

UFS e TJSE se unem para combater violência contra a mulher
O reitor da UFS, Angelo Antoniolli, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE), Cláudio Dinart Déda Chagas, assinaram o termo de cooperação técnica na manhã de hoje, 28, na Sala dos Conselhos Superiores.
O termo prevê uma parceria voltada para o desenvolvimento de políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher. De acordo com o documento, o Departamento de Estatística e Ciências Atuariais da Universidade coletará informações, as avaliará e construirá um banco de dados, aplicando técnicas de estatística refinadas, para que se tenha um perfil não só da vítima da violência contra a mulher, mas também do autor das agressões.
Segundo o professor Kleber Oliveira, do Departamento de Estatística, os alunos vão participar de todas as fases da pesquisa. “Eles vão ter contato com a mulher e com o autor da agressão no fórum, durante a audiência. Logicamente todas as fases da pesquisa são fundamentais para que o estudante entenda como é que se faz estatística, mas o nosso maior foco é nos seus resultados, que irão beneficiar à sociedade como um todo”, explicou Kleber.
A união entre o conhecimento científico da UFS e a experiência cotidiana do Tribunal no estudo deste tema se torna ainda mais importante quando se sabe que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% da população de mulheres do mundo já sofreu violência sexual. Outro dado, este constatado pela Organização das Nações Unidas (ONU), é o de que por volta de 70% das mulheres sofre ou já sofreu algum tipo de violência.
Para Angelo Antoniolli, faz parte das atribuições da UFS contribuir com a elaboração de políticas públicas que beneficiem grupos da sociedade até então desprotegidos. “Parabenizo aos docentes, estudantes, membros do TJSE e a todos envolvidos, pois eles estão construindo uma sociedade melhor. Com esse modelo teremos como mensurar de forma mais específica essa violência e assim avançar no combate aos crimes de gênero”, afirmou o reitor.
Adelaide Moura, coordenadora da Mulher do TJSE, disse que ações como essa fazem com que a UFS seja vista como um campo de experiências científicas e culturais. “Neste projeto dados estatísticos, que são eminentemente frios, se juntarão ao tema da violência, que é um assunto tão doloroso. Nesta junção de visões todos ganham ”, completou a juíza.
Assessoria de Imprensa do Gabinete do Reitor
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Fotos: Schirlene Reis/AscomUFS