é a novidade entre os times que representam a UFS em campeonatos regionais e nacionais. Ela é oriunda dos projetos “Engenharia Mecânica de portas abertas” e “Lugar de mulher é na oficina - Quebrando paradigmas”.

Ítalo Araújo, estudante do 6° período de Engenharia Mecânica e capitão da equipe, explica que o projeto consiste em planejar e construir um nautimodelo do tipo rebocador portuário. “Como o nome já diz, esse navio tem a função principal de rebocar outros navios de dimensões maiores. Esse projeto, em fase inicial, está agora na fase de projetos, cálculos e dimensionamentos e pretendemos iniciar a fabricação durante as férias, no mês de maio”.

O estudante conta que o objetivo maior no momento é fazer com que toda a teoria que é passada para os alunos durante as aulas seja aplicada de maneira prática no projeto. Além disso, ele ressalta a importância da participação no próximo ano do Desafio Universitário de Nautimodelismo (Duna), que acontece anualmente em Joinville (SC) para que os estudantes tenham contato com outras equipes e possam trocar experiências.

“A expectativa para o campeonato é imensa. Não almejamos brigar na parte de cima da tabela - 28 equipes participam do campeonato -, mas como é nosso primeiro ano na competição e meu primeiro como capitão da equipe, o objetivo principal é conseguir que o projeto seja aprovado pela banca examinadora. Ou seja, que o navio seja aprovado nas dimensões que pede o regulamento”, explica Ítalo.

UFSAE

Um dos participantes da equipe UFSAE, Nicholas Mendes, aluno do 4° período de Engenharia Mecânica, explica que a equipe é responsável pela construção de um carro de corrida tipo fórmula, em que o objetivo principal é a velocidade. Segundo ele, a equipe se organiza como uma empresa e conta com cerca de 35 alunos.

No ano passado a escuderia alcançou a segunda colocação entre os estados do Nordeste e a 19ª posição entre 40 equipes de diversas universidades do país em sua segunda participação na 13ª Formula SAE Brasil que aconteceu em Piracicaba (SP).

“Este ano pretendemos ficar entre as 15 melhores equipes do país, além de conquistar outras premiações. Ano passado conseguimos o terceiro lugar na prova de Business. Pretendemos manter essa posição e conquistar premiações em outras áreas para melhorarmos ainda mais nossa posição”.

Araras

Capitão da equipe Araras, o estudante do 6° período de Engenharia Mecânica, Cássio Murilo, conta que o projeto consiste na construção de um aerodesign, avião em que todas as partes do projeto são calculadas e estruturadas de acordo com o regulamento da Society of Automotive Engineers (SAE) Brasil, que organiza campeonatos universitários tanto de aerodesign quanto de carros tipo fórmula e baja.

O estudante diz que a importância de projetos como este é o fato de capacitar os alunos de Engenharia, uma vez que os tornam ainda mais preparados para trabalharem na área. A equipe Araras participou nos dois anos anteriores do campeonato SAE Brasil Aero Design. No ano passado, a equipe alcançou a quarta colocação entre as universidades do Nordeste. “Esperamos conseguir colocações cada vez melhores. Então vamos nos organizar para representarmos cada vez melhor nosso estado lá fora”, afirma o estudante. O campeonato de 2017 acontecerá em novembro.

Serbaja

Jeciane Carvalho, capitã da equipe Serbaja, explica que o projeto visa planejar e desenvolver um carro modelo off-road para participar das competições regional e nacional da SAE Brasil, que acontecem respectivamente em São José dos Campos (SP), geralmente em março, e Camaçari (BA), comumente em novembro.

A respeito da importância do projeto, a estudante diz que ele ajuda a colocar em prática o que os alunos aprendem em sala de aula. “A gente verifica que, mesmo havendo um projeto, no momento da fabricação nunca sai como o planejado. Então temos que fazer adaptações e isso ajuda bastante, porque essa é a realidade que teremos no mercado de trabalho”.

Segundo Jeciane, a equipe participou três vezes da competição Baja SAE Brasil, em 2009, 2012 e 2013, mas a atual equipe ainda não chegou a competir. “Estamos muito ansiosos e depositando todas as chances neste novo protótipo. Estamos terminando o projeto para participarmos do campeonato nacional em março do ano que vem. Esperamos que dê tudo certo e que a gente consiga projetar um protótipo competitivo e que consigamos realizar as provas da competição”.

Expectativas

A professora do Dmec e coordenadora dos projetos, Alessandra Azevedo, conta que todos estão muito otimistas e com boas expectativas já que conseguiram montar uma equipe forte para este ano.

“A ideia é conseguir resultados mais positivos e uma classificação melhor, aproveitando o retorno que tivemos do ano passado, melhorando o projeto pra conseguir trazer mais prêmios para o nosso estado e levar o nome da nossa universidade para fora e mostrar que em Sergipe tem engenharia de qualidade e que nossos alunos podem competir em pé de igualdade com estudantes de fora”.

Ascom

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