Lançado em 2019, o livro “Memórias de alfabetizadoras-formadoras”, organizado pelos professores do Departamento de Educação (DED) Maria Neide Sobral e Fábio Alves, foi gestado durante o processo de desenvolvimento do Pacto de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).

Consta como autores docentes aposentados e ativos da UFS, particularmente do DED, mas traz contribuições da História com as memórias sobre a formação de alfabetizadores e suas práticas.

Compõe-se de oito artigos, destacando memórias sobre ideias, práticas, desafios e dificuldades enfrentadas por um grupo de professores no desenvolvimento de sua atividade tanto nas séries iniciais quanto no âmbito da formação inicial e continuada.

“A ideia central de Memórias de alfabetizadoras-formadoras foi a de preservar um lugar seguro das memórias de experiências docentes que estiveram e estão envolvidas no mundo desafiador da alfabetização”, diz Neide Sobral.

O prefácio foi escrito pela professora Silvana Bretas (DED) e traz elementos sobre sua participação no processo de implementação do PNAIC em Sergipe. “Deixando um lastro para memória de que programas desta natureza, muito mais do que ser bons ou ruins, sofrem no Brasil um problema crônico de desfazimento e descontinuidade, não possibilitando evidenciar de forma crítica e analítica seus impactos no quadro geral da formação de alfabetizadores”, comenta Neide.

Todos os exemplares foram distribuídos, mas pretende-se fazer uma segunda edição.

“Pela importância que observamos nessa produção de uma memória coletiva sobre a alfabetização em Sergipe, nosso propósito é o de viabilizar uma nova edição em forma de e-book para que ele possa alcançar um maior número de leitores, também ficar disponível para estudos e pesquisas nos cursos de formação. Após a realização de um evento on-line ‘Café com Prosa’, pelo grupo Ressalt, o grupo de professores envolvidos na publicação deseja realizar uma nova edição fazendo alguns reparos necessários sobre a primeira edição e compartilhar essa publicação”, explica a organizadora da obra.

“Foi realmente uma oportunidade ímpar dispor de um material tão rico que trouxe a lume relevantes práticas de alfabetizadores-formadores em desafiadoras narrativas que traduzem, embora de forma pálida, incompleta, por vezes críticas, nossas caminhadas na área da alfabetização. A obra traz em si um conjunto de princípios pedagógicos que consideramos fundamentais no desenvolvimento de práticas de alfabetização que merecem ser compartilhadas, sem deixar ainda de mencionar o quanto se torna um patrimônio na preservação da memória para a área”, conclui.

Ascom

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