Sex, 23 de fevereiro de 2018, 10:34

Projeto da UFS sobre saúde materno-infantil é apresentado no Japão
Ação é voltada à humanização do parto e ao direito de escolha das gestantes
Projeto foi levado para o curso da Japan Internacional Cooperation Agency (JICA). (foto: arquivo pessoal)
Projeto foi levado para o curso da Japan Internacional Cooperation Agency (JICA). (foto: arquivo pessoal)

O projeto Nascer no Caminho da Humanização, realizado no campus de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe, foi levado para o curso da Japan Internacional Cooperation Agency (JICA), no Japão. O projeto, voltado à humanização do parto e ao direito de escolha das gestantes, está sendo representado pela professora Rosemar Mendes. O treinamento de 45 dias acontece na província de Okinawa e em outras regiões do país asiático. Rosemar Mendes iniciou o projeto enquanto lecionava no campus de Lagarto e está vinculada, atualmente, ao Departamento de Enfermagem do campus de São Cristóvão.

A docente foi aprovada após concorrer com pesquisadoras de diversos países. “A seleção tinha muitos critérios. Dentre eles, mestrado, fluência em espanhol, atuação de, no mínimo 12 anos na saúde materno-infantil no SUS, dentre outros”, explica.

A professora Rosemar é a única representante do Nordeste no curso do Japão. “Temos outras duas pesquisadoras brasileiras aqui, mas do Nordeste, somente eu. Tem sido uma experiência incrível, não apenas pelo curso, mas também por interagir com uma cultura tão diferente da que estou acostumada”, observa.

O Nascer no Caminho da Humanização trabalha com assistência às gestantes da cidade de Lagarto, na maternidade Zacarias Júnior. A equipe, formada por professores e estudantes de todos os cursos do campus, esclarece para as mulheres os tipos de parto existentes (normal, humanizado, cesariana) e faz o acompanhamento nas horas pré-parto, durante e após o parto, especialmente no momento da primeira amamentação.

O projeto de extensão foi aprovado pela UFS em 2015 com o objetivo de implementar as estratégias da Rede Cegonha na atenção integral à saúde da mulher, com o objetivo de reduzir a mortalidade materna e de recém-nascidos, incentivando o uso das boas práticas do parto e nascimento no interior de Sergipe. “Nós utilizamos as boas práticas de humanização e realizamos ações de educação em saúde com frequência. Nosso objetivo principal é resgatar o protagonismo da mulher no momento do parto e diminuir as intervenções desnecessárias nesta assistência”, explica o monitor do projeto e estudante de Enfermagem do campus de Lagarto, Marcos Santos,

Nesta edição, foram selecionadas para o treinamento no Japão uma médica e nove enfermeiras distribuídas entre os países Paraguai, Uruguai, El Salvador, Panamá e República Dominicana.

Ana Laura Farias

Campus de Lagarto


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