Robindranath Tagore.


O homem tem um lugar de destaque dentro do cosmo. Suas características são inatas da própria natureza, sua semelhança biológica e física para com a criação animal é óbvia em muitos aspectos de sua vida.

Ao fazer com que a natureza o sirva, ele tem de servi-la, cuidando das plantas, dos rios e oceanos e da terra como um todo, criando incessantemente novas tecnologias para fazer a natureza frutificar; pois depende da mesma para sobreviver. Ele deve respeitar suas leis e labutar para ganhar de seu ambiente natural o sustento para a vida e o enriquecimento de sua cultura.

A idéia de que o homem é um ser social vem da necessidade que este homem tem de viver em sociedade, pois é através do relacionamento mútuo com seres da mesma espécie que os aspectos físico, emocional e espiritual vão gradativamente ascendendo. Ele precisa absorver bons valores, valores estes que quando vivenciados tendem a formar sua personalidade que conseqüentemente constitui o acúmulo de valores absorvidos durante a sua infância.

Desta forma, o ser humano está em constantes transformações e possui uma capacidade de pensar e de argumentar extraordinária. As mudanças socioculturais são tantas e tão profundas que se vê obrigado a viver sozinho as experiências que outrora eram vividas por gerações em conjunto.

Atualmente o homem faz tudo sozinho, resolve os seus problemas, programa, planeja e executa, levando em conta apenas suas forças e os recursos que o mundo impõe a sua disposição. Ele não encontra mais tempo para pensar, meditar, contemplar as coisas bonitas da natureza e desfrutar da beleza da vida em companhia das pessoas mais importante do seu âmbito de amizade.

O homem está em constante mutabilidade, e estas mudanças são tantas e tão profundas que é obrigado a viver isolado do convívio social. Este afastamento expressa uma maneira de fugir dos problemas usuais, o seu orgulho próprio é uma tentativa de querer estar sempre com a razão, como o verdadeiro detentor da verdade absoluta, mas, muitas vezes, esse mesmo indivíduo evidencia medo de se expor, de ser confrontado com o “novo”, de não ser compreendido e respeitado pelos outros.

O homem contemporâneo tornou-se criticamente pragmático, no sentido de que só aceita o que lhe é proposto se nisso perceber nítida utilidade e funcionalidade para o bem pessoal e social. Visando essa necessidade muitas religiões vêm adaptando-se para atender o desejo do homem moderno.

Viver em qualquer contexto social significa uma constante luta pela sobrevivência. O sujeito que outrora pensava de maneira anti-dogmática, ou seja, hostil a qualquer forma de verdade, princípios e norma, atualmente percebe que a verdade, princípio ou norma só passa a ser absoluta quando ninguém questiona ou refuta o que é dito. Este homem está em constante mutação, pois é um ser pensante e inteligente.

Devido à ganância humana a sua própria natureza está sofrendo com suas atitudes de destruição e devastação de seus sentimentos, provocando a solidão e depressão. Além de provocar sofrimento ao meio ambiente.

Em conseqüência de seus atos, na contemporaneidade, diariamente lutamos em busca do suficiente para manter a família, enfrentamos dificuldades com os estudos e com problemas de saúde que exigem tratamentos médico.

Essas fases do cotidiano humano são evidentes em nossa sociedade. Entretanto devemos está atento a essa mutação humana para não chegarmos ao ponto de autodestruição. Neste contexto viver é enfrentar um problema atrás do outro, o que faz a diferença é a maneira como a pessoa encara e reage diante deste problema.

Saber Ciência é uma coluna semanal de divulgação científica publicada no CINFORM. É uma atividade da Agência UFS de Divulgação Científica, sob coordenação do Prof. Dr. Josenildo Luiz Guerra, e com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - Fapitec.

Currículo
Antônio Santos é pastor da Igreja Batista em Rosa Elze, bacharel em Teologia- Faceten/RR e especialista em Ciência das Religiões-FIJ/RJ.