Qui, 06 de julho de 2017, 18:06

Mais energia e menos despesa para a UFS
Angelo Roberto Antoniolli*

A Administração Pública, quer seja direta, quer seja indireta, nas três instâncias federadas, deve ser eficientemente planejada e, a partir daí, deve executar as correções de rumo, ou seja, as necessárias adequações, a fim de atender as demandas que vão surgindo. Como é do conhecimento geral, o campus da Universidade Federal de Sergipe em São Cristóvão, denominado Cidade Universitária Professor José Aloísio de Campos, começou a funcionar no início da década de 1980. E lá se vão 37 anos. Algumas adequações foram implantadas em sua infraestrutura, mas, muito mais do que as adequações, foram ampliadas as suas estruturas enquanto edifícios didáticos ou administrativos, muito mais aqueles do que estes. Ora, tais ampliações demandavam necessárias e urgentes adequações no que tange ao esgotamento sanitário, disponibilidade de energia elétrica, vias internas de acesso etc.

Em 2015, começou a funcionar a nova estação de tratamento de esgotos sanitários, substituindo a velha lagoa de estabilização. Uma obra fundamental e moderníssima, que apesar de sua extrema utilidade, sendo inclusive uma obra executada dentro dos padrões atuais de sustentabilidade, não é razoavelmente conhecida, uma vez que obras desse tipo não têm visibilidade.

Agora, estamos começando a execução de um projeto que é, também, de suma importância e, obviamente, mais do que necessária, como decorrência da construção de novos prédios e equipamentos que vêm sendo agregados ao campus de São Cristóvão. Trata-se da implantação de uma Subestação 69/13,8kV, Reforma/Recondutoramento da Rede de Distribuição Interna e Instalações em baixa tensão do campus. Essa subestação, depois de instalada, possibilitará uma economia de até 30% na conta de energia do campus. Fazem parte desse projeto a implantação de toda estrutura que integra a subestação, a adequação e padronização de toda a malha interna do campus, tais como: transformadores, postes, condutores, chaves, muflas etc. Ao final desse projeto, o campus de São Cristóvão contará com um sistema elétrico moderno, eficiente e seguro, que possibilitará seccionamentos parciais para futuras manutenções e/ou desligamentos.

O valor total da obra é de R$ 5.300.701,87 (cinco milhões, trezentos mil, setecentos e um reais e oitenta e sete centavos). O prazo total para execução dos trabalhos será de 360 (trezentos e sessenta) dias corridos, contados a partir da data de recebimento da Ordem de Serviço pela contratada.

Em razão disso, por exemplo, fez-se necessário o desligamento da energia do referido campus nos dias 10 e 11 e no período de 15 a 18 do mês fluente, para a execução dos trabalhos de recondutoramento da rede interna, remoção da rede existente, instalação de chaves fusíveis e de cabos. Os prazos foram estabelecidos de modo a se adequar à logística do campus, tendo em vista que os períodos solicitados se referiam a dois finais de semana e um feriado. Tudo dentro do escopo que não inviabilizasse a rotina normal das aulas e do serviço administrativo cotidiano.

É assim que a atual gestão vem se esforçando para adequar o principal campus da Universidade Federal de Sergipe às suas reais necessidades, propiciando segurança e eficiência ao desenvolvimento de suas atividades docentes, discentes e administrativas.

Por certo, há muito a fazer, não apenas no campus de São Cristóvão, porém, sim, em todos os campi da UFS. Temos consciência do que é esperado da gestão. Sabemos, igualmente, o quanto teremos que nos desdobrar para atender as demandas. Não desconhecemos as dificuldades que momentaneamente nos atinge, e que são dificuldades que acometem todo o setor público. Faz-se necessário listar prioridades, remanejar e/ou adequar metas e ações.

Da comunidade acadêmica esperamos a devida compreensão. Por questões que não nos compete analisar, há quem não se esforce para entender determinadas ações ou posições que a gestão universitária tem o dever de levar adiante. Na gestão pública, nada deve ser realizado fora dos princípios regentes da Administração, que devem balizar os atos administrativos.

Os investimentos feitos na obra da Subestação hão de redundar em mais energia e em menos custo mensal. Em resumo, o custo/benefício será considerável. E é exatamente isso o que devemos buscar. A eficiência no setor público é reconhecida quando a maior vantagem corresponde à situação de menor custo e maior benefício para a Administração.

*Reitor da Universidade Federal de Sergipe


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