Seg, 02 de dezembro de 2019, 17:04

Começam os serviços para implantação da fazenda experimental do campus do Sertão
Local vai abrigar laboratórios didáticos, vivência, restaurante, biblioteca, dentre outros
Obras devem ficar prontas em 2021.
Obras devem ficar prontas em 2021.

VEJA O VÍDEO DA PRIMEIRA ETAPA DA OBRA

Após quatro anos da inauguração do campus do Sertão, em Nossa Senhora da Glória, a Universidade Federal de Sergipe deu início, dia 8 de outubro, à obra de implantação da estrutura a ser construída na fazenda experimental. Essa primeira etapa compreende a execução da terraplenagem, pavimentação, drenagem, entrada de energia e iluminação pública, com um investimento de R$ 6.563.061,42.

A segunda etapa, já contratada, engloba a execução de duas edificações: Laboratórios Didáticos 01 e 02 (cada um com 1.310 m²), destinados às salas de aula, auditório e laboratórios. A previsão orçamentária para a execução desses prédios alcança R$ 6.146.187,05.


Maquete da estrutura a ser construída na fazenda experimental do campus do Sertão.
Maquete da estrutura a ser construída na fazenda experimental do campus do Sertão.

Será construído também o Centro de Vivência (já licitado), com 5.661,90 m², num investimento de R$ 12.815.038,10. O assessor do reitor Jorge Antonio Gonçalves, da Divisão de Projetos e Orçamentos (Dipro), explica que será um complexo com quatro edifícios interligados por um grande pátio central.


Laboratórios Didáticos 01 e 02 (cada um com 1.310 m²).
Laboratórios Didáticos 01 e 02 (cada um com 1.310 m²).

“O objetivo é oferecer à comunidade acadêmica um local de encontro, refeições, apresentações e contemplação, onde terá um pequeno palco, espaço para circulação e acomodação de mesas e bancos. Além disso, o campus terá mobilidade e acessibilidade para todos os usuários, assegurando o acesso de idosos e pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida”.

“Em relação à regulamentação construtiva, [as obras] estarão regidas por normas que estabelecerão recuos mínimos, alturas máximas e taxas que estejam relacionadas ao macrozoneamento do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Nossa Senhora da Glória. Esta regulamentação induzirá e possibilitará a qualidade ambiental do empreendimento”, complementa o assessor.


Todos os projetos e imagens foram executados pela Dipro/UFS.
Todos os projetos e imagens foram executados pela Dipro/UFS.

Ainda de acordo com Jorge, a concepção urbanística estrutura-se a partir de uma via de acesso longitudinal em sentido único (largura mínima de 7 m), canteiro central ajardinado ou arborizado com passeio público segregado, em nível diferente, e mobiliário urbano. Rotatória (praça) e sistema de retorno através de cul-de-sac (“rua sem saída”), assegurando um bom fluxo de veículos. Os estacionamentos e edificações serão implantados perpendiculares e/ou paralelos à via e o acesso ao campus – pedestres e veículos – será exclusivamente pela guarita de segurança.

A obra vai compreender 9.372,10 m² de área de calçada e 3.368,01 m² de ciclovia. A área de pavimento alcança 21.504,44 m². Conforme o diretor do campus, Jodnes Sobreira, a previsão para entrega das obras é 2021. “A vivência, que será o coração do campus, deve ficar pronta no final de 2021, porque a obra é um pouquinho mais complexa. Ela terá restaurante universitário, auditório para mais de 240 pessoas, biblioteca, setor administrativo da fazenda, lojas de serviços, centros acadêmicos, gráfica da universidade, entre outros serviços. A nossa ideia é que a universidade seja autossuficiente”.

Os investimentos para estruturação da fazenda experimental são oriundos de emendas impositivas da bancada federal (deputados e senadores) de Sergipe de 2018 no valor de R$ 20 milhões. Juntam-se a esse montante R$ 4 milhões de emenda parlamentar coletiva de 2017.

Mais sobre o campus


24.me rnd p.a.i. c. de viv ncia 23.06.19

O campus do Sertão é fruto de parceria entre a UFS e instituições como o Governo do Estado, Ministério Público do Trabalho, Prefeitura de Nossa Senhora da Glória, Embrapa, movimentos sociais organizados e os pequenos produtores rurais da região. A fazenda experimental do campus foi cedida pela Embrapa, num terreno que corresponde a uma área de 699.280,46 m².

Sua metodologia de ensino é a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) - o mesmo modelo adotado no campus de Lagarto. A ideia é que os estudantes possam desenvolver, de forma participativa e em contato com a comunidade, conhecimentos, habilidades e atitudes que os auxiliem na construção de um pensamento crítico, oportunizando-os, assim, a assumirem uma postura proativa diante dos problemas encontrados em campo.

Criado para atender melhor a região Nordeste, em especial o Alto Sertão sergipano, o campus, que funciona desde novembro de 2015, oferece quatro cursos na área das Ciências Agrárias: Medicina Veterinária, Engenharia Agronômica, Zootecnia e Agroindústria.

Anualmente são ofertadas 50 vagas para cada curso. Os candidatos que tiverem cursado todo o ensino médio em escolas regulares e presenciais em municípios do semiárido sergipano têm direito ao argumento de inclusão regional correspondente ao acréscimo de 10% na nota final. O acréscimo tem efeito apenas classificatório, não sendo levado em consideração na análise dos critérios eliminatórios.

Desenvolvimento regional


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Para o reitor da UFS, Angelo Roberto Antoniolli, a fazenda experimental vai integrar a formação dos estudantes às pesquisas produzidas nas Ciências Agrárias, capacitando a sociedade sertaneja. “O objetivo é fazer parte do arranjo produtivo local, agregar valores à região. Por isso, desde o início, pensamos a estrutura da formação acadêmica de pesquisa com foco para o melhoramento do setor agropecuário, assim como para a integração com a sociedade. Vamos, sem dúvida nenhuma, engrossar as fileiras produtivas daquela região nos aliando à Embrapa Semiárido, que cedeu o terreno da fazenda experimental”.

Segundo o diretor do campus, com as novas instalações, a UFS de Glória terá duas estruturas. “A sede administrativa, onde estamos funcionando hoje e onde serão aplicados o primeiro e segundo ciclos, e a fazenda, cuja estrutura está em implantação, onde teremos o terceiro e quarto ciclos. É claro que algumas obras do primeiro e segundo ciclos também serão na fazenda”.


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Ainda de acordo com Jodnes, a nova estrutura irá aumentar a capacidade de salas. “Com isso, diminuiremos a quantidade de alunos por turma. Nosso espaço, hoje, no atual campus, é um pouco limitado”.

“O município de Glória hoje recebe um aporte econômico substancial por conta do campus do Sertão. Nós temos, por exemplo, 400 alunos recebendo bolsa - somente isso equivale a R$ 160 mil sendo injetados na região. Além disso, temos professores e técnicos que residem em Glória. Ao descentralizar os seus campi, a UFS está qualificando mão de obra, enriquecendo a região”, finaliza.

Para saber mais sobre o campus do Sertão, visite a página.

Fernanda Roza (bolsista)

Luiz Amaro

comunica@ufs.br


Atualizado em: Qua, 04 de dezembro de 2019, 11:17

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