“Não é só trabalhar, trabalhar. Tem também o nosso divertimento. Para mim é uma satisfação enorme, estar próximo da comunidade e prestigiando, vendo que todo mundo está curtindo esse momento grandioso dos 54 anos. É gratificante”, diz Cleber da Conceição Oliveira, vigilante que atua há quase 13 anos na UFS.
Ele esteve, com centenas de alunos, servidores, trabalhadores terceirizados e público externo prestigiando a festa que ocorreu na vivência da Cidade Universitária na noite da última sexta-feira, 27, como parte das comemorações pelos 54 anos da Universidade Federal de Sergipe.




Reunindo artista da casa e convidados, a noite foi aberta com a apresentação do Coletivo Nosso Som, projeto de extensão idealizado em 2019 com o intuito de fomentar a canção autoral e revelar novos talentos, projetando estudantes da universidade no cenário artístico sergipano.
Andrey Cauã, egresso de Licenciatura em Geografia, cantou e tocou com o Coletivo e, em seguida, foi o responsável por apresentar as demais atrações da noite.

“Vivi isso mais tempo até do que a graduação, porque estudei no Codap e é muito massa ter o reconhecimento da universidade para trazer os projetos da casa. A gente vem com a maior vontade do mundo e é emocionante”, conta.
Apresentações de integrantes do Departamento de Dança (DAA) também fizeram parte da noite. As peças “Incômodo” de Joanderson Almeida, “Dentro — Fora”, de Sara Paulo, e “Sotaques de casa”, com participantes do Projeto de Extensão Dança Remota atraíram a atenção do público.


“A gente percebeu que o público nos recebeu calorosamente. Interagiu bastante com o que fazíamos e, apesar da expectativa, nos sentimos à vontade e nos divertimos, que é o lado bom da arte: estamos trabalhando, mas nos divertindo, fazendo o que a gente ama”, conta a estudante de Dança Denni Ellin Ferreira.
Ainda dois outros espetáculos do DDA fecharam a parte cênica das apresentações: “Mulheres de Atenas”, das intérpretes criadores Carol Frinhani, Carol Jardin e Lívia Dantas, que foi seguida pelo “Cuadro Flamenco”, que elevou ao tablado a professora de flamenco Andrea Souza e o professor Daniel Moura, do DDA.


“A universidade é um espaço também para que nossos, estudantes, professores, técnicos possam se revelar como artistas, profissionais da área de artes, músicos. É uma noite belíssima de congraçamento, de celebração da vida”, assinala Rosalvo Ferreira, vice-reitor e presidente da comissão responsável pelas comemorações dos 54 anos.
Discípulo do xilogravurista Mestre Nivaldo, Natanael Vinícius dos Santos é aluno de Licenciatura em Química e prestigiou o evento fazendo planos para o futuro: “É a primeira vez que estou prestigiando uma festa na UFS e ver todas essas apresentações culturais é uma forma de trazer mais para a nossa vivência acadêmica. É interessante ver que a universidade dá espaço para os talentos da casa. Em breve, quero apresentar a minha arte também.”


O servidor Nino Karvan e Alberto Silveira apresentaram “De Lua, canções de Luiz Gonzaga”, com releituras de canções do imortal Rei do baião. O tom intimista, de voz e violão, deu espaço, na mesma toada legitimamente nordestina, para a coreografia agitada e envolvente da quadrilha junina Xodó da Vila, com o tema “Sábado de feira do interior”.
Essa foi uma oportunidade para muitos alunos que, ingressando durante a pandemia, ainda não tinham vivido de perto momentos como esse. Foi o caso de Louise, aluna do sexto período do curso de Direito. “Acho que agora a UFS está voltando a ser o que era, a ter movimento, gente, eventos”.


“É bem legal essa integração, a gente conhece novas pessoas, consegue conversar, além da apresentação cultural ser bem enriquecedora, principalmente para mim, que não sou aqui do estado”, conta Isadora Fernandes, aluna no segundo semestre de Relações Internacionais.
A noite se encerrou com apresentação da banda sergipana Usina Sound, grupo de pop rock formado em 2018 e vencedor do prêmio destaque da música sergipana 2020-2021, cujo vocalista é o servidor Guidionaldo Júnior.

“Hoje foi o dia da forma, do som, da cor, um momento da arte e da cultura sergipanas, e a UFS tem esse papel, de prestigiar os seus artistas. E é uma grande festa que a ciência nos empresta, porque arte é revelação da alma e do conhecimento”, resumiu poeticamente a servidora Oscilene de Souza.

Programação
A programação dos 54 anos se encerra amanhã, 31, com o evento que marca a inauguração da TV UFS, no Auditório Libório Firmo, às 9h, na Cidade Universitária. Saiba mais aqui.
Ascom
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