Nesta quinta-feira, ocorreu o lançamento do Ecossistema de Inovação da Grande Aracaju e Alto Sertão (ELI) pela Universidade Federal de Sergipe, que contempla dois ecossistemas: na grande Aracaju (Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Aracaju) e no Alto Sertão (Canindé de São Francisco, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória e Poço Redondo) contemplados a partir de mapeamentos e prospecção de empresas e pessoas. Os ecossistemas dizem respeito à organização de diferentes agentes aliados na promoção de um ambiente que favoreça a inovação.

O reitor, Valter Santana, ressaltou a importância da universidade na construção da inovação dentro do estado: “Aqui na universidade nós temos 90% da produção científica produzida no estado de Sergipe, então é um ator que precisa participar ativamente desse processo, recebendo esse novo formato. Aqui em nossa universidade, todo o ecossistema de inovação mostra esse respeito e a responsabilidade que nós temos em fazer essas entregas. Isso não seria possível se não fosse o empenho e a dedicação dos nossos professores que com os nossos alunos em projetos de pesquisa, inovação e desenvolvimento fomentam toda essa produção.

O coordenador da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agitte/UFS), Antônio Martins, fez parte da comissão responsável pelo mapeamento das cidades e das pessoas para a futura execução do projeto. “A primeira grande expectativa é a colaboração. O ecossistema já existe, os atores (pessoas e negócios) já existiam, mas a gente trabalhava meio de forma isolada. E agora é que a gente consiga trabalhar de forma colaborativa e integrada, onde cada um saiba que a ação ou outro ator do ecossistema está fazendo. Só que para que a gente pudesse fazer isso, a primeira coisa que a gente tinha que ter era o diagnóstico. O diagnóstico está feito, foi estabelecido” relata o coordenador.

“Dentro desse ecossistema de inovação, de um sistema local de inovação, começamos com três hélices que fazem parte disso: de onde a inovação surge, como ela surge e como ela é mantida. Então a gente fala de sociedade, de governo, do meio empresarial como um todo, e a parte de ensino, universidades como um grande nascedouro”, comenta Fernanda Zanonni, integrante do Sebrae Nacional, responsável pelo programa de Startup Nordeste e também pelos sistemas locais de inovação.

Daniel Leipnitz, diretor coorporativo e de Relações Humanas na Visto Sistemas, participou do evento enquanto palestrante, tratando da temática: “Ponte para a inovação: o futuro é todos juntos”, momento em que também lançou o livro: “Ponte para o mundo”.

“Tudo que está sendo feito aqui no estado é a base para gerar o que eu chamo de uma maquininha de gerar prosperidade, de gerar empreendedores que vão gerar empreendimentos e esses empreendimentos vão arrecadar impostos e vão ajudar a melhorar a qualidade de vida de todo mundo. E a mensagem que hoje eu venho trazer aqui é um lado B dessa história, é um lado que está além das metodologias, é um lado onde a gente vai e a gente precisa mudar a forma como a gente pensa para poder evoluir. “ comentou o palestrante.

4º dia de Semac

Seguindo a programação, o 4º dia da IX Semana Acadêmico-Cultural da UFS (Semac) englobou o 10º Encontro de Iniciação à Extensão, evento promovido pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) que congrega os resultados dos projetos desenvolvidos na universidade.

De acordo com a pró-reitora da Proex, Sueli Pereira, o encontro é considerado um momento de muita alegria, sendo aguardado com expectativa pelos alunos. "Serão anunciados o primeiro, segundo e terceiro colocados, é um momento de divulgação dos resultados envolvendo as áreas das Agrárias, das Ciências Sociais, Ciências Humanas, diversas áreas reunidas para fazer as suas apresentações para os acadêmicos e a comunidade externa, além das coordenações dos projetos. É um evento muito produtivo", opinou a pró-reitora.

Yves Santos, recém-graduado em Psicologia pela UFS, foi um dos participantes do 10º Encontro de Iniciação à Extensão como ouvinte. "Acho muito importante estar aqui. Além da solenidade de apresentar resultados parciais ou finais dos projetos desenvolvidos, tem a dedicação de um espaço e de tempo para uma ação que é um dos pilares da Universidade Federal, que é a extensão, e geralmente ela fica ali um pouco tímida em relação à pesquisa, em relação ao ensino, mas não deixa de ser uma das funções que a universidade tem que guardar atenção e dedicação, e esse é um momento de prestar atenção ao que está sendo feito, desenvolvido, e compartilhar esses resultados, ajudando na formação dos discentes", declarou o psicólogo.

Durante à tarde, a programação contou com a comemoração dos 10 anos do Centro de Ciências Agrárias Aplicadas (CCAA), que reuniu professores, alunos e servidores em um sarau comemorativo. O centro reúne seis departamentos: Ciências Florestais, Engenharia Agrícola, Engenharia Agronômica, Engenharia de Pesca e Aquicultura, Medicina Veterinária, Zootecnia.

A diretora do CCAA, Carolina Nunes, ressalta que esse é o segundo ano de sarau, sendo ainda mais especial pela comemoração dos 10 anos. “A gente pensou em fazer um evento sensorial, em que a pessoa entra e mergulha no Centro de Agrárias através dos sentidos, com exposição visual, degustação de produtos produzidos pelo centro e finalizamos com o sarau cultural, para mostrar que as ciências culturais também produzem arte.” explica Carolina.

O vice-reitor, Rosalvo Ferreira, esteve presente no evento. “É o centro mais jovem do campus São Cristóvão e foi pensado para aglutinar todas as disciplinas, todos os cursos da área de Ciências Agrárias num espaço que permitisse um diálogo com a Sociedade Sergipana, com setores produtivos, enfim, pensar as Ciências Agrárias com uma forma também de integração, com sustentabilidade, questões que envolvem o bem-estar animal, com tudo que faz parte da produção agrícola”, destaca o vice-reitor.

O sarau contou com a participação de monitores que fazem parte dos cursos do centro, a exemplo de Olga Mariane, estudante do 2º período de medicina veterinária.

“Eu estou gostando muito, principalmente por ajudar a mostrar para os outros alunos, para os outros professores um pouco da nossa área, o que a gente faz no dia a dia, o que tem por trás das ciência da agrárias. Mostrando também que cada curso tem a sua função, mas que todas são importantes", comenta a estudante.

Já à noite, ocorreu o descerramento da placa comemorativa do centenário de Maria Thetis Nunes durante o encerramento da XV Semana de História. A ação aconteceu no auditório do Departamento de História da UFS.

Thaisy Santa Rosa - bolsista

Letícia Nery - Ascom UFS