Seg, 29 de novembro de 2021, 12:09

UFS define nova metodologia para processo de cadastro e avaliação socioeconômica dos estudantes
Alunos que já recebem bolsas e auxílios ou que querem receber devem realizar inscrição na chamada pública

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Federal de Sergipe (Proest/UFS) publicou uma chamada pública com uma nova metodologia para que alunos de graduação preencham o cadastro e avaliação socioeconômica. O objetivo é formar o banco de dados de pareceres socioeconômicos dos alunos que já recebem bolsas e auxílios, ou daqueles que pretendem participar dos processos seletivos ofertados pela universidade.

+Clique aqui para acessar o Edital Nº 09/2021/Proest - Chama Pública

Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Marcelo Mendes, “a Proest vem colocando em prática o Plano de Ação da Política de Assuntos Estudantis e, com o propósito de melhor atender os nossos alunos, nós resolvemos instituir uma chamada pública pra atender a todos os estudantes em situação de vulnerabilidade na Universidade Federal de Sergipe”.

De acordo com o documento, “todos os interessados no recebimento de auxílios e bolsas durante o ano de 2022 deverão atender à chamada pública para adesão ou renovação do Cadastro Único e Avaliação Socioeconômica”.

Os estudantes devem se inscrever até 22 de dezembro de 2021 ou de 03 de janeiro a 21 de janeiro de 2022 por meio do Sigaa, no caminho Portal do Discente > Bolsas > Solicitação de Bolsas > Solicitar Bolsa Auxílio.

Porém, antes da inscrição é preciso preencher o Cadastro Único da UFS, a declaração da situação de vulnerabilidade e disponibilizar as documentações necessárias para comprovação. Esses documentos precisam ter sido emitidos entre os meses de agosto e dezembro de 2021, e não podem ser alterados após submissão ao sistema da UFS.

A avaliação socioeconômica de todos os inscritos será realizada pela Proest de 03 de janeiro a 23 de março de 2022 e o resultado preliminar está previsto para o dia 24 de março.

Nova metodologia: entenda melhor

A chamada pública coloca em prática a nova metodologia para avaliação socioeconômica de alunos de graduação presencial com vistas à concessão de auxílios e bolsas custeados à conta do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Por ano, serão publicadas duas chamadas públicas sobre cadastro e avaliação socioeconômica para contemplar os alunos já matriculados e também os calouros que estejam ingressando na universidade.

Com isso, o cadastro feito ficará válido até o último dia do ano da publicação do resultado final da chamada pública correspondente, não sendo necessária a avaliação socioeconômica para cada processo seletivo que o aluno participar.

Anteriormente, ao se inscrever em cada edital, o aluno precisava passar pela avaliação de vulnerabilidade socioeconômica. Então, precisava passar pelo mesmo processo todas as vezes, o que burocratizava e gerava alguns problemas em relação à documentação. A diferença da chamada pública é que o aluno vai se inscrever uma única vez. A gente vai gerar um banco de dados e ao longo de todo o ano de 2022os alunos que estiverem aptos, ou seja, que foram aprovados na chamada pública, vão poder concorrer a qualquer edital que envolva recursos do PNAES. O aluno já vai estar apto à sua condição de vulnerabilidade porque ele fez parte da chamada pública, que é essa que estamos lançando”, explica o pró-reitor Marcelo.

De acordo com a Proest, o foco é permitir a concessão de recursos de maneira efetiva e ágil aos alunos com vulnerabilidade socioeconômica.“Ao participar da chamada pública, o candidato recebe um parecer de apto com validade até 31 de dezembro de 2022. O parecer já servirá como se fosse uma declaração e a qualquer momento ele vai poder participar de um processo seletivo para pesquisa, extensão ou requerer algum auxílio da Proest sem precisar mais fazer a avaliação socioeconômica, concorrendo apenas com os critérios próprios do edital em questão”, comenta o chefe da Divisão de Programas de Assistência e Integração (Dipai/Proest), João Paulo Feitoza.

Avaliação socioeconômica

Para classificar o aluno em situação de vulnerabilidade, um grande trabalho é desenvolvido pela equipe de assistentes sociais da universidade. Ainda segundo João Paulo, o principal é explicar às pessoas que o processo não é uma escolha aleatória.

“Acima de tudo o aluno precisa preencher um cadastro único no qual vai informar as situações de vida dele. Falar com quem ele mora, como é essa moradia e qual é a renda familiar per capita bruta. Mas não é só isso. Esse aluno também tem que se declarar como vulnerável e, nessa declaração, tem que indicar que é vulnerável socioeconomicamente porque a renda per capita da família não pode ultrapassar um salário mínimo e meio. Quando ele faz isso, é preciso partir para um próximo passo que é colocar documentos que comprovem que essa situação é real”.

A partir disso, a equipe da Dipai vai poder avaliar os estudantes, levando em conta que cada situação é diferente. “Esses documentos vão permitir que as assistentes sociais avaliem as situações e façam os cálculos, o que é um trabalho muito grande. No final, se a conclusão for que a pessoa está dentro da faixa estabelecida pelo Pnaes, será dado um parecer e o aluno estará autorizado a receber esse dinheiro do programa”, esclarece João.

“Não tenho dúvida que as questões administrativas envolvendo a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e as pró-reitorias acadêmicas também vão melhorar, afinal essa é a nossa expectativa. Com isso, aproveito para pedir a todos os alunos que se inscrevam na chamada pública para que os nossos assistentes sociais possam fazer a avaliação. Após estarem aptos, eles vão poder ser beneficiados com qualquer auxílio e bolsa Pnaes ao longo do ano”, conclui Marcelo.

Ascom UFS

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Atualizado em: Seg, 29 de novembro de 2021, 12:26
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