
Quando a jornalista Camila Oliveira decidiu ingressar no mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Sergipe (PPGCI/UFS), ela sabia que o seu projeto tinha que envolver Itabaiana (SE), onde nasceu e mora. Foi a partir desse pensamento que surgiu a ideia de desenolver o aplicativo ItaSaúde, uma ferramenta para auxiliar a população do município do Agreste sergipano no acesso aos serviços públicos de saúde.
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Ontem, 20, o projeto foi apresentado pela equipe da universidade à gestão da Prefeitura de Itabaiana. "Desde o início eu sempre quis fazer alguma coisa para Itabaiana porque a gente sente um pouco dessa falta de desenvolver produtos voltados para o nosso município. Fiquei procurando o que fazer e estudei muito o conceito de cidades inteligentes, que eu amo, e só podia ser sobre Itabaiana", afirma Camila.

O app foi criado para funcionar como um guia de acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) do município, como a marcação de consultas, exames, urgências, cirurgia, saúde da mulher e da criança, covid-19 e vacinação. Todas as informações podem ser acessadas na plataforma por meio do cadastro do usuário no SUS.
Com a reunião, o objetivo é firmar uma parceria para operacionalizar o ItaSaúde. Para o reitor da UFS, Valter Santana, a ideia é sempre divulgar os projetos da universidade para que eles ganhem aplicação prática. "Como gestor, minha obrigação é não deixar essas ideias presas. É avançar para além da UFS, e a vontade é que o app funcione na própria cidade".
"Vamos estender a parceria com a UFS, pegar os contatos desse aplicativo e colocar para frente o mais rápido possível", diz o prefeito Adailton Sousa.

A apresentação do aplicativo também foi conduzida pela professora do Departamento de Comunicação Social e do PPGCI, Messiluce Hansen. "É muito importante para nós a capacidade desse tipo de aplicativo difundir a informação e educar as pessoas, por exemplo, a buscar um atendimento de menor complexidade e não se dirigir ao hospital regional, superlotando a unidade com atendimentos que poderiam ser feitos em outras unidades", ressalta a orientadora do projeto.
O apoio da UFS foi destacado pela secretária municipal de Saúde, Priscilla Ramos. Ela chama a atenção para a funcionalidade de marcação de consultas no ItaSaúde. "É um sonho acabar com as filas de madrugada para marcar exames. A universidade é nossa parceira e desde o início da pandemia nós estamos colados na construção de boletins epidemiológicos, pareceres técnicos e laudos. Foi fundamental o auxílio e a gente agradece bastante".
A reunião também contou com a presença do pró-reitor de Assuntos Estudantis, Marcelo Mendes, do superintendente de Tecnologia da Informação, Andrés Menéndez, e do coordenador da Fábrica de Software, Marcos Dósea.
Letícia Nery - Ascom UFS
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