Um projeto de extensão da Universidade Federal de Sergipe (UFS) vem ajudando a melhorar a qualidade do ensino da rede municipal de São Cristóvão a partir da aplicação de metodologias ativas do sexto ao nono ano na Escola Municipal Armindo Guaraná. O objetivo é contribuir com a educação pública do município sergipano.

O projeto teve início em 2004 e é coordenado pela professora Veleida Anahi, do Departamento de Educação, da UFS do Campus de São Cristóvão. “Quando passei no concurso para ser professora da UFS eu precisava apresentar um projeto de pesquisa, então apresentei sobre o porquê e para que aprender a matemática, que era sobre a relação com o saber que os alunos do Colégio Estadual Armindo Guaraná tinham com a matemática”, diz Veleida

Segundo a professora, foi realizada a pesquisa com os alunos também do quinto ano, a pedido da escola, e através da pesquisa foi publicado um livro “Porque e para que aprender matemática”. Pouco tempo depois a professora passa a dar reforço escolar do sexto ao nono ano na escola, mas ainda sem cadastrar o projeto de extensão na UFS. E só três anos depois o projeto passou a fazer parte da Pró-reitoria de Extensão (Proex).

A professora explica como acontece a seleção dos alunos bolsistas. "Quando o edital da Proex abre, fazemos a seleção dos bolsistas que possam dar aulas de reforço de matemática, química, física e biologia, e a equipe da escola é quem escolhe os alunos que estão precisando de reforço escolar. Sendo assim, os bolsistas preparam metodologias ativas, atendem em vários horários e de seguem os conteúdos que os professores estão trabalhando”.

Estão envolvidos no projeto dois bolsistas, três voluntários e outros professores dos departamentos de Educação, Química, Física, Biologia, Matemática e outros que dão suporte para os próprios bolsistas sobre esses conteúdos.

Os bolsistas também levam os alunos da rede municipal para conhecer os laboratórios da UFS. “É uma alegria ver o brilho nos olhos dos alunos ao entrar na universidade. Eles ficam maravilhados”, conta Veleida.

A professora diz que o projeto contribui na formação dos discentes envolvidos através das experiências práticas, como por exemplo quando um bolsista passa a ver como uma escola funciona no dia a dia, quando tem a oportunidade de pôr em prática o que aprendeu.

Segundo ela, a comunidade escolar da Escola Municipal Armindo Guaraná pode participar do projeto, mas a equipe do projeto está disponível para outras escolas também. “Eu acredito que o projeto contribui para a comunidade a partir do momento em que os pais não têm condições financeiras de pagar um reforço escolar para os filhos, então a comunidade acaba sendo beneficiada no sentido econômico”, relata.

Iran Dantas é egresso da UFS, formado em Engenharia agrícola. Ele participou do projeto em 2019 e reforça a experiência positiva. "A experiência de participar do projeto é muito válida. Muito interessante, uma vez que poderia repassar meu conhecimento e ajudar alunos de uma rede de ensino que precisavam”, diz.

Verônica Soares - bolsista

Letícia Nery - Ascom UFS

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