Sustentabilidade, ciência e ação para transformar todos os campi da Universidade Federal de Sergipe (UFS) em espaços mais verdes e saudáveis foram destaques nesta quinta-feira, 30, durante a cerimônia de lançamento do projeto Refloresta UFS, no campus de São Cristóvão. Na ocasião, plantios simbólicos de mudas foram realizados.
O projeto, além de promover o reflorestamento e a arborização dos campi, tem como objetivos compensar emissões de gases de efeito estufa e criar espaços verdes de lazer e convivência. O reflorestamento garante a redução do calor e melhora a qualidade do ar; aumenta a biodiversidade e protege espécies nativas; recupera áreas degradadas e protege recursos hídricos; e contribui para a compensação das emissões de CO₂ da UFS.
“Enquanto universidade, temos que ser referência no processo educativo e de conscientização, para que possamos mostrar às futuras gerações que devemos proteger o meio ambiente”, disse o reitor da UFS, André Maurício Conceição.
Um grupo de trabalho (GT) coordena desde o diagnóstico e plantio até o monitoramento e manutenção das áreas reflorestadas, promovendo também educação ambiental e ações participativas. O GT é formado por alunos e representantes de setores e departamentos da UFS, como o Departamento de Ciências Florestais, de Engenharia Ambiental, de Biologia, Ecologia, Educação, além de áreas ligadas à governança (SGI), infraestrutura e Gestão Ambiental (CGA). A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ODS/ONU).
O presidente do Refloresta UFS, Jefferson Arlen, informou como o projeto vai iniciar em 2026, com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2026-2030.
“O projeto está em harmonia com o PDI, que diz que a UFS tem a missão de promover ações de sustentabilidade. Vamos ter etapas do projeto, como a seleção da aquisição e a seleção das sementes, então vamos selecionar as espécies que vão ser replantadas aqui no campus. A questão fundamental é a participação da comunidade”, explicou.
O Departamento de Ciências Florestais é responsável pela produção das mudas, que com o novo projeto deve passar de um número de 10 mil para 50 mil em três anos, com a ampliação do viveiro, fruto de parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Com esse projeto, vamos poder destinar diretamente recursos que conseguimos através de processos de licenciamento de empresas que fazem desmatamento para poder colocar empreendimentos e precisam compensar ou recuperar ou a questão da degradada ser melhorada”, informou o representante do Ibama, Romeu Boto.
No dia-a-dia, quem cuida dos espaços verdes da UFS são os jardineiros. No campus de São Cristóvão, quase 30 profissionais se dividem entre preparar o solo, plantar, irrigar, adubar, podar árvores e arbustos, cortar a grama e realizar a limpeza geral. Um deles é o jardineiro Edinaldo Santos, que trabalha na UFS há 25 anos.
“Eu tenho o maior prazer em fazer isso. A gente deve sempre fazer o melhor, porque a natureza está aí, dizendo para o mundo que está queimado. Plantar uma árvore hoje é pensar no futuro, nos nossos bisnetos, tataranetos, na geração que está vindo”, falou.
Ascom UFS
