Os alunos da primeira turma do Mestrado Acadêmico em Ciência da Propriedade Intelectual da UFS já começaram a defender suas dissertações. O curso, que iniciou no período 2013.1, nasceu através do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual (PPGPI) por meio de um projeto de professores colaboradores na área de PI.

A aprovação do mestrado ocorreu em outubro de 2012, e contou com um total de 122 inscritos, dos quais apenas 16 alunos foram aprovados. Apenas do número pequeno, a turma já garantiu um bom desempenho para a pós-graduação, conforme ressalta a professora e coordenadora do projeto, Suzana Leitão Russo. Ela destaca que a rápida consolidação do programa só vem acontecendo ‘’porque temos um grupo de docentes produtivos e totalmente envolvidos’’.

Defesas

A primeira defesa do programa foi a do discente Adonis Reis de Medeiros Filho, orientado pela professora Suzana Leitão Russo. O trabalho procurou avaliar se as empresas sergipanas promovem a proteção de suas marcas através de registros, e investigou se a utilização dessas marcas se dá de forma satisfatória. Sua dissertação, intitulada de "Registro de marca: estudo do uso do sistema marcário por empresas sergipanas", foi desenvolvida a partir da perspectiva de que as marcas possuem papel fundamental para designar a origem de produtos ou fabricantes, além de possuir vasta importância nas relações entre as empresas e os consumidores.

Outra defesa já realizada foi a da aluna Luana Brito de Oliveira, orientada pela professora Maria Emília Camargo (Universidade Caxias do Sul). Intitulada "Mapeamento tecnológico sobre o controle e combate da brucelosa bovina", a pesquisa buscou realizar um mapeamento tecnológico utilizado para o controle e combate da brucelose bovina, doença infectocontagiosa ocasionada por bactérias gram negativas que comprometem a saúde do animal. O trabalho identificou que é de suma importância o investimento em novas pesquisas e tecnologias para que se promovam a erradicação e o controle da brucelose bovina, além de conscientizar produtores sobre a importância de adotar medidas de controle.

Além destas, outras apresentações já foram agendadas.

Desafios

De acordo com a coordenadora do programa, desenvolver um projeto cujo campo de estudo ainda é recente no país foi um grande desafio. ‘’O maior deles é trabalhar com um curso de caráter interdisciplinar, tendo em vista que esta área destina-se a qualquer pessoa com nível superior que tenha interesse em ciência e tecnologia’’, explica Suzana.

Segundo ela, essa condição permite, por outro lado, aproximar os docentes e suas respectivas áreas de estudo. ‘’Desenvolvemos novas práticas de pesquisa, reunindo várias disciplinas para dar respostas a novos problemas, que uma única disciplina às vezes não é capaz de responder’’, aponta a coordenadora.

O programa

Além de permitir o aprofundamento no debate científico de investigação das potencialidades das regiões, o programa também contribui para a construção da fundamentação teórico-metodológica necessária para o desenvolvimento das pesquisas sobre as ações de organizações públicas e privadas em prol da propriedade intelectual.

De acordo com Suzana Russo, o profissional de PI atua desde a elaboração de projetos de inovação e criação de novos produtos ao resguardo da PI de acordo com a legislação brasileira ou mundial.

O mestrado em Ciência da Propriedade Intelectual da UFS foi o primeiro mestrado acadêmico em Propriedade Intelectual no Brasil, resultando também em um doutorado acadêmico em Ciência da Propriedade Intelectual, aprovado em março deste ano.

Ascom
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