O Governo Federal anunciou, na última quarta-feira, 19, a recomposição do orçamento das universidades e institutos federais em R$ 2,44 bilhões. Desse montante, foram repassados à Universidade Federal de Sergipe R$ 18 milhões em acréscimo ao orçamento previsto, entre recursos de custeio e capital.

A UFS havia requerido, no entanto, o aporte em seu orçamento no valor estimado de R$ 22 milhões somente em custeio. A quantia seria suficiente para a cobertura das despesas contratadas, considerando, ainda, a previsão de acréscimos via repactuações.

Durante o exercício de 2022, a UFS chegou a implementar duras medidas de racionalização dos custos, a exemplo da suspensão da utilização de condicionadores de ar durante determinado período do ano, bem como da interrupção de diversos contratos de serviços, que impactaram diretamente a manutenção predial e as atividades do parque gráfico da instituição. Contudo, tais medidas não foram suficientes para que a universidade conseguisse encerrar o exercício de 2022 de forma tranquila.

A Universidade Federal de Sergipe reconhece a iniciativa do Governo Federal, em atendimento a um esforço conjunto, liderado pela Andifes, para a recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Sobretudo, considerando-se os sucessivos cortes e bloqueios orçamentários sofridos pelas instituições nos últimos anos.

Entretanto, o valor ainda é insuficiente para suprir as despesas mais urgentes da universidade, levando-se em conta a defasagem orçamentária, potencializada pelo impacto inflacionário e os consequentes reajustes contratuais.

Por isso, a UFS permanecerá dialogando com o Governo Federal, em consonância com a atuação da Andifes, reforçando a reivindicação de uma recomposição que garanta o funcionamento da universidade para o exercício 2023.

Obras

No aporte de R$ 18 milhões repassados pelo Governo, pouco mais de R$ 5 milhões são destinados a investimentos em obras na instituição. Essa quantia pode ainda ser ampliada, pois há uma reserva de R$ 193 milhões a serem destinados para as IFES, com a seguinte ordem de prioridade: obras em execução, licitadas e próximas de finalização; obras paralisadas, com pelo menos 80% executadas; retomada de obras paralisadas.