Saber Ciência / Ayslan Silva Santos Dantas
09/06/2010
Os celulares com câmera trouxeram uma nova possibilidade cinematográfica. Após seu barateamento, essa tecnologia pode atingir grande parcela da população, dando-lhes acesso não só a um meio de comunicação, mas também a uma nova forma de fazer arte. O uso dessas câmeras nos remete ao início do próprio cinema, quando os irmãos Lumière, de posse da invenção do cinematógrafo, produziam documentários curtos, gravando cenas reais, como se pode ver em "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e em "A chegada do trem à Estação Ciotat", seus mais conhecidos filmes.
Para fomentar a produção artística, existem mostras e concursos por todo o mundo exibindo e premiando as produções mais interessantes feitas para e com celulares. Exemplos brasileiros são o Festival de Filmes de Celular, realizado no evento Gramado Cine Vídeo, com a parceria da Vivo, empresa operadora de telefonia móvel; e o Cel.U.Cine, que ocorre durante o Festival Brasileiro de Cinema. Em ambos, o objetivo é incentivar o surgimento e desenvolvimento de uma nova forma de linguagem cinematográfica. Os micro-metragem, como são conhecidos, são vídeos de até 3 minutos de duração e leves o suficiente para caberem na memória dos celulares. Possuem características específicas, como excesso de closes, para possibilitar o acompanhamento das cenas através da pequen a tela do celular, o pouco uso de sons e as histórias mais sintéticas.
As potencialidades artísticas deste novo meio estão ainda sendo descobertas. As câmeras estão evoluindo tecnologicamente, e também está nascendo um novo olhar sobre suas utilidades. O número de pessoas com esse equipamento cresce a cada dia, e todos podem produzir algo inovador e divulgá-lo.
Aluno do 8° período do curso de Ciências Contábeis da UFS. O presente artigo foi escrito como exigência parcial para a disciplina “Tópicos Especiais em Cinema”, ministrada em 2009.2 pela Profa. Dra. Lilian França.