Entrevistas, pronunciamentos, reportagens. A Universidade Federal de Sergipe (UFS) é uma das instituições de destaque nos meios de comunicação do estado. Lidar de forma eficiente com a imprensa e com outras ferramentas de comunicação é essencial para quem gerencia a universidade.
Um curso intensivo foi realizado nesta quinta e sexta-feira, 2 e 3 de março, para aperfeiçoar os gestores da UFS a se relacionar melhor com os meios de comunicação. O Media Training para Gestores envolveu reitor, pró-reitores e outros dirigentes da alta gestão e de unidades acadêmicas da UFS.
“A relação da universidade com a comunicação é extremamente importante, primeiro, para proteger a instituição e, por outro lado, para melhor divulgar as nossas ações, inclusive angariando parceiros e fortalecendo a universidade”, opinou o reitor, Valter Santana.
“A ideia do treinamento para os gestores é que a gente possa ter um melhor relacionamento com a mídia”, disse Maíra Bittencourt, que chefia a Diretoria de Editoração, Comunicação Institucional e Produção Audiovisual (DECAV), setor responsável pelo Media Training. “Precisamos hoje da comunicação como algo primordial e aprimorar a comunicação pública também é fundamental”, completou.
“A comunicação pública serve principalmente para dar transparência, para comunicar com a sociedade, para a gente levar as informações que são de interesse público, e a gente precisa fazer isso da melhor forma possível”, prosseguiu Maíra. “Então, os nossos gestores, que geralmente são porta-vozes daquelas informações de interesse público, precisam melhorar sua capacidade de interação com as mídias para que possamos aperfeiçoar nossa comunicação”, finalizou.

Teoria e prática
O Media Training para Gestores ofereceu atividades teóricas e práticas: na manhã da quinta-feira, o diretor geral do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, Flávio Gonçalves, falou sobre “Universidade, sociedade e imprensa”; durante a tarde, houve treinamento prático acompanhado de informações sobre o mercado de comunicação, com Francisco Daher e Renata Neiva, diretores de comunicação, respectivamente, das universidades federais de Ouro Preto e de Uberlândia.
“A primeira parte foi bem interessante, tivemos uma abordagem conceitual da área da comunicação, para entender como esse processo se dá, depois as diretrizes do que é importante para a universidade colocar como imagem para a sociedade, qual a expectativa da sociedade e qual a expectativa da imprensa, e como a gente ajusta esses diferentes segmentos para que o processo informacional aconteça de forma eficiente”, avaliou Ana Karina Calmon, diretora em exercício do Campus de Laranjeiras, a respeito da atividade do turno da manhã.


“[Para o treinamento prático], há uma boa expectativa, porque entendemos a importância do processo de comunicação, de saber se postar para a imprensa, de saber como veicular informações”, pontuou ainda a docente.
Os jornalistas responsáveis pelo treinamento têm uma característica em comum: trabalharam durante muito tempo em veículos da imprensa, levando essa bagagem para a comunicação institucional nas universidades federais onde atuam hoje.
“Fiquei muitos anos no mercado – em rádio, jornal impresso e principalmente em televisão, por 11 anos, como âncora de um telejornal em uma afiliada da TV Globo”, lembra Renata Neiva. “Então vou mostrar como é a ‘cabeça’ de um jornalista, falar sobre a gestão de imagem, gestão de reputação, afinal, hoje não existem mais ambientes controlados, em qualquer evento onde esteja, você está exposto”, narra a profissional.

“Vamos refletir a respeito de como deve ser a postura, a linguagem, como falar com a imprensa. Embora a comunicação tenha mudado muito, a dinâmica dos meios de comunicação ainda é forte, em relação aos bastidores. O media training é, enfim, uma forma de aproximar os gestores da sociedade”, explica Renata.
Francisco Daher opina que é preciso superar estigmas, tanto do gestor público em relação ao jornalista, como o contrário. “O gestor da universidade geralmente é um pesquisador, mas enquanto gestor ele está em outro lugar, o de visibilidade da coisa pública”, observa.
“A mídia não é amiga nem inimiga, ela é, ainda hoje, um ponto de mediação entre as instituições e a sociedade”, avalia Francisco, que tem mais de 30 anos de experiência no mercado de comunicação, como repórter de TV, rádio, jornalismo impresso.
Na manhã e tarde desta sexta-feira, os treinamentos práticos prosseguiram com gravações e simulações de entrevistas para texto, rádio e TV, ainda com Renata Neiva e Francisco Daher.
Ascom UFS
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