Qui, 28 de abril de 2022, 17:26

Campus de Itabaiana recebe apresentação de diagnóstico de seus indicadores acadêmicos
Reunião com coordenadores de curso e direção do campus

Na tarde da última quarta-feira, 27, o reitor Valter Santana e equipe da gestão visitaram o Campus de Itabaiana para apresentar, aos diretores e coordenadores de curso, os indicadores acadêmicos do campus, na busca por soluções compartilhadas para os problemas.

Os dados da apresentação foram compilados pela Superintendência de Indicadores de Desempenho Institucional (SIDI) e disponibilizados numa plataforma online, cujo acesso é liberado para os coordenadores.

Nela é possível verificar o desempenho do alunos ao longo das disciplinas, o índice de aluno equivalente, de qualificação docente, as taxas de sucesso, de evasão, de retenção e uma série de outros dados.


Reitor Valter Santana e equipe da gestão apresentaram dados e travaram diálogo com coordenadores de curso e direção na busca por soluções compartilhadas (Fotos: Pedro Ramos/AscomUFS)
Reitor Valter Santana e equipe da gestão apresentaram dados e travaram diálogo com coordenadores de curso e direção na busca por soluções compartilhadas (Fotos: Pedro Ramos/AscomUFS)

“Os dados são frios, por si só, mas queremos que eles aqueçam o coração de vocês, porque eles vão mostrar que é plenamente possível, mapeados os gargalos, atingirmos melhorias significativas”, disse o Superintendente da SIDI, Kleber Oliveira.

O pró-reitor de Graduação, Dilton Maynard, falou na mesma linha: “É factível. Não é algo simples de fazer, mas ao menos temos aqui algumas estratégias possíveis”.

Diagnóstico

Atualmente, o Campus de Itabaiana possui uma taxa de sucesso (relação entre os alunos que ingressaram e os que concluíram o curso) de 46%. A meta para toda a universidade, estipulada no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para 2021-2025, é de 55%.

Para auxiliar a UFS a melhorar o referido índice, o Campus de Itabaiana teria de formar 62 alunos a mais anualmente, saindo dos atuais 206 para 268.


Atualmente, Itabaiana possui uma taxa de sucesso (relação entre os alunos que ingressaram e os que concluíram o curso) de 46%. A meta para toda a universidade, estipulada no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para 2021-2025, é de 55%.
Atualmente, Itabaiana possui uma taxa de sucesso (relação entre os alunos que ingressaram e os que concluíram o curso) de 46%. A meta para toda a universidade, estipulada no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para 2021-2025, é de 55%.

“Taxa de sucesso baixa implica em recurso baixo para a universidade. Obviamente, não podemos desejar uma taxa de sucesso maior abrindo mão da qualidade da formação, mas há coisas simples que podem ser implementadas”, explica Kleber.

Cuidando do topo

Dentre as estratégias que a SIDI apresentou para melhoria do referido índice está o trabalho a ser feito pelos coordenadores junto a alunos que estão próximos a se formar, com cerca de 75% do curso concluído.

Em Itabaiana, há 335 alunos nessa condição. O trabalho consiste em buscar contornar os impeditivos à conclusão, a exemplo da possibilidade da oferta de pré-requisitos.

Reforçando a base

Um outro problema detectado no diagnóstico diz respeito aos alunos que estão no começo do curso. Cerca de 40% deles desistem entre o primeiro e o segundo ano de formação.

O diagnóstico mapeou diversos fatores responsáveis pelo abandono dos alunos. A não identificação do estudante com o curso escolhido foi um desses. “Há cursos em que, de cada quatro alunos, três cancelam, o que representa uma taxa de 75%”, conta Kleber.

Assistência

Contudo, o fator de maior impacto nas desistências tem sido a renda familiar. O dado chama a atenção da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proest), que tem participado das apresentações junto aos campi.

“Essa é uma realidade de todos os campi. Temos buscado garantir a permanência de todos os alunos considerados vulneráveis para que eles ingressem e terminem o curso. Elaboramos um plano de ação para que os alunos tenham acesso a bolsas, auxílios, alimentação, cultura e esporte, e o atendimento psicológico”, explica o professor Marcelo Mendes, responsável pela Proest.


Reunião contou com coordenadores de curso, a exemplo da professora Alessandra Lima, vice-chefe do Departamento de Administração
Reunião contou com coordenadores de curso, a exemplo da professora Alessandra Lima, vice-chefe do Departamento de Administração

Assistência ampla

O reitor destaca que a visão que tem sido buscada para a assistência estudantil não é apenas do auxílio financeiro, mas de criar condições de bem-estar, de acolhimento e de integração para os alunos.

“Precisamos fazer com que o aluno se sinta bem e queira estar aqui, e isso envolve também a área esportiva e cultural. Queremos ampliar a atuação nessas áreas, para oferecer todo um conjunto de possibilidades aos nossos alunos”, destacou.

Sisu 2

Com impacto direto sobre a entrada e permanência do aluno do campus de Itabaiana, foi também discutido na reunião o prazo de ingresso dos estudantes. Em razão da atual configuração do calendário letivo, há hoje um tempo de espera de quase um ano entre a aprovação do candidato no Enem e o início das aulas no campus.

A Prograd apresentou rapidamente a possibilidade de adesão ao chamado Sisu 2, a partir de 2023, se comprometendo a agendar reunião com um grupo de trabalho já existente no campus e que vem estudando a matéria para que seja feita uma discussão pormenorizada do assunto.


“Os dados são frios, por si só, mas queremos que eles aqueçam o coração de vocês, porque eles vão mostrar que é plenamente possível, mapeados os gargalos, atingirmos melhorias significativas”, disse o Superintendente da SIDI, Kleber Oliveira
“Os dados são frios, por si só, mas queremos que eles aqueçam o coração de vocês, porque eles vão mostrar que é plenamente possível, mapeados os gargalos, atingirmos melhorias significativas”, disse o Superintendente da SIDI, Kleber Oliveira

Reuniões

Reuniões a de Itabaiana já ocorrem no Campus do Sertão e de Lagarto, e fazem parte do propósito da gestão de compartilhar com os coordenadores e direção de cada Centro a preocupação com o desenvolvimento da universidade e a busca por soluções compartilhadas.

Alessandra Lima, vice-chefe do Departamento de Administração, avaliou a iniciativa como “uma oportunidade de expôr as nossas particularidades, especificidades e também a nossas ações, e espero que possam dar continuidade a esses encaminhamentos que vão só trazer benefícios”.

“Os dados vêem para qualificar o nosso diálogo, não para dizer como a coisa tem de ser. São para que possamos aportar nossos recursos, não necessariamente financeiros, em iniciativas que sejam exitosas”, conclui o reitor.

Ascom

comunica@academico.ufs.br


Atualizado em: Sex, 29 de abril de 2022, 17:45
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