

Foi pensando em ampliar a divulgação de bolsas de pesquisa que a Coordenação de Pesquisa da UFS (Copes/Posgrap) lançou um folder com informações sobre os programas institucionais de bolsas de iniciação científica (Pibic) e de iniciação científica voluntária (Picvol).
A iniciativa tem como objetivo mostrar o passo a passo aos alunos que queiram participar da pesquisa científica na graduação.
De acordo com a coordenadora da Copes Raquel Simões, os professores já submeteram os projetos na seleção 2018/2019, cujas propostas estão em processo de avaliação.
“Neste mês de junho sai a lista dos projetos aprovados e em julho os alunos demonstram interesse. É extremamente importante que o aluno faça uma relação dos projetos aprovados para entender o que é cada um, quais são os planos de trabalho etc e procure o professor responsável”, explica.
Após esse procedimento, os professores podem indicar os alunos em agosto e já iniciar as atividades referentes à pesquisa. Segundo a coordenadora, os requisitos para o estudante participar dos programas é estar matriculado em algum curso de graduação presencial, ter um currículo Lattes cadastrado na plataforma do CNPq, ter seus dados atualizados no Sigaa e, principalmente, dedicar 20 horas semanais às atividades relacionadas ao projeto.
“Não existe um impedimento para o aluno calouro participar da iniciação científica, mas normalmente os professores indicam alunos que já estejam cursando, pelo menos, o 3º período porque já possui um ano de curso, além de eles terem o acesso a algumas ferramentas necessárias para a pesquisa”, afirma Raquel.
Jovens pesquisadores
O estudante de Jornalismo Vinícius Oliveira realiza pesquisa desde setembro de 2017 na área de Geografia da Comunicação. “Essa pesquisa junta duas áreas de que eu gosto muito: a comunicação, que é o [curso] que eu faço, e a geografia, que é uma área pela qual eu tenho uma paixão desde criança”, diz Vinícius.
Pesquisador do Pibic e um dos orientandos da professora Sonia Aguiar, do Departamento de Comunicação Social (DCOS), ele explica que o campo dessa pesquisa ainda é muito novo e pouco estudado por outras pessoas. O trabalho é desenvolvido a partir de um recorte das mídias de Sergipe e da região Nordeste.
"A gente estuda uma série de categorias: como se deu o processo de expansão da rede [de comunicação], em que contexto as concessões foram feitas e para quem; como se dão os jogos de interesses político e econômico etc. A proposta da pesquisa é trazer essas reflexões para a realidade nordestina e sair um pouco do eixo Rio-São Paulo".
Recentemente, ele produziu um artigo que analisa "a contribuição de conteúdo das afiliadas da Rede Bahia para a TV Bahia". "É muito pouco, pois a gente está falando de um estado como a Bahia que tem 15 milhões de habitantes, mais de 400 municípios, sendo que praticamente um terço deles é coberto pela TV Bahia", explica.
Além de trabalhar em áreas de que gosta, Vinícius vem absorvendo algumas contribuições geradas pela pesquisa, como o domínio na oratória e a capacidade de filtrar algumas de suas leituras.
A experiência tem sido a mesma para Lucineide Santos, estudante de Ecologia, que atua no Picvol há nove meses, mas já atuava nas atividades de pesquisa desde março de 2017. O trabalho possibilitou que ela desenvolvesse um olhar crítico para produções textuais e apresentações, além de abrir o acesso a temas referentes a outros cursos.
Orientada pela professora Ana Paula Albano Araújo, do Departamento de Ecologia (Deco), Lucineide desenvolve em sua pesquisa uma avaliação comportamental entre cupins, de acordo com sua distância filogenética.
“Seria a história evolutiva. Uma hipótese testada foi que, quanto mais distante nessa filogenia (árvore filogenética), mais diferenciados serão esses grupos e isso aumenta sua agressividade”, explica a pesquisadora.
Sobre as bolsas
Com duração de 12 meses, tanto o Pibic quanto o Picvol visam possibilitar ao estudante de graduação o acesso à pesquisa e escrita científica, tendo a orientação de professores pesquisadores das oito áreas do conhecimento: Ciências Agrárias; Biológicas; da Saúde; Exatas e da Terra; Humanas; Sociais e Aplicadas; Engenharias; e Linguística, Letras e Artes.
O Pibic oferece uma remuneração de R$ 400, por meio do apoio do CNPq, Fapitec e da UFS; como bolsa voluntária, o Picvol tem o mesmo reconhecimento e validade científica. Os planos de trabalho podem durar até 12 meses, podendo participar de outros planos nos anos seguintes.
De acordo com Raquel, a experiência com a pesquisa permite estimular e proporcionar maior capacidade crítica e melhorar a capacidade de organização.
“Isso tem uma contribuição dentro da formação acadêmica, direcionada para a pós-graduação, mas também para o ambiente profissional. Atualmente, várias empresas, ao contratarem jovens e novos profissionais do mercado, consideram o fato de o candidato já ter tido experiência com iniciação científica porque sabem que ele já passou por situações de tomada de decisões, de organização, sistematização, escrita e apresentação de trabalhos”, diz a coordenadora de Pesquisa.
Para mais detalhes sobre o Pibic/Picvol, acesse a página da Copes. Visite também a página do Pibic no Facebook.
Pibiti
Se o Pibic/Picvol visam despertar a vocação científica, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da UFS (Pibiti) está ligado à busca científica de novas tecnologias, metodologias, conhecimentos e processos de inovação.
O programa também concede bolsas e é administrado pela Coordenação de Inovação e Transferência de Tecnologia (Cinttec/Posgrap).
Para mais informações, acesse a página da Cinttec.
Dayanne Carvalho (bolsista)
Luiz Amaro
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